tag:blogger.com,1999:blog-66877650796091373552024-02-21T08:01:54.743-03:00Revista CatólicosO blog oficial do Grupo CATÓLICOSRevista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.comBlogger199125tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-79744680507632963822013-04-25T16:28:00.003-03:002013-04-25T16:29:06.408-03:00Canal Católicos ON estreia com vídeos musicais!<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esses são os três primeiros vídeos do canal oficial do Grupo CATÓLICOS!</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=SCeQDyq1mKI" target="_blank"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaP7-9ZQkhQvB9rfEY_xA3DYh4L0nzxy2PENs0pXFpqnBRXNW3KgADbFjRbVXezvR7arWCwdpjt25Q_j9dm26qsgmHjDLmyHjjYGNyhIO47tfhWzyozkNQ4FRPtLxLRM3xd16S_cE_w3Q/s400/miniaturas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=spvH159YoTU" target="_blank"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvEy4BUzSnrxjtLd_L9d6CvzHbTcNm7h6exX3JQ-SG8X10fa8FXEg687DWhdih8E8-VjHj5DVnfhtvqjCT3Tpe3zhxB_HreRVRYpLlrAzN-RzYN_1KrU4WsQIC7xR6uoLM1qNOSd-kJjw/s400/miniaturas3.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=U8cfxVG8oz8" target="_blank"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2DRDETDcblK3CnTqVxxJHQ53aTn5-RPYEnhKba5EjdEDtigDFChu550aYYeVuodE8UGDMLeJKzcPs7CF8b9KEFKmGkknTMLlVdIdCxCMJ73hfA9yMh4PeJuLM6hdfwFXPQxBth6YZ-_g/s400/miniaturas2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em breve, novos videos!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-11202080821719788162013-04-11T10:58:00.000-03:002013-04-11T10:58:00.525-03:00A Virgem Santíssima esmaga a cabeça do dragão enganador<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqeK9BI5EU_3G4CBu0-K9cFvKB0uN08HM6wB-fMcOdxLdeBobFCqwrnVms3XRtJARLkOUcErrJn3Z-5tPzUSyjsFdbaR_KYotg5vlFX70W_fpNy-uXnYFxNKEsq2YMheDEZYZYaPJL8Ms/s1600/icone+maria.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqeK9BI5EU_3G4CBu0-K9cFvKB0uN08HM6wB-fMcOdxLdeBobFCqwrnVms3XRtJARLkOUcErrJn3Z-5tPzUSyjsFdbaR_KYotg5vlFX70W_fpNy-uXnYFxNKEsq2YMheDEZYZYaPJL8Ms/s400/icone+maria.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">«Quando São Domingos pregava o Rosário perto de Carcassona, trouxeram à sua presença um albigense que estava possesso pelo demónio; parece que mais de doze mil pessoas tinham vindo de propósito para ouvi-lo pregar. Os demónios que possuíam esse infeliz foram obrigados a responder às perguntas de São Domingos, com muito constrangimento. Eles disseram que:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1 - Havia quinze mil deles no corpo desse pobre homem, porque ele atacou os quinze mistérios do Rosário;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2 - continuaram a testemunhar que, quando São Domingos pregava o Rosário, impunha medo e horror nas profundezas do inferno e que ele era o homem que os demónios mais odiavam em todo o Mundo, isto por causa das almas que ele lhes arrancou através da devoção do Santo Rosário.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Revelaram então várias outras coisas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São Domingos colocou o seu Rosário em volta do pescoço do albigense e pediu que os demónios lhe dissessem quem, de todos os santos dos Céus, eles mais temiam, e quem deveria ser, portanto, mais amado e reverenciado pelos homens.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nesse momento eles soltaram um gemido inexprimível, graças ao qual a maioria das pessoas caiu por terra desmaiando de medo...e então disseram: " Domingos, nós imploramos-te, pela paixão de Jesus Cristo e pelos méritos da Sua Mãe e de todos os santos, deixa-nos sair deste corpo sem que falemos mais, pois os anjos responderão à tua pergunta a qualquer momento...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São Domingos ajoelhou-se e rezou a Nossa Senhora para que ela forçasse os inimigos a proclamarem a verdade completa e nada mais que a verdade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mal tinha terminado de rezar, viu a Santíssima Virgem perto de si, rodeada por uma multidão de anjos. Ela bateu no homem possesso com um cajado de ouro que segurava, e disse:" Responde ao meu servo Domingos imediatamente" .</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então os demónios começaram a gritar: " Ó vós, que sois a nossa inimiga, a nossa ruína e a nossa destruição, por que é que desceste do Céu só para nos torturar tão cruelmente? Ó, Advogada dos pecadores, vós que os tirais das armadilhas que levam ao inferno, vós que sois o caminho seguro para o Céu, devemos nós, para o nosso próprio pesar, dizer toda a verdade e confessar diante de todos quem é que é a causa da nossa vergonha e da nossa ruína? Ó, pobres de nós, príncipes da escuridão: então, ouçam bem, vocês cristãos: a Mãe de Jesus Cristo é todo-poderosa e pode salvar os seus servos de caírem no Inferno; Ela é o Sol que destrói a escuridão da nossa astúcia e subtileza; É ela quem descobre os nossos planos ocultos, quebra as nossas armadilhas e faz com que as nossas tentações sejam inúteis e sem efeito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nós temos que dizer, porém de maneira relutante, que nem sequer uma alma que realmente perseverou no seu serviço foi condenada junto a nós; um simples suspiro que ela oferece à Santíssima Trindade é mais precioso que todas as orações, desejos e aspirações de todos os santos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nós a tememos mais que a todos os santos juntos nos Céus e não temos nenhum sucesso com os seus fiéis servos. Muitos cristãos que a invocam à hora da morte e que seriam condenados, de acordo com os nossos padrões ordinários, são salvos pela sua intercessão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ó, se pelo menos essa Maria (assim era na sua fúria como eles a chamavam) não se tivesse oposto aos nossos desígnios e esforços, teríamos conquistado a igreja e a teríamos destruído há muito tempo atrás; além disso, teríamos feito com que todas as Congregações da Igreja caíssem no erro e na desordem. Agora, que somos forçados a falar, também lhes diremos isto: ninguém que persevera ao rezar o Rosário será condenado, porque ela obtém para os seus servos a graça da verdadeira contrição pelos seus pecados e, por meio do santo rosário, eles obtêm o perdão e a misericórdia de Deus”.»</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Trecho de "O segredo admirável do Santo Rosário para converter-se e salvar-se", São Luís Maria de Montfort.)</span></i></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-27901975144201500092013-04-10T10:52:00.000-03:002013-04-10T10:52:00.111-03:00Buscar a Deus<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRNXWNyCht9BfUDqn1eZF27T2Y1ugv7oSyWYw50HVPtw1dzK1yEWMxz1wO-OvCXdEH2HqNAKcuo14m-gmuwpOZ4PgWfznqGflInZK3o2zeO7w0tH-u5i5uaanto8_SNi9LeEgfRrXXyBs/s1600/Imagens2012.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRNXWNyCht9BfUDqn1eZF27T2Y1ugv7oSyWYw50HVPtw1dzK1yEWMxz1wO-OvCXdEH2HqNAKcuo14m-gmuwpOZ4PgWfznqGflInZK3o2zeO7w0tH-u5i5uaanto8_SNi9LeEgfRrXXyBs/s400/Imagens2012.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Não rezes a Deus olhando o céu; olha para dentro de ti!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não busques a Deus longe de ti, mas em ti mesmo!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não peças a Deus o que te falta; busca-o tu mesmo e Deus buscará contigo porque Ele já te deu como promessa e como meta para que tu próprio o alcances.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não reproves a Deus por tua desgraça; sofre com Ele e Ele sofrerá contigo. E se há dois em uma mesma dor, se sofre menos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não exijas de Deus que te governe com milagres; governa-te tu mesmo com responsável liberdade, amando e servindo, e Deus estará te guiando desde dentro e sem que saibas como.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não peças a Deus que te responda quando falas com Ele; responde Tu a Ele porque Ele te falou primeiro e se queres seguir ouvindo o que falta, escuta o que Ele já te disse.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não peças a Deus que te liberte desconhecendo a liberdade que já te deu; anima-te a conhecer e viver tua liberdade e saberás que isso só foi possível porque Deus te quer livre.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não peças a Deus que te ame enquanto tiveres medo de amar e de saber-te amado. Ama-O, tu, e saberás que se há calor é porque houve fogo, e que se tu podes amar é porque Ele te amou primeiro!"</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Santo Agostinho)</span></i></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<br />
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-74074886953918284862013-04-09T10:28:00.000-03:002013-04-09T10:28:00.512-03:00Medicina da morte<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Título
forte, polêmico? Não, caro leitor. É a expressão concreta do sentimento de
milhões de brasileiros diante de recente proposta feita pelo Conselho Federal
de Medicina (CFM) para a liberação do aborto até a 12.ª semana de gestação. O
presidente do CFM, Roberto D'Ávila, na defesa de uma decisão que está em rota
de colisão com a ética médica, esgrime argumentos que não param em pé:
"Vivemos em um Estado laico. Seria ótimo que as decisões fossem adotadas
de acordo com o que a sociedade quer e não como o que alguns grupos
permitem". A estratégia de empurrar os defensores da vida para o córner do
fundamentalismo religioso já não cola.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um
embrião e um feto (e querem promover o aborto no terceiro mês da gravidez) são
também pessoas, tanto do ponto de vista científico como filosófico. É falsa a
afirmação de que o feto faz parte do corpo da mãe e que a mãe pode abortar por
ter direito sobre o seu próprio corpo. Na verdade, a mãe é a hospedeira,
protetora e nutriz de um novo ser diferente dela, um outro indivíduo.
Biologicamente, o ser que está aconchegado no seio da mãe é idêntico ao que
estará sentado no seu colo com 3 meses ou à mesa com ela quando tiver 15, 20 ou
50 anos de idade. O embrião é distinto de qualquer célula do pai ou da mãe; em
sua estrutura genética, é "humano", não um simples amontoado de células
caóticas; e é um organismo completo, ainda que imaturo, que - se for protegido
maternalmente de doenças e violência - se desenvolverá até o estágio maduro de
um ser humano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aprovar
a autorização legal para abortar, como bem comentam os filósofos Robert P.
George e Christopher Tollefsen em seu livro <i>Embryo:
a Defense of Human Life</i>, é dar licença para matar uma certa classe de seres
humanos como meio de beneficiar outros. Defender os direitos de um feto é a
mesma coisa que defender uma pessoa contra uma injusta discriminação - a
discriminação dos que pensam que há alguns seres humanos que devem ser
sacrificados por um bem maior. Aí está exatamente o cerne da questão, que nada
tem que ver com princípios religiosos nem com a eventual crença na existência
da alma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje
o que está sendo questionado não é tanto a realidade biológica, inegável, a que
acabo de me referir, é coisa muito mais séria: o próprio conceito de
"humano" ou de "pessoa". Trata-se, portanto, de uma
pergunta de caráter filosófico e jurídico: quando se pode afirmar de um embrião
ou de um feto que é propriamente humano e, portanto, detentor de direitos, a
começar pelo direito à vida?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
desencontro das respostas científicas - evidente - acaba deixando a questão sem
um inequívoco suporte da ciência. Fala-se de tantos dias, de tantos meses de
gravidez... E se chega até a afirmar, como já foi feito entre nós, que só somos
seres humanos quando temos autoconsciência. Antes disso, só material
descartável ou útil para laboratório. Mas será que um bebê de 2 meses ou de 2
anos tem "autoconsciência"?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Perante
essa perplexidade, é lógico que se acabe optando pelo juridicismo. Cada vez
mais, cientistas e juristas vêm afirmando que quem deve decidir o momento em
que começamos a ser humanos e, em consequência, a ter direito inviolável à vida
é a lei de cada país. E é isto que querem fazer: embutir o aborto na reforma do
Código Penal. Ora, essas leis, por pouca informação que se tenha, variam de um
país para outro e dependem apenas - única e exclusivamente - de acordos, do
consenso a que chegarem os legisladores. Em muitos casos, mais que uma questão
de princípios, decidir-se-á por uma questão de pressões, ou por complexos
comparativos, isto é, pelo argumento de que não podemos ficar atrás dos
critérios legais seguidos pelos países desenvolvidos. Mas nem pressões nem
complexos parecem valores válidos para decidir sobre vidas humanas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quanto
ao "consenso por interesse", é útil recordar que fruto dele foi a
legislação que durante séculos definiu uma raça ou um povo como legalmente
infra-humanos e, portanto, podendo ser espoliados de direitos e tratados como
"coisas", também para benéficas experiências científicas: caso do
apartheid dos negros na África do Sul e dos judeus aviltados e trucidados pela soberania
"democrática" nazista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
juridicismo, hoje prevalente, equivale a prescindir de qualquer enfoque
filosófico e naufragar nas águas sempre mutáveis do relativismo. Nada tem um
valor consistente, tudo depende do "consenso" dos detentores do
poder, movidos a pressões de interesses. Mas se é para falar de consenso
democrático, todas as pesquisas, sem exceção, têm sido uma ducha de água fria
na estratégia pró-aborto. O brasileiro é contra o aborto. Não se trata apenas
de uma opinião, mas de um fato medido em sucessivas pesquisas de opinião. O
CFM, representando uma minoria, está promovendo uma ação nitidamente
antidemocrática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não
obstante a força do marketing emocional que apoia as campanhas pró-aborto, é
preocupante o veneno antidemocrático que está no fundo dos slogans abortistas.
Não se compreende de que modo obteremos uma sociedade mais justa e digna para
seres humanos (os adultos) com a morte de outros (as crianças não nascidas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Além
disso, não sei como o Conselho Federal de Medicina consegue articular sua proposta
pró-aborto com o juramento hipocrático. A posição da atual diretoria desse
conselho, tal como amplamente veiculada pelos meios de comunicação, não parece
condizer com o compromisso sobre o qual todos os médicos, velhos ou novos,
algum dia juraram. Não creio que o CFM represente o pensamento daqueles que, um
dia, prometeram solenemente empenhar sua profissão, seu saber e sua ciência na
defesa da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>(Fonte:
Estadão – Carlos Alberto Di Franco)<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>* Carlos Alberto Di Franco é doutor em
Comunicação pela Universidade de Navarra, diretor do departamento de
Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS).</em><span class="apple-converted-space"><i> </i></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span class="apple-converted-space"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span class="apple-converted-space"><i><span style="font-size: 12pt;"><br /></span></i></span></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-87068725792970213172013-04-08T10:38:00.000-03:002013-04-08T10:38:00.290-03:00Castidade<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVxuGhBAVyrDmg7nFXCNaq8avPoFMxcw6D7mDfM6RS-z7-xBkSgSFRbj4uUtVhB3zenwyFzv_VP2je4HUpRbTAKVoOV86KD4o-I2_DqD9EHbVrR0GG7Dr3x9u9MYFACV4jfvypfMV6SzQ/s1600/L%C3%ADrio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVxuGhBAVyrDmg7nFXCNaq8avPoFMxcw6D7mDfM6RS-z7-xBkSgSFRbj4uUtVhB3zenwyFzv_VP2je4HUpRbTAKVoOV86KD4o-I2_DqD9EHbVrR0GG7Dr3x9u9MYFACV4jfvypfMV6SzQ/s640/L%C3%ADrio.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A sexualidade afeta todos os
aspectos da pessoa humana, na sua unidade de corpo e alma. Por isso a castidade
é imprescindível para o seguimento de Cristo, para o respeito aos outros e para
uma ordem social justa, na qual o corpo e os sentimentos – e com eles a pessoa
– não se convertam em meros instrumentos de prazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O título é esse mesmo: Castidade.
Sem anestesia. Um título que é politicamente incorreto porque, segundo os
cronistas atuais, o correto seria afirmar que os ensinamentos católicos em
matéria de sexo são – ou parecem ser – “aberrações”, como dizem algumas páginas
na Internet e alguém do alto escalão da Comunidade Européia. Evidentemente não
concordo com essa afirmação, mas respeito quem as fez. Mais ainda: quero
escrever de forma positiva, tanto ao referir-me às opiniões contrárias como ao
tratar da própria virtude, que no dizer de São Josemaría Escrivá “é uma
afirmação gozosa” (Amigos de Deus, nº 177).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Embora a autoridade em doutrina
católica seja o Magistério da Igreja, não faz mal citar estas palavras de
Goethe: “Pensamentos grandes e coração puro, isso é o que teríamos que pedir a
Deus”, pois elas de algum modo sintetizam a castidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Catecismo da Igreja Católica
afirma que “a sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, na sua unidade
de corpo e alma. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de
amar e de procriar e, de uma maneira mais geral, à aptidão para criar vínculos
de comunhão com os outros” (n. 2332). Parece-me que os pensamentos grandes e o
coração limpo do genial Goethe são mais fáceis de cultivar nesse contexto em
que o Catecismo resume a sexualidade. Basta pensar na referência que faz à
pessoa humana inteira, e já se pode descartar que a sexualidade seja somente o
uso dos órgãos genitais. Uma sexualidade que se resuma a isso é muito pobre;
mais ainda: pode corroer-se e ser destruída, corrompida pela busca constante de
novas sensações, que logo ao nascerem já envelhecem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um pouco mais à frente o
Catecismo acrescenta: “A castidade significa a integração correta da
sexualidade na pessoa e com isso a unidade interior do homem em seu ser
corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao
mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando é
integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e
temporalmente ilimitada, do homem e da mulher. A virtude da castidade comporta,
portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essas linhas expressam muitas
idéias:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– A sexualidade procede da
corporalidade, mas se integra na pessoa que se relaciona com outra pessoa na
forma de uma doação mútua entre o homem e a mulher, mediante vinculação
permanente que chamamos matrimônio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– A integração na pessoa alude à
sua unidade, uma unidade que não tolera nem a dupla vida nem a dupla linguagem.
Isso implica um domínio de si próprio para ser fiel ao dom que faz à outra
pessoa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– A sexualidade se realiza num
homem e numa mulher cuja capacidade unitiva e procriativa estão entrelaçadas de
forma harmônica com todos os aspectos do seu próprio ser.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Talvez seja por isso que
Lacordaire disse que “a castidade não é uma virtude própria do claustro e dos
iniciados. É uma virtude moral e social, uma virtude necessária para a vida do
gênero humano”. É imprescindível para o seguimento de Cristo, para o respeito
aos outros e para uma ordem social justa, na qual o corpo e os sentimentos – e
com eles a pessoa – não se convertam em meros instrumentos de prazer. Santo
Agostinho ia muito mais longe ao comentar a conhecida bem aventurança: “Queres
ver a Deus? Escuta-O: Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a
Deus. Em primeiro lugar pensa na pureza do teu coração; aquilo que nele vejas
que desagrada a Deus, elimina-o.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por essas e por outras razões –
também de tipo natural – a Igreja pede a virtude da castidade a todos os que
queiram seguir a Cristo, quer sejam solteiros ou casados. Aos solteiros lhes
exige a continência total; aos casados, que os atos próprios do amor conjugal
estejam abertos à vida. Isso porque a pureza – como disse João Paulo II –
“sempre é exigida pelo amor: é a dimensão da sua verdade interior no coração do
homem”. Se há amor verdadeiro no coração, há de manifestar-se externamente de
modo casto: “Onde não há amor a Deus, reina a concupiscência” (Santo
Agostinho).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode-se argumentar dizendo que há
católicos que vivem à margem desses ensinamentos. Sabemos muito bem que eles
existem, mas esse comportamento não somente não altera em nada a doutrina de
Cristo – como o fato de haver ladrões não implica que o roubo deva ser
permitido – como também não é irrevogável: sempre podemos ser o filho pródigo
que regressa à casa do Pai mediante o Sacramento da Penitência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também se pode afirmar que ser
casto exige um heroísmo impossível. Não é bem assim quando – além de contar com
a ajuda de Deus na oração e nos sacramentos – se sabe antepor ao sexo outros
interesses mais fortes: a fé, a família, o trabalho, o serviço aos outros,
gostos humanos nobres, etc. E também empreender a luta: a boa ascética cristã,
que não fabrica super-homens, mas sim pessoas que sabem o que é fortaleza e
vontade firme. “Gravai-o na vossa cabeça – diz São Josemaría comparando a
castidade às asas, que embora pesem são imprescindíveis para voar – decididos a
não ceder se notais a mordida da tentação, que se insinua apresentando a pureza
como um fardo insuportável. Ânimo! Para o alto! Até o sol, à caça do Amor”
(Amigos de Deus, nº 177).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>(Pablo Cabellos Llorente)</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-8286274450796251672013-04-07T10:46:00.000-03:002013-04-07T10:46:00.291-03:00Senhor Misericordioso, como é grande o teu amor por mim, pecador!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVlEGizkS_cJJFtS4rqKnuvjCDOTQGnNESzYf5F-tzxtnEVFSlZpSnstzY4iwY54mqlAIhkZo1Grti1AwKt0G7ZWmCRygG9y8LTEqfILYyfIQUbysQWDrpSWrxKpqu-d5jFapNCgcHOX8/s1600/Merciful_Jesus-web-mn.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVlEGizkS_cJJFtS4rqKnuvjCDOTQGnNESzYf5F-tzxtnEVFSlZpSnstzY4iwY54mqlAIhkZo1Grti1AwKt0G7ZWmCRygG9y8LTEqfILYyfIQUbysQWDrpSWrxKpqu-d5jFapNCgcHOX8/s400/Merciful_Jesus-web-mn.jpg" width="205" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Senhor Misericordioso, como é grande o teu amor por mim, pecador!
Permitiste-me que te conhecesse; deste-me a provar a tua graça. «Saboreai e
vede como o Senhor é bom» (Sl. 33,9). Deixaste que eu saboreasse a tua bondade
e a tua misericórdia, e insaciavelmente, dia e noite, a minha alma é atraída
por ti. A alma não pode esquecer o seu Criador, porque o Espírito divino lhe dá
forças para amar aquele que ela ama; Não pode saciar-se, mas deseja sem cessar
o seu Pai celeste.</span></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Feliz a alma que ama a humildade e as lágrimas e que odeia os maus
pensamentos. Feliz a alma que ama o seu irmão, porque o nosso irmão é a nossa
própria vida. Feliz a alma que ama o seu irmão; ela sente em si a presença do
Espírito do Senhor; Ele dá-lhe paz e alegria e chora pelo mundo inteiro.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A minha alma recordou-se do amor do Senhor e o meu coração
acalentou-se. A minha alma abandonou-se a uma profunda lamentação, porque
ofendi tanto o Senhor, meu Criador bem amado. Mas Ele não se recordou dos meus
pecados; então a minha alma abandonou-se a uma lamentação ainda mais profunda
para que o Senhor tenha misericórdia de cada homem e o leve para o seu Reino
celeste. A minha alma chora pelo mundo inteiro.”<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> <span style="text-indent: 1cm;"> </span></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>(São Siluane de Athos, Monge)</i><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<br />
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-66379449142133708782013-04-06T10:14:00.000-03:002013-04-06T10:14:00.376-03:00O sequestro do papa - Vortex legendado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/BvnfHQxzH3E?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vídeo bacana! Vale a pena assistir!</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-53229954785340387682013-04-05T09:56:00.000-03:002013-04-05T09:56:00.741-03:00Também é orgulho ser sozinho<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcQVt9XCvQLT8HQwmzD5f8IG_tJkVih9cpLBtKRE_w9WqQ82BHYrtpD7iXc5I-vXh5wYRB4MSLOw9dvEQNm-u6WMHKnTNMNF-LQ3MuLxMXK3UFzy97PkhhlE1xlZ6GW2H21rlNQBWolvQ/s1600/papagaio+diferente.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcQVt9XCvQLT8HQwmzD5f8IG_tJkVih9cpLBtKRE_w9WqQ82BHYrtpD7iXc5I-vXh5wYRB4MSLOw9dvEQNm-u6WMHKnTNMNF-LQ3MuLxMXK3UFzy97PkhhlE1xlZ6GW2H21rlNQBWolvQ/s400/papagaio+diferente.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um dos conselhos mais
importantes de São Paulo no Novo Testamento é aquele<strong>“quem julga estar de pé, cuide para que
não caia”</strong><span class="apple-converted-space"> </span>que
encontramos na primeira carta aos Coríntios. Não obstante, e infelizmente,
sempre se encontrou na história da Igreja quem fizesse pouco caso dessa tão
fundamental exortação, o que já levou muitas almas à mais terrível ruína.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São Luís de Montfort lamenta
n’algum lugar do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem os tantos
cedros do Líbano que já caíram miseravelmente por terra devido à imprudência de
se julgarem auto-suficientes. Não é sem razão que a espiritualidade católica
sempre insistiu na importância de combater não apenas os pecados externos, mas
também (e principalmente) os internos, dentre os quais o orgulho ocupa um lugar
de infeliz proeminência. Enganar-nos-íamos se pensássemos que este vício anda
sempre lado-a-lado com a arrogância manifesta! O orgulho é primariamente
interior. Pode perfeitamente reinar no coração de um homem e, ao mesmo tempo,
passar despercebido de todos os que convivem com ele.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Decerto não era nisso que
pensava a Florbela Espanca quando o escreveu, mas há muita sabedoria<span class="apple-converted-space"> </span>naquele seu verso<span class="apple-converted-space"> </span>que diz “[q]ue também é orgulho ser
sozinha”. A idéia de que somos mais especiais de que os nossos irmãos é
sedutora, mas é terrivelmente falsa. A concepção de que podemos fazer alguma
coisa de grande por nós mesmo é enganadora – e quantos não caem neste
canto-de-sereia! A vaidade de desbravarmos o nosso próprio caminho nesta vida,
desprezando a caminhada dos que nos são próximos, já conduziu muitas almas para
o abismo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aqui é preciso tomarmos
cuidado para não cairmos em engano; sem dúvidas cada pessoa tem o direito e até
mesmo o dever de escrever a própria história, e o insubstituível protagonismo
de cada um na sua própria salvação é uma necessidade que não nos convém nunca
esquecer. Não obstante, por meio de um desses aparentes paradoxos que perfazem
a complexidade humana, a nossa dimensão individual é inseparável da comunitária
e, se é verdade que temos o dever de trilhar o nosso próprio caminho, não é
menos verdade que ele deve estar inserido na teia de relacionamentos que o
Altíssimo teceu para a nossa existência.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De modo particular, a nossa
salvação – individual – passa necessariamente por aquela comunidade de fiéis
que Deus estabeleceu no mundo para conduzir os homens à Bem-Aventurança Eterna;
passa, necessariamente, pela Igreja de Cristo. Rejeitar a companhia daquelas
almas ao lado das quais a Divina Providência determinou que caminhássemos neste
Vale de Lágrimas, longe de ser um sadio protagonismo próprio das grandes almas,
é orgulho mesquinho que se revela um horrendo sinal de perdição. Querer
construir por conta própria um caminho que conduza aos Céus é loucura e, na
verdade, é somente a velha tentação original apresentada sob uma nova roupagem.
O verdadeiro e legítimo protagonismo que precisamos assumir é o de conferir as
marcas da nossa individualidade ao caminho que Nosso Senhor Jesus Cristo já
abriu para nós, e não o de buscar por conta própria um outro caminho para o
Céu. A Igreja não é uma estrada para o Paraíso ao lado de tantas outras, muito
pelo contrário: é o terreno seguro somente dentro do qual é possível ao ser
humano abrir o seu caminho para Deus. Podemos ensaiar os nossos próprios passos
sim, e temos total liberdade para fazê-los da nossa própria maneira – mas
somente dentro do palco que Deus preparou para que fosse possível haver dança.
Esforcemo-nos, sim, para salvar a nossa alma, e o façamos com todas as
particularidades que nos são próprias; mas somente dentro da Igreja, criada por
Deus para que pudesse existir salvação no mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu pensava nessas coisas
quando li aquela triste notícia segundo a qual<span class="apple-converted-space"> </span>Magdi Cristiano Allam, ex-muçulmano
batizado por Bento XVI, anunciou ter deixado a Igreja Católica. Eu me lembro do
seu Batismo, em uma vigília de Páscoa, no coração do Vaticano, diante de todas
as câmeras do mundo; lembro-me de como fiquei feliz com o ex-muçulmano, cujo
batismo no Sábado de Aleluia parecia uma resposta a uma das Grandes Orações da
véspera. Lembro-me de que – insensato – pensei que, este, a Igreja não haveria
de perder, pois se convertera já na idade adulta e após experimentar os falsos
credos, e estas conversões soem ser mais profundas e definitivas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Infeliz de mim, que estava
rotundamente engando! O converso abandonou a Igreja. Por que o fez? Por conta
daquilo que ele chamou de “relativismo religioso” e, particularmente, pela legitimação
do<span class="apple-converted-space"> </span><em>Islam</em><span class="apple-converted-space"> </span>como
verdadeira religião. Aqui as coisas começam a ficar mais claras. É óbvio que o
Islamismo não é “verdadeira religião”, porque a única religião verdadeira é
aquela fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus e Homem Verdadeiro. É óbvio
que a Igreja jamais “legitimou” o <em>Islam</em><span class="apple-converted-space"> </span>e nem o poderia fazer jamais, porque
isso seria trair a Si mesma. Então, do que é exatamente que Magdi Allam está
reclamando?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Arriscamos uma resposta. O
que o incomoda é a – na visão dele – leniência da Igreja em enfrentar o<span class="apple-converted-space"> </span><em>Islam</em>,
o que lhe tira a paz é perceber que a Igreja não combate o islamismo com o
denodo que ele julga necessário. Em uma palavra, o seu problema, aparentemente,
é um só: a sua conversão à Igreja em 2008 parece ter sido mais para lutar
contra Maomé do que para fazer-se discípulo de Cristo. Mais por ódio ao Corão
do que por amor a Cruz. E o ódio, embora pareça mais intenso, é também mais
inconstante e menos duradouro: o simples ódio a alguma coisa é incapaz de
garantir a regularidade devotada que o Cristianismo exige como caminho de vida.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E essa história triste, na
verdade, nos deixa ao menos uma preciosa lição: ninguém deve se converter à
Igreja por ser contra o islamismo ou o protestantismo, o relativismo ou o
esquerdismo, o feminismo ou o homossexualismo, a degeneração moral ou a crise
de valores, nada. Vou até mais além: ninguém deve nem mesmo converter-se à
Igreja porque os Seus ensinamentos são corretos. Na verdade, deve-se ser
católico por uma única e simples razão:<span class="apple-converted-space"> </span><strong>para salvar a própria alma</strong>,
uma vez que sozinho ninguém é capaz de a salvar. Outra espécie de amor à Igreja
que não esteja radicado em Cristo, que não seja amor a Cristo por Aquilo que
Ele é em Si mesmo, não é amor verdadeiro à Igreja. Semelhante “conversão” (que
eu nem sei se se pode chamar assim) não é aquela casa do homem prudente
edificada sobre a rocha da qual nos fala o Evangelho. Ao contrário, é frágil
construção edificada sobre a areia, cujos alicerces cedo ou tarde irão abaixo
por conta das intempéries da natureza – e grande será a ruína de quem fez ali a
sua morada.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Deus lo Vult)</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Georgia, serif;"><br /></span></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-52878569719436761552013-04-04T09:24:00.000-03:002013-04-04T09:24:09.998-03:00Sete exigências da nova evangelização<br />
<div style="background: #FDFEFA; border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 6.0pt 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiedSpMT3A7QiCtfWubdlliuswDYTJHunFJKNP-0jtXxRhY-Wott-A-RYoUGeqxERlG1_xE1Z4YT7qeYn-0pmjrykbKDrsKtCeLC6_n3Dp-l1BhM0YgzEbBSa_96r3_kG5m4IRTcRORI3I/s1600/comunica%C3%A7%C3%A3o+boneco+com+megafone.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiedSpMT3A7QiCtfWubdlliuswDYTJHunFJKNP-0jtXxRhY-Wott-A-RYoUGeqxERlG1_xE1Z4YT7qeYn-0pmjrykbKDrsKtCeLC6_n3Dp-l1BhM0YgzEbBSa_96r3_kG5m4IRTcRORI3I/s1600/comunica%C3%A7%C3%A3o+boneco+com+megafone.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. Amizade com
Cristo<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ninguém dá o que não tem. Nova evangelização não consiste em ensinar uma <i>doutrina</i>,
mas em ensinar uma <i>relação</i>, isto é, significa ensinar a <i>relacionar-se com Cristo</i>.<br />
<br />
Afinal, o Cristianismo é para viver, não para falar. E há por aí um monte de
bem-entendidos que são um bando de safados.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: #FDFEFA; border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 6.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. Contagiar com o
ardor apostólico<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mais do mesmo, só que com a novidade do fogo. Diz o provérbio que <i>a
primeira condição para se abrir uma loja é sorrir</i>.<br />
<br />
E você quer incendiar o mundo sem ser uma brasa?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: #FDFEFA; border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 6.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. Contar a
história de Israel<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Seria estranho afirmar que Cristo cumpriu as promessas a Israel e ao
mesmo tempo desconhecê-las. Por isso mesmo, São Jerônimo dizia que <i>o
desconhecimento da Escritura é o desconhecimento do próprio Cristo</i>.<br />
<br />
Não é questão de erudição, mas de um mínimo de intimidade com a Escritura. Gaste menos tempo
na Internet e leia a Bíblia 5 min por dia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: #FDFEFA; border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 6.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. Domínio da
cultura contemporânea<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se você tem a Bíblia na mão direita, tenha o jornal na esquerda. Do
contrário, estará criando um gueto intelectual e
contradizendo a fé.<br />
<br />
A fé se comunica e a comunicação começa por saber ouvir. Antena
ligada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: #FDFEFA; border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 6.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. Paixão pela
Tradição Apostólica<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A pior alienação para um católico é querer imitar um protestante. Não é
preciso reinventar a roda, ou abrir picadas a facão, pois tudo já se fez e já
se disse em nossa história bimilenar.<br />
<br />
Você não está sozinho e há experiência de sobra na Tradição. O que falta é ler
os grandes autores e estudar a <i>patrística</i>.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background: #FDFEFA; border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 6.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. Ter um coração
missionário<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Isso não quer dizer necessariamente pegar um avião e ir para a
Tailândia. Simplesmente significa sentir-se incomodado com o paganismo do seu
quintal.<br />
<br />
Se você acha normal a apologia da maconha, o crescente número de divórcios, a
baixa assistência à Missa dominical ou a militância homossexual,
então você nunca fará nada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: #FDFEFA; border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 6.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">7. Gostar das novas
mídias<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As novas mídias são <i>a versão 2.0 dos Correios, Telégrafos e
Telefones</i>. A sua graça está em aproximar as pessoas, mas é preciso
reconhecer que muita gente gasta horas papeando com desconhecidos e vive às
turras com quem convive diariamente sob o mesmo teto.<br />
<br />
A solução não está em fugir da arena, mas em, respeitando seus limites, lutar conforme as regras.<span style="color: #333333;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fdfefa; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Depósito de Ideias - João Carlos Nara Jr.)</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-2037546500548951722013-04-03T14:45:00.000-03:002013-04-03T14:45:01.059-03:00Bergoglio, Ratzinger e lendas urbanas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht1azQLNhS5V1LHaz95S6pR1sZ2aczbgxCKCkKr27VPfVgtsEWSXlZiy_JXARCoDf6WucwItW47BAW3lD0akfEPLelg0Q3DdWBHIM7RZRjpQYXM10fN9nT0gcjcVOH-6SgkvPtSxE-qLk/s1600/000_dv1445626.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" mta="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht1azQLNhS5V1LHaz95S6pR1sZ2aczbgxCKCkKr27VPfVgtsEWSXlZiy_JXARCoDf6WucwItW47BAW3lD0akfEPLelg0Q3DdWBHIM7RZRjpQYXM10fN9nT0gcjcVOH-6SgkvPtSxE-qLk/s400/000_dv1445626.jpg" width="272" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma pessoa muito próxima e querida disse-me outro dia: “Não posso deixar de pensar em Bento XVI, e sinto-me mal quando o imagino vendo quanto afeto e entusiasmo cercam o novo Papa…”. Com o pouco que conhecemos sobre Ratzinger, parece difícil imaginá-lo ressentido com o fato de seu sucessor, Francisco, obter a simpatia tanto de fiéis quanto de não crentes. Francamente, os comentários dos que se preocupam com esta simpatia que o Papa Bergoglio suscita inclusive nos ambientes laicos e naqueles normalmente afastados da Igreja não têm cabimento. É como se não fosse possível ser verdadeiramente católico sem provocar desconfortos, conflitos, polêmicas ou antipatias. O que está acontecendo é somente uma “lua de mel” com o novo Papa, que vai acabar rápido, como toda lua de mel? Esperemos para ver o que vai acontecer. Devemos, porém, reconhecer a espetacular habilidade da Igreja de renovar-se a si mesma e tomar novo fôlego, apesar da renúncia de um Papa.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os primeiros dias do pontificado de Francisco foram marcados, sob vários aspectos, pelas diferenças entre ele e seu predecessor. É verdade que Bergoglio sempre caracterizou sua missão com um estilo simples, rompendo constantemente com um protocolo rigidamente estabelecido, da mesma maneira que tinha feito o Papa Wojtyla desde o início de seu pontificado. Mas logo depois de sua eleição começaram a circular lendas urbanas. De acordo com uma delas, Francisco teria rejeitado a mozeta de veludo vermelho bordada, dizendo ao mestre de cerimônias pontifícias, Guido Marini: “Use-a você! O carnaval acabou.” Um comentário rude e grosseiro a se fazer ao Mestre de cerimônias. Pelo menos a partir do que Vatican Insider apurou, essas palavras nunca saíram da boca de Bergoglio. Francisco simplesmente disse que preferia não usá-la, sem fazer nenhum comentário sobre carnaval, e sem humilhar o obediente cerimoniário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdadeira continuidade entre Bento XVI e Francisco pode ser vista em muitos aspectos e em muitas alusões e insistências que escutamos nestes primeiros dias do novo pontificado: a humildade, a consciência de que a Igreja é guiada pelo Senhor, o não protagonismo do Papa. Bento XVI, depois de sua eleição, disse que “o Papa deve fazer resplandecer a luz de Cristo, não a própria luz”. Francisco, ao reunir-se com os jornalistas disse que o “protagonista” é Cristo, não o Papa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também a sensibilidade ao cuidado da Criação (cujo centro é o homem) e a defesa do ambiente é um elemento comum de ambos os Pontífices. Sem falar do tema do carreirismo e da “mundanidade espiritual” na Igreja: só quem se esqueceu das profundas homilias do Papa Ratzinger sobre estes temas duvida que não haja uma continuidade essencial. Somente quem não conhece seus escritos sobre a liturgia pode pensar que o mais importante eram os tecidos e os paramentos. Quanto à “descontinuidade” entre Ratzinger e Bergoglio, precisamos perguntar a nós mesmos quanta ajuda recebeu Bento XVI de seus colaboradores para transmitir a alma de suas mensagens. Assim como Paulo VI deve ser afastado de certos “montinianos” que se consideram os únicos portadores vivos de sua memória, assim Bento XVI deve ser salvo de certos “ratzingerianos” que em mais de uma ocasião pretenderam inclusive ensiná-lo como ser Papa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<em>(Por Andrea Tornielli – Tradução: Ecclesia Una)</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-64916725889018978992013-04-02T02:00:00.000-03:002013-04-02T02:00:05.741-03:00Judas e Pedro<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-ZbC9Rk5x77mZBpw4Hp5YPSU5iBE10uSZClY7-vqzQT0AyX32X3J_LUEyP6t1uJWP5jRVacEhDWc5rmNQqNqeyn1KOFLX04OH_s3__0puHhSh1jfSA48BKeVQumNzlufE6V8rHzzeux4/s1600/judas_big.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-ZbC9Rk5x77mZBpw4Hp5YPSU5iBE10uSZClY7-vqzQT0AyX32X3J_LUEyP6t1uJWP5jRVacEhDWc5rmNQqNqeyn1KOFLX04OH_s3__0puHhSh1jfSA48BKeVQumNzlufE6V8rHzzeux4/s400/judas_big.jpg" width="326" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A queda de Judas representa para
nós uma advertência. Assim o afirma o autor, com toda a razão. Com efeito,
causa vertigem pensar que um homem bom, escolhido e preparado por Deus para
realizar uma grande missão, um homem que conviveu intimamente com o próprio
Jesus e que tinha todas as condições para ser fiel até o fim e muito santo,
tenha caído tão fundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa advertência torna-se ainda
mais forte, se nos lembrarmos de que não foi só Judas que traiu. Os outros
Apóstolos, também traíram o Senhor, embora de outro modo, e até o próprio
Pedro, o Príncipe dos Apóstolos, traiu Cristo. Ele que tinha recebido a missão
de ser a rocha incomovível sobre a qual se deveria edificar a Igreja ao longo
dos séculos, negou covardemente o Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Judas e Pedro. Duas histórias que
nos colocam diante do mistério do mal, dos abismos de maldade que existem no
coração de todo o ser humano. Sem dúvida, uma advertência importante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">UM PARALELO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As quedas de Judas e de Pedro
apresentam um grande paralelismo. Em ambos os casos, houve uma longa história
de claudicações que culminaram quer na traição, quer na negação. Mas há também
diferenças significativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Judas, antes de cair,
corrompeu-se totalmente. No início, seguia Jesus com retidão. Havia na sua alma,
como na dos outros Apóstolos, ambições humanas alheias à missão de Cristo e
interesses pessoais mesquinhos, mas estavam num segundo plano; o que importava
acima de tudo era colaborar com o Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No entanto, com o passar do
tempo, essa situação foi-se invertendo: as ambições pessoais de Judas, não
devidamente subjugadas à medida que “erguiam a cabeça”, foram pouco a pouco
ganhando terreno até que, em dado momento, o Apóstolo percebeu com nitidez que
a proposta de Jesus não se coadunava em absoluto com elas. Então, em lugar de
retificá-las, preferiu mantê-las e colocá-las em primeiro lugar na sua vida. Em
hipótese alguma teria conseguido responder como os filhos de Zebedeu:
“Podemos”, se tivesse sido convidado como eles a beber do cálice da Cruz. Ou
talvez o tivesse feito... mentindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A partir daí, foi-se
desenvolvendo na sua alma um processo de infecção generalizada pelo câncer de
um tremendo egoísmo. Seu coração foi-se endurecendo e distanciando
aceleradamente de Cristo. A sua consciência foi-se embotando: começou a roubar
o dinheiro da bolsa da que era encarregado, e, perdida a confiança em Jesus,
passou a olhá-lo com olhos cada vez mais críticos, até chegar, após sucessivas
decepções, a odiar Aquele a quem tanto admirara. Finalmente veio a traição vil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pedro, pelo contrário, nunca
perdeu essa retidão interior. Começou a seguir Jesus num arranque abnegado de
generosidade, por amor. E por amor seguiu-o até ao fim. No entanto, a sua
natureza generosa e ardente era frágil, e Pedro, apesar de tantas advertências
carinhosas mas claras de Cristo, preferiu ignorá-las presunçosamente. E foi
essa presunção que o perdeu. O seu itinerário até à queda correu pela linha das
atitudes de autosuficiência, das “desafinações” em relação ao espírito do
Mestre, que a longo prazo apontavam para a infidelidade em situações extremas.
E assim chegou à sua tríplice negação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pedro, tal como Judas, tinha uma
visão demasiado humana da sua missão e do próprio Cristo. Não atribuía a devida
importância à oração – Jesus tivera que censurá-lo no Horto das Oliveiras por
ter adormecido e deixado de vigiar em sua companhia –; freqüentemente julgava
sem a perspectiva da fé – movido por um carinho superficial e emotivo por
Cristo, tentara demovê-lo do cumprimento cabal da vontade do Pai no sacrifício
da Cruz –; pensava presunçosamente que nunca abandonaria o seu Mestre, ainda
que todos os outros o fizessem. O resultado foi que, na noite da Sexta-feira
Santa, num gesto atrevido em que se misturavam amor e presunção, seguiu Jesus
até à casa do Sumo-sacerdote, o reduto do inimigo, e foi surpreendido pela
própria fraqueza, caindo, impotente, nas três negações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estamos, portanto, diante de duas
modalidades de queda, ambas inquietantes. Uma, a de um homem que era bom e que
se deixou corromper por ambições egoístas até à mais completa dureza de
coração; e a outra, a de um homem igualmente bom, que sem deixar de ser reto
chegou, por presunção, a tornar-se extremamente vulnerável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O CORAÇÃO ENDURECIDO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A história de Judas adverte-nos
para o perigo da falta de pureza de intenção que nasce do egoísmo. É muito
comum que os nossos ideais mais elevados estejam misturados com intenções
egoístas de avareza, de vaidade, etc. Aconteceu com a maioria dos Apóstolos,
que, embora quisessem honestamente colaborar com a instauração do Reino de
Deus, tinham também pretensões menores de vaidade: quantas vezes não teve Jesus
que corrigi-los por estarem discutindo sobre qual deles seria o maior, sobre
postos de honra, sobre quem se sentaria à sua direita ou à sua esquerda!
Aconteceu também com Judas. Só que, nos outros Apóstolos, essas pretensões e as
suas inevitáveis conseqüências más não levaram à ruína final e, em Judas, sim.
Porque os outros souberam combatê-las à medida que se iam manifestando, e Judas
não se preocupou com isso. Deixou-se dominar por elas e, como conseqüência,
corrompeu-se.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quantos casos destes não
conhecemos! Certamente em muito menor escala, mas com a mesma raiz. Pensemos,
como um de tantos exemplos, no jovem profissional que inicia a sua carreira, cheio
de sonhos e de projetos para o futuro. Quer aprender, quer progredir.
Certamente, pelo desejo nobre de prestar um serviço qualificado à sociedade e
de conquistar uma posição confortável para a família recém-constituída; mas
também pelo desejo de prevalecer sobre os colegas, de conquistar status, de
sentir a satisfação orgulhosa da própria capacidade de trabalho. Está na mesma
situação que Judas no início do seu apostolado, e corre, como ele, o risco de
corromper-se.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não estiver vigilante, tenderá
a polarizar-se no exercício da sua profissão e a tornar-se escravo de uma
ambição desordenada. Começará a desentender-se da família, ficando – sem
necessidade – até mais tarde no emprego com excessiva freqüência. E, se mulher
e filhos vierem a reclamar da sua ausência, responderá indignado que, se se
ausenta, é apenas para conseguir o dinheiro de que “eles” necessitam. Depois,
passará a preferir uma happy hour em companhia dos colegas ao descanso junto
aos seus. Não tardará a vir a amizade colorida com a companheira de escritório,
cuja conversa amena, em sintonia com a sua mentalidade e as suas reais
preocupações, parecerá muito mais atraente que a da esposa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Paralelamente, o sadio
companheirismo no ambiente de trabalho dará lugar à concorrência, ao mesquinho
jogo de influências. Depois virão as injustiças, as faltas de lealdade, as
“puxadas de tapete”. E assim, se não refreia o egoísmo, retificando
constantemente a intenção, o nosso jovem idealista, com o tempo, acabará por
converter-se em mais um profissional medíocre, separado da esposa, desiludido
da vida, velho aos quarenta anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A queda de Judas adverte-nos
também para o perigo ainda mais insidioso de um falso seguimento de Cristo, de
uma religiosidade interesseira. É o caso daqueles que, sem extraírem do
Evangelho o seu conteúdo profundo, revestem a própria vida com um verniz de cristianismo.
Pretendem assim estar quites com Deus e evitar quaisquer represálias da sua
parte. Não roubam, não matam, talvez não cheguem ao adultério manifesto, mas
não têm escrúpulos quando se trata de desonestidades veladas, de um “caso”
discreto ou de um “flirt” carregado de maus desejos. Não fazem mal a ninguém,
mas não vivem a caridade, omitem-se, não fazem quase nenhum bem. Quando muito,
observam algumas práticas religiosas. Rezam, mas jamais se interessam por
conhecer a sua fé a fundo, por buscar uma amizade crescente com Deus, pela
oração sem anonimato e pelos sacramentos. Procuram a Deus apenas na medida em
que isso os leva a sentir-se bem, a obter consolo, socorro e “cura” nas suas
dificuldades. Querem conquistar a proteção e a ajuda de Deus, sim, mas para
poderem, às custas dEle, viver a sua vida, com os seus projetos de realização
egoísta, fechando os ouvidos ao que Deus possa pretender deles. Ou seja,
cometem o mesmo pecado de Judas no seu coração: em vez de servir a Deus,
servem-se de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São os mesmos que, após um
período mais ou menos longo de prática religiosa em épocas de bonança e de
prosperidade, se escandalizam quando chega o sofrimento, quando vem a Cruz.
Ante o fracasso nos negócios, a dor de uma doença grave ou a morte prematura de
um familiar, afastam-se desiludidos, ressentidos, amargurados. E podem
facilmente terminar na revolta aberta contra Deus, na mais completa traição ao
ideal religioso que um dia acalentaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ainda uma última lição da
história de Judas. É preciso precaver-se contra a perigosa armadilha da
deformação da consciência. O processo de endurecimento do coração de Judas
correu paralelo a um progressivo embotamento da consciência que o levou à
cegueira. Porque é evidente que Judas estava cego quando vendeu Jesus. Foi por
culpa sua que ficou assim, mas já estava cego. No seu triste caminho de
corrupção moral, chegou, como já diz o autor, a desconfiar de Jesus, a vê-lo
como alguém perigoso para os legítimos interesses do povo judeu. E portanto
deve ter pensado que entregá-lo aos seus inimigos não seria um mal. O autor
cita vários argumentos que lhe podem ter ocorrido nesse sentido. Aliás, se não
fosse assim, dificilmente se explicaria a sua reação de desespero quando
descobriu claramente que estava enganado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo quando se leva uma vida
ruim, se se conserva uma consciência clara, é difícil chegar ao extremo a que
chegou Judas. O que é realmente perigoso é a cegueira de uma consciência
deformada. É essa cegueira que pode fazer com que pouco a pouco nos tornemos
muito duros de coração, sem percebermos com nitidez que estamos passando por um
processo de corrupção. Só ela pode fazer que alguém acorde um belo dia e
descubra, com amarga surpresa, que perpetrou uma terrível traição, que agiu
como um canalha, como Judas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando se deforma a consciência?
Quando se despreza a luz que Deus nos dá para vermos que precisamos retificar
em algo a nossa conduta, e não o fazemos. Durante todo o tempo em que a alma de
Judas se ia enchendo de trevas, Jesus não deixou de estimá-lo muito e de tentar
ajudá-lo. Deu-lhe muitas oportunidades de arrepender-se do seu egoísmo
interesseiro quando o seguia somente para obter vantagens pessoais, e, depois,
de arrepender-se dos seus desígnios de traição. Comenta São Tomás More que o
Senhor “não o arrojou da sua companhia. Não lhe tirou a dignidade que tinha
como Apóstolo. Nem lhe tirou a bolsa, e isso apesar de ser ladrão. Admitiu-o na
Última Ceia com os demais Apóstolos. Não hesitou em ajoelhar-se e lavar com as
suas inocentes e sacrossantas mãos os pés sujos do traidor, símbolo da sujidade
da sua mente <...>. Finalmente, no instante supremo da traição, recebeu e
retribuiu o beijo de Judas com serenidade e com mansidão (1). Cada uma dessas
delicadezas do Senhor terá feito estremecer a alma de Judas, terá representado
uma luz que mostrava claramente a bondade do Mestre e a baixeza do seu
comportamento. Mas ele estava cego.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje, se ouvirdes a voz do
Senhor, não queirais endurecer os vossos corações (Hebr 3, 7). A consciência
deforma-se quando, ao escutarmos a sua voz, procuramos abafá-la por todos os
meios, para não termos que reconhecer o nosso erro e podermos continuar a
satisfazer os nossos egoísmos. Se essa resistência à graça se repete muitas
vezes, a consciência vai sendo cada vez mais sufocada pelas mentiras com que
tratamos de abafá-la, vai perdendo pouco a pouco a capacidade de
sensibilizar-se ante o mal, e chega a julgar como correto aquilo que na verdade
é equivocado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não será por termos deformado a
nossa consciência que agora já não nos ferem a sensibilidade comportamentos que
antigamente nos levavam a um vivo arrependimento? Não estará na nossa cegueira
a causa de certas relutâncias em aderir plenamente aos ensinamentos da Igreja
em temas morais e, mais concretamente, em temas de moral conjugal? É uma
hipótese que devemos examinar honestamente, com toda a sinceridade. Se Judas
tivesse refletido a fundo sobre a origem dos seus espíritos críticos com
relação a Jesus, talvez tivesse notado a relação desses pontos de desconfiança
com a pertinácia das suas pretensões egoístas, talvez tivesse reparado que
tantas vezes tivera que forçar a própria consciência com desculpas
inconsistentes. Provavelmente, com a graça de Deus, teria podido sustar o
processo de endurecimento do seu coração e evitado o desenlace fatal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O CORAÇÃO ENFRAQUECIDO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da queda de Pedro devemos, em
contrapartida, aprender a fugir da presunção. Aprender que mesmo um homem reto,
que continua a pôr Deus em primeiro lugar no seu coração, pode cair em faltas
muito graves se não se esforça por estar muito unido a Ele, seguindo Cristo de
perto; ou seja, se não combate energicamente as pequenas claudicações do seu
modo de ser e não se apóia na força da graça – na oração, na confissão, na
Comunhão...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em certo sentido, as negações de
Pedro chamam mais a atenção que a traição de Judas, porque, no caso deste
último, é evidente que houve um lento processo de deterioração que preparou a
queda ruinosa, ao passo que, no caso do primeiro, aparentemente, o tropeço
chegou de repente. Essa aparente instantaneidade da queda poderia levar-nos à
impressão fatalista de que não haveria modo de nos precavermos contra as
tentações violentas, de que a nossa perseverança no bem estaria completamente à
mercê de circunstâncias imprevisíveis. Mas a verdade, como apontávamos desde o
início, é que também no caso de Pedro houve um tempo de maturação da queda, um
período suficientemente longo em que ele teria podido notar a aproximação do
perigo e tomado as providências necessárias para afastá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pedro poderia ter notado que, à
medida que se aproximava o momento da morte de Cristo na Cruz, a perspectiva
dessa morte, que Jesus já afirmara repetidas vezes ser absolutamente
necessária, o vinha deixando cada vez mais perplexo e tristonho. Poderia ter
notado que ia crescendo no seu coração a relutância em aceitá-la. Poderia ter
reparado que essa relutância estava tornando difícil a sintonia com o Mestre, o
diálogo profundo com Ele. Que desse modo se iam entorpecendo no seu coração os
desejos de um seguimento incondicional de Cristo, abalando-se assim as bases da
sua lealdade. Poderia ter dado ouvidos ao Senhor quando Jesus o advertiu do
perigo da sua defecção. Poderia, em suma, ter percebido que se estava afastando
de Cristo, que o estava seguindo “de longe”, tornando-se portanto cada vez mais
fraco. Não o fez por presunção – confiava demais em si mesmo – e, por isso,
chegado o momento da prova, encontrou-se sozinho e desamparado, sem a ajuda de
Cristo e da sua Santíssima Mãe, com a qual teria podido contar se tivesse
crescido em humildade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na realidade, nunca há quedas
“instantâneas”. Como bem explica Chevrot, “a natureza não atua por golpes
teatrais. Uma morte repentina é o resultado previsível de um lento desgaste do
organismo; uma bancarrota do dia para a noite é a conclusão fatal de uma série
de operações irregulares; o muro que desaba de repente estava deteriorado há
muito tempo. Da mesma maneira, a queda repentina de uma alma no pecado só é
repentina aparentemente; na realidade, é fruto de um obscuro trabalho anterior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A hora em que um cristão sucumbe
à tentação raramente é aquela em que foi mais culpado, seja qual for a
gravidade da sua falta em si mesma ou nas suas conseqüências. Esse cristão foi
muito mais culpado antes do seu pecado, quando brincava com o fogo, quando,
rejeitando debilmente o pensamento do mal, se familiarizava com ele. Ao longo
desse tempo, os desejos do orgulho tornavam-se mais precisos, os apetites da
sensibilidade chegavam a ser mais imperiosos ou os apelos do interesse
convertiam-se numa idéia fixa. Foi suficiente, depois, uma ocasião imprevisível
para que esse cristão renegasse subitamente a sua dignidade, as suas promessas
e a sua fé”Simão Pedro, 2ª ed., Quadrante, São Paulo, 1990, pág. 163.>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um homem reto somente cai se
permitir que a sua alma passe por um processo de enfraquecimento que a torne
vulnerável. É o que se dá, por exemplo, quando não se reage com prontidão e
energia a pequenas faltas de honestidade no exercício da profissão, sob o pretexto
de que se trata de “coisas de pouca monta”, ou quando se deixam abertas tênues
brechas no campo da fidelidade conjugal, pensando que não passam de desejos
vagos, de devaneios da imaginação, quando se entra pelo caminho das desculpas
para justificar faltas no cumprimento do dever, insinceridades, espíritos
críticos, etc., etc. Ou seja, cai-se fundo se, por falta de humildade, não se
dá importância aos pequenos deslizes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portanto, “vigiai e orai para não
cairdes em tentação”. Vigiai: procurando afastar as ocasiões de pecado, sem dar
ouvidos às bravatas fanfarronas de uma autoconfiança orgulhosa; saindo
rapidamente do terreno resvaladiço das pequenas fraquezas consentidas; apagando
o fogo das paixões ruins quando está no início e pode ser facilmente debelado...
E orai: mantendo um diálogo ininterrupto com o Senhor, que nos permita enxergar
tudo com os olhos da fé, e garanta uma constante identificação da nossa vontade
com a de Deus, enxertando a nossa fragilidade na sua fortaleza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">POR QUE A DIFERENÇA?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A principal diferença entre as
histórias de Judas e de Pedro está no seu desfecho. Os dois traíram, ambos se
afastaram de Jesus. Mas Pedro terminou bem: reassumiu a sua condição de
Apóstolo e chegou a ser a Rocha firme de que Deus necessitava para a sua
Igreja. Ao passo que Judas terminou mal, num horrível suicídio. Por que essa
diferença?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque, chegado o momento em que
perceberam o próprio erro – esse momento sempre chega, por graça de Deus –,
Judas ficou apenas no remorso, na humilhação que a tomada de consciência do
pecado produz, e, por isso, desesperou; e Pedro, pelo contrário, foi além:
chegou ao arrependimento, e o arrependimento o curou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que diferença entre o remorso
humilhado e o arrependimento, a contrição! A humilhação do remorso consiste na
decepção que sofremos a respeito de nós mesmos. A contrição é a dor – dor de
amor – que sentimos por ter ofendido a Deus. A primeira encerra-nos no nosso
eu, a segunda abre-nos para o Outro. Por isso, o simples remorso produz
intranqüilidade, tristeza, desespero e ruína; ao passo que o arrependimento
leva à paz, à alegria, à esperança e à luta por mudar. O arrependimento cura e
vivifica!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Resta apenas indagar por que
Pedro se arrependeu e Judas não. Sem dúvida, o fato de Judas já estar
totalmente corrompido no momento da queda e de Pedro ter continuado reto até o
fim, contribuiu em boa medida. O caminho de volta era muito mais curto para o
pescador do mar da Galiléia. Mas foi outro o fator preponderante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mal terminaram as negações do
Apóstolo, Jesus, que tinha estado na sala de audiências do Sumo-sacerdote, foi
conduzido ao pátio onde ele se encontrava, e então, escreve São Lucas, o Senhor
voltou-se e olhou para Pedro... (Lc 22, 61)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aquele olhar durou apenas um
instante, porque Jesus foi imediatamente arrastado pelos soldados, mas bastou
para mudar completamente o coração do negador transtornado. Era um olhar
carinhoso de censura serena, sem mágoa, de tristeza compassiva, que oferecia o
seu perdão. Representou para o miserável Simão o encontro decisivo com os
abismos infinitos da misericórdia divina. Simão arrependeu-se porque se deixou
penetrar por aquele olhar do Bom Pastor que procurava pela sua ovelha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No momento da queda, Pedro
esquecera-se completamente de Jesus, mas Jesus não se esquecera dele. Nunca se
esquece do pecador. De algum modo misterioso, o seu olhar deve ter procurado
também por Judas, no mesmo momento da traição. E até o próprio Judas se teria
arrependido se não se tivesse encerrado na carapaça do seu orgulho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Todos podemos trair. Se é verdade
que há no coração do homem uma natural inclinação para o bem, também é verdade
que o pecado original e os pecados pessoais produzem uma inegável inclinação
para o mal. Somos capazes “de todos los horrores y todos los errores”, como
sublinhava Mons. Escrivá. Mas, se tivermos uma atitude de honrada sinceridade
para com Deus e de humildade para evitar a presunção, é muito mais difícil que
cheguemos às grandes traições. Podem-se evitar tanto o endurecimento do coração
como as quedas repentinas por fraqueza. E, mesmo que falhemos, sempre resta o
recurso infalível à misericórdia de Deus. Aliás, a vida cristã consiste
precisamente num contínuo começar e recomeçar, fazendo de cada vez que se cai
um ato de contrição como Pedro, que chorou amargamente. O grande perigo não
está em cair, mas em não tornar a levantar-se.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px;">Rafael Stanziona de Moraes)</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-2058447069463077812013-04-01T01:30:00.000-03:002013-04-01T01:30:02.709-03:00O Sepulcro Glorioso<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ7Y5IgLLqS_ZEvVQkN4VlHE6A9jnz8DASQt0ahtrlqRbE0ITWrJMZ4ejtNJT0NV8m_qMOy2CEykoHC13kVZKFUJq8sz-5HA7t-Zt2MZOjyH3IMFrzTAY7ukgmIbhuzahw4RBo-e8Zsjg/s1600/Resurrection_Raffaelino_del_Garbo_1510.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="594" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ7Y5IgLLqS_ZEvVQkN4VlHE6A9jnz8DASQt0ahtrlqRbE0ITWrJMZ4ejtNJT0NV8m_qMOy2CEykoHC13kVZKFUJq8sz-5HA7t-Zt2MZOjyH3IMFrzTAY7ukgmIbhuzahw4RBo-e8Zsjg/s640/Resurrection_Raffaelino_del_Garbo_1510.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os habitantes da cidade de Gaza,
acordando certa manhã, ficaram cheios de admiração. No dia antecedente haviam
atraído Sansão para dentro dos muros, haviam trancado as portas, tinham posto
guardas por toda parte, e depois, esfregando as mãos de contentamento,
haviam-se escondido, dizendo: “Amanhã, ao raiar do dia, quando ele quiser ir-se
embora, mata-lo-emos”. Ao invés disso, à meia-noite, Sansão acordando e
querendo sair da cidade, quando se achou diante da porta fechada, tomou ambos
os batentes com seus umbrais e com a tranca, arrancou-os do muro, lançou-os
sobre os seus ombros possantes, e, correndo como se carregasse um cordeirinho,
subiu a montanha que se erguia bem em frente, e chegou ao cimo antes que o sol
nascesse (cf. Juízes XVI, 1-3).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que outra coisa pode significar
este fato da História Sagrada senão a ressurreição gloriosa de Nosso Senhor? E
os cidadãos de Gaza não são, porventura, na perfídia, semelhantes aos judeus
que se haviam alegrado por terem matado Jesus, de haverem lançado o seu corpo
num sepulcro fechado e selado por uma pedra enorme, de terem chamado sentinelas
para vigiarem as imediações? Porém Jesus é infinitamente maior e mais forte do
que Sansão: Ele não somente arrancou as portas de uma cidade terrena, mas
quebrou os batentes da morte e do inferno. Ouvi.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Era o domingo de madrugada. Em
Jerusalém, ainda sepulta no sono, todos dormiam: e eis que algumas mulheres
caminham silenciosamente, levando sob os mantos vasos cheios de perfume. Quando
o sol, superada a linha das colinas, derramou a sua luz até no fundo dos vales,
elas já se achavam no jardim de José de Arimatéia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Quem nos removerá a pedra da
boca do sepulcro?”, murmuravam elas entre si. Mas a pedra, já removida, jazia
alvejante e larga por entre o verde da erva tenra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assustadas, penetraram no túmulo:
estava invadido pela luz. Sentado à direita, envolto numa túnica branca, um
anjo esperava-as: “Não temais! Se buscais a Jesus Nazareno, não está aqui:
ressuscitou. Ide, e dizei-o a Pedro, dizei-o aos discípulos!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Felizes mulheres; a elas foi
confiado anunciarem ao universo a ressurreição. “E era justo”, diz Santo
Ambrósio; “assim como no princípio do mundo a ruína começou pela mulher, assim
também agora a salvação devia ser primeiramente anunciada pela mulher: a
primeira no mal, a segunda no bem”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas feliz também o sepulcro! as
mulheres para ali se haviam dirigido a fim de chorarem um Morto, a fim de
perfumarem as carnes dilaceradas de um Crucificado, mas enganaram-se. Em vez da
morte acharam a Ressurreição, em vez de um cadáver acharam um anjo, em vez de
pranto acharam a alegria maior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A visão do profeta cumpriu-se. Et
erit sepulchrum ejus gloriosum: “e o seu sepulcro será glorioso” (Is XI, 10):<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">glorioso pela fé,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">glorioso pela esperança,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">glorioso pelo amor<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">que dele jorra nos séculos
inexaurivelmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há em Roma uma “via” famosa pelas
suas ilustres sepulturas: de um lado e doutro das suas margens erguem-se ainda
os túmulos dos cônsules e dos imperadores. Pois bem: que foi que esses túmulos
produziram até agora? Que força emana daqueles soberbos mausoléus que os
viajores ainda olham com olhos maravilhados? E que podem eles fazer senão
proclamar, alto e sempre, a miséria e a vaidade de toda grandeza humana?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não assim o sepulcro de Jesus
ressuscitado: desde a hora em que as piedosas mulheres ouviram nele o anúncio
da Ressurreição, toda alma que vem ao mundo olha para lá, a fim de acender a
chama sobrenatural da sua fé, da sua esperança, do seu amor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitos milagres realizou o Filho
de Deus durante a sua vida mortal: os demônios fugiam, os cegos viam, os
leprosos eram curados, os paralíticos andavam. Não eram essas provas palpáveis
da sua divindade? Contudo, muitos não acreditavam nEle.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Mestre – diziam-lhe –, se
deveras és o Messias, faze-nos ver um prodígio no céu: o sol que pára, uma
estrela que cai, um carro de fogo como o de Elias...”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Esta geração má e incrédula pede
um sinal no céu...” – respondia-lhes Jesus. Pois bem, um sinal ela terá, maior
do que o qual é impossível ver: e será o sinal de Jonas profeta. “Assim como
Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe, assim o Filho do Homem
ficará três dias e três noites no seio da terra” (Mt XII, 38-40). Mas os judeus
não compreenderam a sua queixa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E mesmo quando, brandindo o
flagelo, Ele expulsou do templo os traficantes, alguns ousaram afrontá-lo:
“Quem és tu, para fazeres isto?” “Quem sou eu? – respondeu o Salvador – vo-lo
mostrarei então, dentro em não muito: destruí o templo do meu corpo, fazei-o em
pedaços: em três dias tornarei a pô-lo em pé” (cf. Jo II, 19). Ainda desta vez
não o compreenderam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas até ao pé da cruz eles foram
provocá-lo. Ele já agonizava, e os que passavam junto ao seu patíbulo sacudiam
a cabeça por desprezo: “Fracassaste. Havias prometido reedificar o templo em
três dias, e morres sem um sinal. Ora, se és Filho de Deus, dai-nos ao menos
este sinal: desprega-te da cruz e desce”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nem sequer uma só palavra
respondeu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas, três dias depois, veio a
grande resposta: a terra tremeu de admiração, os seus inimigos morderam-se de
raiva, os seus amigos acharam coragem e fé inabalável. O seu sepulcro estava
vazio: Ele ressuscitara da morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes de Jesus – não percais esta
reflexão de Santo Ambrósio –, antes de Jesus ouvira-se falar de pessoas
ressuscitadas, porém ressuscitadas por outros homens. Com o sopro da sua boca
Eliseu reanimara o filho da Sunamita; Elias, orando, restituíra a vida e a
juventude ao filho de uma viúva de Sarepta, morto de fome. Porém esses
ressurgiam por virtude de outro, e essa virtude não estava neles. A maravilha
inaudita é que um morto se ressuscite a si mesmo: e Jesus realizou-a, para
demonstrar que era o Filho de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eis aí por que os Apóstolos,
gente rude e medrosa, depois que viram o sepulcro vazio, tiveram a coragem de
correr por todas as estradas do mundo para levar a chama da fé do Ressurgido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Daquele sepulcro também os
mártires tiraram a força de se deixarem despedaçar pelas feras ou trucidar
pelos algozes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Todos os santos, esses
verdadeiros heróis da humanidade, de lá tiraram a sua força: naquele sepulcro
glorioso, fundamento da sua fé, eles depuseram o homem antigo, feito de
fraqueza e de pecado, para revestirem o homem novo, feito de força e de graça.
Olhando para aquele sepulcro, os anacoretas permaneceram no deserto por toda a
vida; olhando para aquele sepulcro, ainda hoje missionários e missionárias
deixam o seu doce lar, a sua pátria amada, e, atravessando mares e montanhas,
anunciam aos povos selvagens que Jesus ressurgiu, que o seu sepulcro é
glorioso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje, volvamos também nós a nossa
alma preguiçosa e os nossos olhos enevoados para o túmulo do Senhor: nós
também, como as afortunadas mulheres, acha-lo-emos invadido pela luz; nós também
ouviremos a voz do anjo que anuncia a Ressurreição! E sentiremos a nossa fé
tornar-se mais viva e mais ativa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Se Ele ressurgiu, é o Filho de
Deus: crede pois em todas as suas palavras!” Mas não nos diz só isto o glorioso
sepulcro, senão também acrescenta: “Se Cristo, o Cabeça ressurgiu, também vós,
ó membros, ressurgireis!” Eis aí a grande esperança que está radicada no fundo
do nosso coração. Reposita est haec spes mea in sinu meo: “A esperança voltou a
habitar no meu peito” (Jó XIX, 27).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando São Gregório Magno ainda
era secretário pontifício em Constantinopla, surgira uma discussão entre
aqueles cristãos sobre a ressurreição dos corpos. Entrementes, adoecera
gravemente Eutíquio, o patriarca. São Gregório, e muitos com ele, foram ter com
Eutíquio para ouvirem também o seu último parecer na questão que se agitara.
Eutíquio, no leito, tocando as mãos e mostrando-as a eles, disse: “Coragem!
todos nós ressuscitaremos nesta carne”. Depois, alegre com esta esperança,
morreu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Todas as vezes que, ajoelhados
sobre a fria campa dos nossos entes queridos, uma profunda melancolia nos faz
confranger o coração, pensemos: “Eles ressurgirão!” Vê-los-emos ainda, tal como
os vimos? abraçá-los-emos ainda, tal como os abraçamos? Será possível? Olhai
para o sepulcro de Cristo: está vazio. Também o dos nossos entes queridos, ao
ressoar das trombetas angélicas, ficará vazio. O Cabeça ressurgiu, ressurgirão
também os membros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas, quando chegar a nossa vez,
quando sob os golpes da morte o nosso corpo se desfizer, quando em volta do
nosso leito trabalhado a nossa família chorar, que a fé nos conforte: “Caio,
mas ressurgirei!” Resurgam. Será possível? Lembremo-nos então do sepulcro de
Cristo: está vazio. Também o nosso, no fim dos tempos, ficará vazio, e Deus nos
restituirá o nosso corpo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cristãos, o dogma da ressurreição
da carne encerra um profundo ensinamento: – Como respeitamos o nosso corpo que
um dia ressurgirá? – Quantos, esquecendo a sua dignidade, fazem dele o
instrumento dos pecados mais vergonhosos e mais graves! Ao invés disto, todos
nós devemos praticar a ordem de São Paulo: Glorificate et portate Deum in
corpore vestro: “Glorificai e trazei a Deus no vosso corpo” (1 Cor 6, 20).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já desde os primeiros séculos, de
todas as partes do mundo os peregrinos acorreram ao sepulcro glorioso do Filho
de Deus. E, quando ele caiu nas mãos dos Turcos, de toda a Europa partiram
exércitos á sua reconquista. Houve um tempo em que até os meninos fugiam de
casa sonhando chegar a Jerusalém, combater e morrer pelo sepulcro de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por que tanto amor? Porque
aquelas pedras são o testemunho de tudo o que um Deus soube fazer por nós:
morrer e ressurgir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas agora Jesus quer que nós
amemos o seu sepulcro de outra maneira. Ele não mais está morto, para se
contentar com pedras frias, com rochas escavadas; agora está ressurgido para
não mais morrer, e pede entrar nos corações vivos dos homens. Todos vós o
haveis recebido? Tendes obedecido, todos, ao mandamento da igreja que impõe a
Comunhão pascal? E a vossa alma tem sido um sepulcro novo e glorioso para
Cristo, ou, ao invés, uma caverna sem perfumes e bolorenta de paixões não
expulsas, de afetos não extirpados?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu não duvido de que cada um de
vós tenha aberto o seu coração ao Salvador ressurgido. Mas talvez que entre os
vossos amigos, entre os vossos parentes, em vossa própria casa, haja alguém que
vos é muito caro e que no entanto ficou longe de imitar o glorioso Sepulcro.
Aconselhai-o amoravelmente! Rezai por ele. E, se quiserdes consolar o Senhor,
substituí-o na Sagrada Mesa: depois de havermos cumprido por nós mesmos o dever
pascal, repitamos por ele alguma Comunhão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um dos mais célebres escritores
franceses do século passado conta que, ao irromper a guerra de 1870, um pai de
família de cinqüenta anos alistou-se no primeiro regimento dos zuavos, para
tomar o lugar do filho de vinte anos que desertara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São numerosos os desertores do
exército de Cristo: são numerosos os que não mais compreendem quanta fé, quanta
esperança, quanto amor transpira do sepulcro glorioso do Ressuscitado. Pois
bem, compete a nós tomar-lhes o lugar: durante o tempo pascal não nos
incomodemos de repetir as nossas Comunhões para pedirmos a volta desses
desertores que a incredulidade, o desespero ou a ingratidão tem mantido longe
do Salvador ressurgido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p> </o:p><span style="text-indent: 1cm;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Giovanni Colombo)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-22021341992579068352013-03-31T00:00:00.000-03:002013-03-31T00:00:04.360-03:00Domingo de Páscoa: Jesus venceu!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw4XB13Uj4IZwF8SPiFLz1lgwCbODt4-YC7l4h734tO38U3cN4yTPl_Dc-czgNrVGZ0YTtEoaVZNBywIaoX9FeOPprjVIjZScoPILhRG7CIgkeOVdHrCgdSSK6zmlZq7LPGVr0CZzwaow/s1600/resurrectionsistine.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="382" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw4XB13Uj4IZwF8SPiFLz1lgwCbODt4-YC7l4h734tO38U3cN4yTPl_Dc-czgNrVGZ0YTtEoaVZNBywIaoX9FeOPprjVIjZScoPILhRG7CIgkeOVdHrCgdSSK6zmlZq7LPGVr0CZzwaow/s640/resurrectionsistine.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 1cm;">Transcorrido o sábado, Maria
Madalena, Maria a Mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ir embalsamar
Jesus. Muito de madrugada, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol,
dirigiram-se ao sepulcro. Assim começa São Marcos a narração do sucedido
naquela madrugada de há dois mil anos, na primeira Páscoa cristã.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Jesus tinha sido sepultado. Aos
olhos dos homens, a sua vida e a sua mensagem tinham terminado com o mais
profundo dos fracassos. Os seus discípulos, confusos e atemorizados, tinham-se
dispersado. As próprias mulheres que acodem para realizar um gesto piedoso,
perguntam-se umas às outras: quem nos tirará a pedra da entrada do sepulcro?
“No entanto, faz notar São Josemaria, seguem adiante... Tu e eu, como andamos
de vacilações? Temos esta decisão santa, ou temos de confessar que sentimos
vergonha ao contemplar a decisão, a intrepidez, a audácia destas mulheres?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cumprir a Vontade de Deus, ser
fiéis à lei de Cristo, viver coerentemente a nossa fé, pode parecer às vezes
muito difícil. Apresentam-se obstáculos que parecem insuperáveis. No entanto,
não é assim. Deus vence sempre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A epopéia de Jesus de Nazaré não
termina com a sua morte ignominiosa na Cruz. A última palavra é a da
Ressurreição gloriosa. E os cristãos, no Batismo, somos mortos e ressuscitados
com Cristo: mortos para o pecado e vivos para Deus. “Oh Cristo – dizemos com o
Santo Padre João Paulo II –, como não te dar graças pelo dom inefável que nos
ofereces nesta noite! O mistério da tua Morte e da tua Ressurreição infunde-se
na água batismal que acolhe o homem velho e carnal, e o faz puro, com a mesma
juventude divina” (Homilia, 15-IV-2001).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje a Igreja, cheia de alegria,
exclama: este é o dia que o Senhor fez: regozijemo-nos e alegremo-nos com ele!
Grito de júbilo que se prolongará durante cinqüenta dias, ao longo do tempo
pascal, como um eco das palavras de São Paulo: posto que vós ressuscitastes com
Cristo, procurai os bens do alto, onde está Cristo sentado à direita de Deus.
Ponham todo o coração nos bens do céu, não nos da terra; porque morrestes e a
vossa vida está escondida com Cristo em Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É lógico pensar – e assim o
considera a Tradição da Igreja – que Jesus Cristo, uma vez ressuscitado,
apareceu em primeiro lugar à sua Santíssima Mãe. O fato de que não apareça nos
relatos evangélicos, com as outras mulheres, é – como assinala João Paulo II –
um indício de que Nossa Senhora já havia se encontrado com Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Esta dedução ficaria confirmada
também – acrescenta o Papa – pelo fato de que as primeiras testemunhas da
ressurreição, por vontade de Jesus, foram as mulheres, as quais permaneceram
fiéis ao pé a Cruz e, portanto, mais firmes na fé” (Audiência, 21-V-1997). Só
Maria tinha conservado plenamente a fé, durante as horas amargas da Paixão; por
isso é natural que o Senhor tivesse aparecido a Ela em primeiro lugar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Temos de permanecer sempre junto
à Nossa Senhora, mas mais ainda no tempo de Páscoa, e aprender dEla. Com que
ânsias tinha esperado a Ressurreição! Sabia que Jesus tinha vindo salvar o
mundo e que, portanto, devia padecer e morrer; mas também conhecia que não
podia ficar sujeito à morte, porque Ele é a Vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma boa forma de viver a Páscoa
consiste em esforçar-nos por fazer os outros participantes da vida de Cristo,
cumprindo com primor o mandamento novo da caridade, que o Senhor nos deu na
véspera da sua Paixão: nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se
tiverdes amor uns pelos outros. Cristo ressuscitado repete agora a cada um de
nós. Diz-nos: amem-se de verdade uns aos outros, esforcem-se todos os dias por
servir os outros, estejam atentos aos detalhes mais pequenos, para fazer a vida
agradável aos que convivem convosco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas voltemos ao encontro de Jesus
com a sua Santíssima Mãe. Que contente estaria Nossa Senhora, ao contemplar
aquela Humanidade Santíssima – carne da sua carne e vida da sua vida –
plenamente glorificada! Peçamos-lhe que nos ensine a sacrificar-nos pelos
outros sem o fazer notar, sem esperar sequer que nos agradeçam: que tenhamos
fome de passar inadvertidos, para assim possuirmos a vida de Deus e comunicá-la
a outros. Hoje, dirigimos-lhe a oração do Regina Caeli, saudação própria do
tempo pascal. “Rainha do Céu alegrai-vos, aleluia / Porque aquele que
merecestes trazer em vosso seio, aleluia / Ressuscitou como disse, aleluia. /
Rogai por nós a Deus, aleluia. / Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia
/ Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Opus Dei)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-35195230955444992802013-03-30T00:30:00.000-03:002013-03-30T00:30:00.057-03:00Sábado Santo: Silêncio e conversão<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7IvYp2qghPLag0H7oSZ9b599VvS2UBIpMW18gUnZ5MkWYStfc9eEKkUq4v6hQoFEq1H57uXURf6yKRfuPa7XX9cHCaYo-cyqwNLoRpUGzd4C3vVWeCPY1iGCTZoKDHPrkfWfZKPGjVXk/s1600/Sabado+Santo.+Mar%C3%ADa+Desolada.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7IvYp2qghPLag0H7oSZ9b599VvS2UBIpMW18gUnZ5MkWYStfc9eEKkUq4v6hQoFEq1H57uXURf6yKRfuPa7XX9cHCaYo-cyqwNLoRpUGzd4C3vVWeCPY1iGCTZoKDHPrkfWfZKPGjVXk/s640/Sabado+Santo.+Mar%C3%ADa+Desolada.jpg" width="457" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 1cm;">Hoje é um dia de silêncio na
Igreja: Cristo jaz no sepulcro e a Igreja medita, admirada, o que fez este
Senhor nosso por nós. Guarda silêncio para aprender do Mestre, ao contemplar o
seu corpo destroçado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cada um de nós pode e deve
unir-se ao silêncio da Igreja. E ao considerar que somos responsáveis por essa
morte, esforçar-nos-emos para que as nossas paixões, as nossas rebeldias, tudo
o que nos afaste de Deus, guardem silêncio. Mas sem estarmos meramente
passivos: é uma graça que Deus nos concede quando a pedimos diante do Corpo
morto do seu Filho, quando nos empenhamos por tirar da nossa vida tudo o que
nos afasta dEle.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Sábado Santo não é um dia
triste. O Senhor venceu o demônio e o pecado, e dentro de poucas horas vencerá
também a morte com a sua gloriosa Ressurreição. Reconciliou-nos com o Pai
celestial: já somos Filhos de Deus! É necessário fazer propósitos de
agradecimento, que tenhamos a segurança de superar todos os obstáculos, sejam
de que tipo for, se nos mantivermos bem unidos a Jesus pela oração e pelos
sacramentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mundo tem fome de Deus, ainda
que muitas vezes não o saiba. As pessoas estão desejando que se lhes fale desta
realidade gozosa – o encontro com o Senhor –, e para isso viemos nós os
cristãos. Tenhamos a valentia daqueles dois homens – Nicodemos e José de
Arimateia –, que durante a vida de Jesus Cristo mostravam respeitos humanos,
mas que, no momento definitivo, se atrevem a pedir a Pilatos o corpo morto de
Jesus, para lhe dar sepultura. Ou a daquelas mulheres santas que, sendo Cristo
já um cadáver, compram aromas e acodem para embalsamá-lo, sem ter medo dos
soldados que guardam o sepulcro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">À hora da debandada geral, quando
todo o mundo se sentiu com direito de insultar, rir e mofar-se de Jesus, eles
vão dizer: dá-nos esse Corpo, que nos pertence. Com que cuidado o desceriam da
Cruz e iriam olhando as suas Chagas! Peçamos perdão e digamos, com palavras de
São Josemaria: “eu subirei com eles ao pé da Cruz, apertar-me-ei ao Corpo frio,
cadáver de Cristo, com o fogo do meu amor..., despregá-Lo-ei com os meus
desagravos e mortificações..., envolvê-Lo-ei com o lençol novo da minha vida
limpa e enterrá-Lo-ei no meu peito de rocha viva, onde ninguém mo poderá
arrancar; e, aí, Senhor, descansai!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Compreende-se que pusessem o
corpo morto do Filho nos braços da Mãe, antes de dar-lhe sepultura. Maria era a
única criatura capaz de lhe dizer que entende perfeitamente o seu Amor pelos
homens, pois Ela não foi causadora dessas dores. A Virgem Puríssima fala por
nós; mas fala para nos fazer reagir, para que experimentemos a sua dor, feita
uma só coisa com a dor de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tiremos propósitos de conversão e
de apostolado, de identificar-nos mais com Cristo, de estar totalmente
centrados nas almas. Peçamos ao Senhor que nos transmita a eficácia salvadora
da sua Paixão e da sua Morte. Consideremos o panorama que se nos apresenta por
diante. As pessoas que nos rodeiam esperam que nós os cristãos lhes descubramos
as maravilhas do encontro com Deus. É necessário que esta Semana Santa – e
depois todos os dias – seja para nós um salto de qualidade, um dizer ao Senhor
que se meta totalmente nas nossas vidas. É preciso comunicar a muitas pessoas a
Vida nova que Jesus Cristo nos conseguiu com a Redenção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Recorramos a Santa Maria: Virgem
da Solidão, Mãe de Deus e Mãe nossa, ajuda-nos a compreender – como escreve São
Josemaria – que é preciso fazer vida nossa a vida e a morte de Cristo. Morrer
pela mortificação e pela penitência, para que Cristo viva em nós pelo Amor. E
seguir então os passos de Cristo, com ânsia de corredimir todas as almas. Dar a
vida pelos outros. Só assim se vive a vida de Jesus Cristo e nos fazemos uma só
coisa com Ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Opus Dei)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-61481492473739642932013-03-29T01:30:00.000-03:002013-03-29T01:30:01.008-03:00Sexta-feira Santa: Cristo na Cruz<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyLamyxy_wS8Ju2PCy1hr0T61ewJl-8p46MvVh5rBIxQPccmn0i-QeB6MjZqxpqO40DxRatEVj-VUqKUQrYKFJm7ldfSy8JkCk7I1UTkqGg-7s7FVRpC0u7htdvikV1hbOenBwdY2V9rc/s1600/jesus-crucificado.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyLamyxy_wS8Ju2PCy1hr0T61ewJl-8p46MvVh5rBIxQPccmn0i-QeB6MjZqxpqO40DxRatEVj-VUqKUQrYKFJm7ldfSy8JkCk7I1UTkqGg-7s7FVRpC0u7htdvikV1hbOenBwdY2V9rc/s400/jesus-crucificado.jpg" width="332" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 1cm;">Hoje queremos acompanhar Cristo
na Cruz. Recordo umas palavras de São Josemaria, numa Sexta-Feira Santa.
Convidava-nos a reviver pessoalmente as horas da Paixão: desde a agonia de
Jesus no Horto das Oliveiras até à flagelação, a coroação de espinhos e a morte
na Cruz. Dizia: “atada a onipotência de Deus por mão de homem levam o meu Jesus
de um lado para outro, entre os insultos e os empurrões da multidão”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cada um de nós pode se ver no
meio daquela multidão, porque foram os nossos pecados a causa da imensa dor que
se abate sobre a alma e o corpo do Senhor. Sim: cada um de nós leva Cristo,
convertido em objeto de troça, de uma a outra parte. Somos nós que, com os
nossos pecados, reclamamos aos gritos a sua morte. E Ele, perfeito Deus e
perfeito Homem, deixa-nos agir. Tinha-o predito o profeta Isaías: maltratado,
não abriu a sua boca; como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante
os tosquiadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É justo que sintamos a
responsabilidade dos nossos pecados. É lógico que estejamos muito agradecidos a
Jesus. É natural que procuremos a reparação, porque às nossas manifestações de
desamor, Ele responde sempre com um amor total. Neste tempo da Semana Santa,
vemos o Senhor mais próximo, mais semelhante aos seus irmãos os homens...
Meditemos umas palavras de João Paulo II: “Quem crê em Jesus crucificado e
ressuscitado leva a Cruz como um triunfo, como prova evidente de que Deus é
amor... Mas a fé em Cristo nunca se pode dar por pressuposta. O mistério
pascal, que reviveremos nos dias da Semana Santa, é sempre atual” (Homilia,
24-III-2002).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Peçamos a Jesus, nesta Semana
Santa, que desperte na nossa alma a consciência de ser homens e mulheres
verdadeiramente cristãos, para que vivamos de cara a Deus e, com Deus, voltados
a todas as pessoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não deixemos que o Senhor leve a
Cruz sozinho. Acolhamos com alegria os pequenos sacrifícios diários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aproveitemos a capacidade de
amar, que Deus nos concedeu, para concretizar propósitos, mas sem ficarmos num
mero sentimentalismo. Digamos sinceramente: Senhor, nunca mais! Nunca mais!
Peçamos com fé para que nós e todas as pessoas da terra descubramos a necessidade
de ter ódio ao pecado mortal e de repelir o pecado venial deliberado, que
tantos sofrimentos causaram ao nosso Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que grande é o poder da Cruz!
Quando Cristo é objeto de riso e de escárnio para todo o mundo; quando está no
Madeiro sem querer arrancar os cravos; quando ninguém daria nem um centavo pela
sua vida, o bom ladrão – um como nós – descobre o amor de Cristo agonizante, e
pede perdão. Hoje estarás comigo no Paraíso. Que força tem o sofrimento, quando
se aceita junto de Nosso Senhor! É capaz de tirar – das situações mais
dolorosas – momentos de glória e de vida. Esse homem que se dirige a Cristo
agonizante, encontra a remissão dos seus pecados, a felicidade para sempre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nós temos de fazer o mesmo. Se
perdermos o medo da Cruz, se nos unirmos a Cristo na Cruz, receberemos a sua
graça, a sua força, a sua eficácia. E encher-nos-emos de paz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao pé da Cruz descobrimos Maria,
Virgem fiel. Peçamos-lhe, nesta Sexta-Feira Santa, que nos empreste o seu amor
e a sua força, para que também nós saibamos acompanhar Jesus. Dirigimo-nos a
Ela com umas palavras de São Josemaria, que ajudaram milhões de pessoas. Diz:
Minha Mãe (tua, porque és seu por muitos títulos), que o teu amor me ate à Cruz
do teu Filho; que não me falte a Fé, nem a valentia, nem a audácia, para
cumprir a vontade do nosso Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Opus Dei)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-64012933990444973562013-03-28T01:00:00.000-03:002013-03-28T01:00:03.123-03:00Quinta-feira Santa: Instituição da Eucaristia<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigz8yU4EO_Q8BvHvL9aGF0TmqgY82Lg5bwcxwrwy8oIYN1p9BCPj4u5wRsakghdynEmpRzoggkpVQMr_84aPYr35YnvyzdKkNkJ2Dri7vXAmXHRdK7Ude-bbTdSPnculdarPSQG8NmTZM/s1600/euc.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigz8yU4EO_Q8BvHvL9aGF0TmqgY82Lg5bwcxwrwy8oIYN1p9BCPj4u5wRsakghdynEmpRzoggkpVQMr_84aPYr35YnvyzdKkNkJ2Dri7vXAmXHRdK7Ude-bbTdSPnculdarPSQG8NmTZM/s640/euc.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 1cm;">A liturgia de Quinta-Feira Santa
é riquíssima de conteúdo. É o grande dia da instituição da Sagrada Eucaristia,
dom do Céu para os homens; o dia da instituição do sacerdócio, nova prenda
divina que assegura a presença real e atual do Sacrifício do Calvário em todos
os tempos e lugares, tornando possível que nos apropriemos dos seus frutos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aproximava-se o momento em que
Jesus ia oferecer a sua vida pelos homens. Tão grande era o seu amor, que na sua
Sabedoria infinita encontrou o modo de ir e de ficar, ao mesmo tempo. São
Josemaria, ao considerar o comportamento dos que se vêem obrigados a deixar a
sua família e a sua casa, para procurar emprego em outro lugar, comenta que o
amor humano costuma recorrer aos símbolos. As pessoas que se despedem trocam
lembranças entre si, talvez uma fotografia… Jesus Cristo, perfeito Deus e
perfeito Homem, não deixa um símbolo, mas uma realidade. Fica Ele mesmo. Embora
vá para o Pai, permanece entre os homens. Sob as espécies do pão e do vinho
está Ele, realmente presente, com o seu Corpo, o seu Sangue, a sua Alma e a sua
Divindade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como responderemos a esse amor
imenso? Assistindo com fé e devoção à Santa Missa, memorial vivo e atual do
Sacrifício do Calvário. Preparando-nos muito bem para comungar, com a alma bem
limpa. Visitando Jesus com freqüência, escondido no Sacrário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A primeira leitura da Missa,
recorda o que Deus estabeleceu no Antigo Testamento, para que o povo israelita
não se esquecesse dos benefícios recebidos. Desce a muitos detalhes: desde como
devia ser o cordeiro pascoal, até aos pormenores que tinham de cuidar para
recordar a passagem do Senhor. Se isso se prescrevia para comemorar alguns
acontecimentos históricos, que eram só uma imagem da libertação do pecado
realizada por Jesus Cristo, como deveríamos comportar-nos agora, quando
verdadeiramente fomos resgatados da escravidão do pecado e feitos filhos de
Deus!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esta é a razão por que a Igreja
nos inculca um grande esmero em tudo o que se refere à Eucaristia. Assistimos
ao Santo Sacrifício todos os domingos e festas de guarda, sabendo que estamos
participando numa ação divina?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São João relata que Jesus lavou
os pés dos discípulos, antes da Última Ceia. Temos de estar limpos, na alma e
no corpo, e aproximarmos para recebê-lo com dignidade. Para isso nos deixou o
Sacramento da Penitência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Comemoramos também a instituição
do sacerdócio. É um bom momento para rezar pelo Papa, pelos Bispos, pelos
sacerdotes, e para rogar que haja muitas vocações no mundo inteiro. Pediremos
melhor na medida em que tenhamos mais diálogo com esse Jesus, que instituiu a
Eucaristia e o Sacerdócio. Vamos dizer, com total sinceridade, o que repetia
São Josemaria: Senhor, põe no meu coração o amor com que queres que eu te ame.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na cena de hoje Nossa Senhora não
aparece fisicamente, ainda que estivesse em Jerusalém naqueles dias:
encontrá-la-emos amanhã ao pé da Cruz. Mas já hoje, com a sua presença discreta
e silenciosa, acompanha muito de perto o seu Filho, em profunda união de
oração, de sacrifício e de entrega. João Paulo II assinala que, depois da
Ascensão do Senhor ao Céu, participaria assiduamente nas celebrações
eucarísticas dos primeiros cristãos. E acrescenta o Papa: “aquele corpo,
entregue em sacrifício e presente agora nas espécies sacramentais, era o mesmo
corpo concebido no seu ventre! Receber a Eucaristia devia significar para Maria
quase acolher de novo no seu ventre aquele coração que batera em uníssono com o
dEla” (Ecclesia de Eucharistia, 56).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também agora Nossa Senhora
acompanha Cristo em todos os sacrários da terra. Peçamos-lhe que nos ensine a
ser almas de Eucaristia, homens e mulheres de fé segura e de piedade forte, que
se esforçam por não deixar Jesus só. Que saibamos adorá-lo, pedir-lhe perdão,
agradecer os seus benefícios, fazer-lhe companhia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Opus Dei)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-14667463071005391412013-03-27T00:30:00.000-03:002013-03-27T00:30:02.162-03:00Quarta-feira Santa: Judas atraiçoa Jesus<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVj38wLHpdyB3TvPpWlctgxz2lKDZH3p4lrKV7gH4YjtxOHCdUhiqQyOaxWWPI2tiwIZfuddYVzmK1K4zDqgSAhvUZwaYN9FsKklPBPx0z7L1vASeq7n-K5qHbYmD7B6QRGNL2srPHMEA/s1600/judas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVj38wLHpdyB3TvPpWlctgxz2lKDZH3p4lrKV7gH4YjtxOHCdUhiqQyOaxWWPI2tiwIZfuddYVzmK1K4zDqgSAhvUZwaYN9FsKklPBPx0z7L1vASeq7n-K5qHbYmD7B6QRGNL2srPHMEA/s400/judas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 1cm;">Na Quarta-Feira Santa recordamos
a triste história daquele que foi Apóstolo de Cristo: Judas. Assim conta São
Mateus no seu evangelho: “Um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os
sumos sacerdotes e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles
garantiram-lhe trinta moedas de prata. E, a partir de então, Judas procurava
uma oportunidade para entregar Jesus”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por que a Igreja recorda este
acontecimento? Para que nos convençamos de que todos podemos comportar-nos como
Judas. Para que peçamos ao Senhor que, da nossa parte, não haja traições, nem
distanciamentos, nem abandonos. Não somente pelas consequências negativas que
isso poderia trazer às nossas vidas pessoais, o que já seria muito; mas porque
poderíamos arrastar outros, que necessitam da ajuda do nosso bom exemplo, do
nosso ânimo, da nossa amizade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em alguns lugares da América, as
imagens de Cristo crucificado mostram uma chaga profunda na face esquerda do
Senhor. E contam que essa chaga representa o beijo de Judas. Tão grande é a dor
que os nossos pecados causam a Jesus! Digamos-lhe que desejamos ser-lhe fiéis:
que não queremos vendê-lo – como Judas – por trinta moedas, por uma ninharia,
pois isso são todos os pecados: a soberba, a inveja, a impureza, o ódio, o
ressentimento... Quando uma tentação ameaça atirar-nos para o chão, pensemos
que não vale a pena trocar a felicidade dos filhos de Deus, que é o que somos,
por um prazer que logo acaba e deixa o gosto amargo da derrota e da
infidelidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Temos de sentir o peso da Igreja
e de toda a humanidade. Não é admirável saber que qualquer um de nós pode ter
influência no mundo inteiro? No lugar onde estamos, realizando bem o nosso
trabalho, cuidando da família, servindo os amigos, podemos ajudar a felicidade
de tantas pessoas. Como escreve São Josemaria Escrivá, com o cumprimento dos
nossos deveres cristãos, temos de ser como a pedra caída no lago. – “Produz, com
o teu exemplo e com a tua palavra um primeiro círculo... e este, outro... e
outro, e outro... Até chegar aos lugares mais remotos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vamos pedir ao Senhor que não o
atraiçoemos mais; que saibamos afastar, com a sua graça, as tentações que o
demônio nos apresenta, enganando-nos. Temos de dizer que não, decididamente, a
tudo o que nos afaste de Deus. Assim não se repetirá na nossa vida a desgraçada
história de Judas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E se nos sentirmos débeis,
corramos ao Santo Sacramento da Penitência! Ali o Senhor nos espera, como o pai
da parábola do filho pródigo, para nos dar um abraço e oferecer-nos a sua
amizade. Continuamente sai ao nosso encontro, ainda que tenhamos caído baixo,
muito baixo. Sempre é tempo de voltar a Deus! Não reajamos com desânimo, nem
com pessimismo. Não pensemos: que vou fazer, se sou um cúmulo de misérias?
Maior é a misericórdia de Deus! Que vou fazer, se caio uma e outra vez pela
minha debilidade? Maior é o poder de Deus, para nos levantar das nossas quedas!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Grandes foram os pecados de Judas
e de Pedro. Os dois atraiçoaram o Mestre: um entregando-o nas mãos dos
perseguidores, outro negando-o por três vezes. E, no entanto, que diferente
reação teve cada um! Para os dois o Senhor guardava torrentes de misericórdia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pedro arrependeu-se, chorou o seu
pecado, pediu perdão, e foi confirmado por Cristo na fé e no amor; com o tempo,
chegaria a dar a sua vida por Nosso Senhor. Judas, pelo contrário, não confiou
na misericórdia de Cristo. Até o último momento teve abertas as portas do
perdão de Deus, mas não quis entrar por elas através da penitência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na sua primeira encíclica, João
Paulo II fala do direito de Cristo a encontrar-se com cada um de nós naquele
momento chave da vida da alma, que é o momento da conversão e do perdão
(Redemptor hominis, 20). Não privemos Jesus desse direito! Não tiremos a Deus
Pai a alegria de nos dar o abraço de boas-vindas! Não contristemos o Espírito
Santo, que deseja devolver às almas a vida sobrenatural!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Peçamos a Santa Maria, Esperança
dos cristãos, que não permita o desânimo perante os nossos equívocos e pecados,
talvez repetidos. Que nos alcance do seu Filho a graça da conversão, o desejo
eficaz de recorrer – humildes e contritos – à Confissão, sacramento da
misericórdia divina, começando e recomeçando sempre que seja preciso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Opus Dei)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-41156591575705060602013-03-26T01:00:00.000-03:002013-03-26T01:00:04.288-03:00Terça-feira Santa: Como é a nossa fé?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4ZWmb5eQxhcKgrNSMC7LAVBiVcGtonHjHdKiLiUajtkcLwQi5m4uhWj24tZi9d7aVL6f9AFU3FZAnU6uSUnEtNWdhD4v_QXg2A9cby0pvyiXSBsgffEy4kAVGRObp43PINZi6BmHVZa0/s1600/figuier_dessche.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4ZWmb5eQxhcKgrNSMC7LAVBiVcGtonHjHdKiLiUajtkcLwQi5m4uhWj24tZi9d7aVL6f9AFU3FZAnU6uSUnEtNWdhD4v_QXg2A9cby0pvyiXSBsgffEy4kAVGRObp43PINZi6BmHVZa0/s320/figuier_dessche.jpg" width="288" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 1cm;">O Evangelho da Missa termina com
o anúncio de que os Apóstolos deixariam Cristo só durante a Paixão. A Simão
Pedro que, cheio de presunção, afirmava: eu darei a minha vida por ti, o Senhor
respondeu: tu darás a tua vida por mim? Eu te asseguro que não cantará o galo,
antes de me teres negado três vezes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em poucos dias cumpriu-se a
predição. Todavia, poucas horas antes, o Mestre tinha-lhes dado uma lição
clara, preparando-os para os momentos de escuridão que se avizinhavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ocorreu no dia seguinte ao da entrada
triunfal em Jerusalém. Jesus e os Apóstolos tinham saído muito cedo de Betânia
e, com a pressa, talvez não tivessem comido nada. O caso é que, como relata São
Marcos, o Senhor sentiu fome. Vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver
se nela encontraria alguma coisa; mas, ao chegar junto dela, não encontrou
senão folhas, pois não era tempo de figos. Disse então: «Nunca mais ninguém
coma fruto de ti.» E os discípulos ouviram isto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao entardecer regressaram à
aldeia. Devia ser já tarde avançada e não repararam na figueira amaldiçoada.
Mas no dia seguinte, terça-feira, ao voltar de novo a Jerusalém, todos
contemplaram aquela árvore, antes frondosa, que mostrava os ramos nus e secos.
Pedro fê-lo notar a Jesus: “Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou!”
Jesus disse-lhes: “Tende fé em Deus. Em verdade vos digo, se alguém disser a
este monte: «Sai daí e lança-te ao mar», e não vacilar em seu coração, mas
acreditar que o que diz vai se realizar, assim acontecerá”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Durante a sua vida pública, para
realizar milagres, Jesus pedia uma só coisa: fé. Aos cegos que lhe suplicavam a
cura, tinha-lhes perguntado: credes que posso fazer isso? – Sim, Senhor,
responderam-lhe. Então tocou-lhes os olhos dizendo: que se faça em vós conforme
a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos. E contam os Evangelhos que, em muitos
lugares, não realizou prodígios, porque às pessoas lhes faltava fé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também nós temos de nos
interrogar: como é a nossa fé? Confiamos plenamente na palavra de Deus? Pedimos
na oração o que necessitamos, seguros de consegui-lo se é para nosso bem?
Insistimos nas súplicas, o que seja preciso, sem desfalecer?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São Josemaria comentava esta cena
do Evangelho. “Jesus – escreve – aproxima-se de ti e aproxima-se de mim. Jesus
tem fome e sede de almas. Do alto da cruz clamou: sitio!, tenho sede. Sede de
nós, do nosso amor, das nossas almas e de todas as almas que lhe devemos levar
pelo caminho da Cruz, que é o caminho da imortalidade e da glória do Céu”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aproximou-se da figueira, não
achando senão folhas (Mt 21, 19). É lamentável isto. É assim na nossa vida?
Será que, tristemente, falta fé, vibração de humildade, será que não aparecem
sacrifícios nem obras?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os discípulos maravilharam-se com
o milagre, mas de nada lhes serviu: poucos dias depois negariam o seu Mestre. A
fé deve informar a vida inteira. “Jesus Cristo estabelece esta condição”,
prossegue São Josemaria: “que vivamos da fé, porque depois seremos capazes de
remover montanhas. E há tantas coisas para remover... no mundo e, antes de mais
nada, no nosso coração. Tantos obstáculos à graça! Tenhamos, pois, fé. Fé com
obras, fé com sacrifício, fé com humildade”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Maria, com a sua fé, tornou
possível a obra da Redenção. João Paulo II afirma que no centro deste mistério,
no mais vivo desta admiração de fé está Maria, Santa Mãe do Redentor
(Redemptoris Mater, 51). Ela acompanha constantemente todos os homens pelos
caminhos que conduzem à vida eterna. “A Igreja, escreve o Papa, contempla Maria
profundamente inserida na história da humanidade, na eterna vocação do homem
segundo o desígnio providencial que Deus predispôs eternamente para ele; vê-a
maternalmente presente e participante nos múltiplos e complexos problemas que
acompanham hoje a vida dos indivíduos, das famílias e das nações; vê-a
socorrendo o povo cristão na luta incessante entre o bem e o mal, para que «não
caia» ou, se caiu, para que «se erga»”. (Redemptoris Mater, 52).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Maria, Mãe nossa: alcança-nos com
a tua intercessão poderosa uma fé sincera, uma esperança segura, um amor
ardente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Opus Dei)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-46917116645839279672013-03-25T00:30:00.000-03:002013-03-25T00:30:00.927-03:00Segunda-feira Santa: Jesus em Betânia<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2-xG8HBeqrQfJTjE6rEyMAa1slbc1ZhrEg0s1qLW4ed-sjjE7OKEZKE3w1N4YzYbr2qN1oPK1MClF4zR8hTUTMiQmK2yKa_BSXB4oVAZYkdjCk91YJ6MG3yYGSqz7X5OkntLkeHUAIJs/s1600/gaulli.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2-xG8HBeqrQfJTjE6rEyMAa1slbc1ZhrEg0s1qLW4ed-sjjE7OKEZKE3w1N4YzYbr2qN1oPK1MClF4zR8hTUTMiQmK2yKa_BSXB4oVAZYkdjCk91YJ6MG3yYGSqz7X5OkntLkeHUAIJs/s400/gaulli.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 1cm;">Ontem recordamos a entrada
triunfal de Cristo em Jerusalém. A multidão dos discípulos e outras pessoas
aclamaram-no como Messias e Rei de Israel. No fim do dia, cansado, voltou a
Betânia, aldeia situada muito próximo da capital, onde costumava alojar-se nas
suas visitas a Jerusalém.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ali, uma família amiga tinha
sempre disponível um lugar para Ele e para os seus. Lázaro, a quem Jesus
ressuscitou dos mortos, é o chefe da família; vivem com ele Marta e Maria, suas
irmãs, que esperam cheias de entusiasmo a chegada do Mestre, contentes por
poder oferecer-lhe os seus serviços.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nos últimos dias da sua vida na
terra, Jesus passa longas horas em Jerusalém, dedicado a uma pregação
intensíssima. À noite, recupera as forças em casa dos seus amigos. E em Betânia
tem lugar um episódio recolhido pelo Evangelho da Missa de hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Seis dias antes da Páscoa –
relata São João –, foi Jesus a Betânia. Ali lhe ofereceram uma ceia; Marta
servia e Lázaro era um dos que estavam com Ele à mesa. Maria tomou então uma
libra de perfume de nardo autêntico, muito caro, ungiu os pés de Jesus com ele
e enxugou-os com os seus cabelos, e a casa encheu-se com a fragrância do
perfume.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Imediatamente salta à vista a
generosidade desta mulher. Deseja manifestar o seu agradecimento ao Mestre, por
ter devolvido a vida ao seu irmão e por tantos outros bens recebidos, e não
repara em gastos. Judas, presente na cena, calcula exatamente o preço do
perfume.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas, em vez de louvar a
delicadeza de Maria, entregou-se à crítica: por que não se vendeu este perfume
por trezentos denários para dá-los aos pobres? Na realidade, como faz notar São
João, não lhe importavam os pobres; interessava-lhe ter acesso ao dinheiro da
bolsa e furtar o seu conteúdo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Mas Jesus faz uma avaliação
muito diferente”, escreve João Paulo II. “Sem nada tirar ao dever da caridade
para com os necessitados, aos quais os discípulos sempre se hão-de dedicar–
«Pobres, sempre os tereis convosco» (Jo 12, 8; cf. Mt 26, 11; Mc 14, 7) –, Ele
pensa no momento já próximo da sua morte e sepultura, considerando a unção que
Lhe foi feita como uma antecipação daquelas honras de que continuará a ser
digno o seu corpo mesmo depois da morte, porque indissoluvelmente ligado ao
mistério da sua pessoa” (Ecclesia de Eucharistia, 47).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para ser verdadeira virtude, a
caridade deve estar ordenada. E o primeiro lugar é de Deus: amarás ao Senhor
teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e com toda a tua mente.
Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é como este: amarás o teu
próximo como a ti mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Destes dois mandamentos dependem
toda a Lei e os Profetas. Por isso, equivocam-se os que – com a desculpa de
aliviar as necessidades materiais dos homens – se desentendem das necessidades
da Igreja e dos ministros sagrados. Escreve São Josemaria Escrivá: “aquela
mulher que, em casa de Simão o leproso, em Betânia, unge com rico perfume a
cabeça do Mestre, recorda-nos o dever de sermos magnânimos no culto de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Todo o luxo, majestade e beleza
me parecem pouco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– E contra os que atacam a
riqueza dos vasos sagrados, paramentos e retábulos, ouve-se o louvor de Jesus:
«Opus enim bonum operata est in me» - uma boa obra fez para comigo.– uma boa
obra foi feita comigo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quantas pessoas se comportam como
Judas! Vêem o bem que fazem outros, mas não querem reconhecê-lo: empenham-se em
descobrir intenções torcidas, tendem a criticar, a murmurar, a fazer juízos
temerários. Reduzem a caridade ao puramente material – dar umas moedas ao
necessitado, talvez para tranqüilizar a sua consciência – e esquecem que – como
escreve também São Josemaria Escrivá – “a caridade cristã não se limita a
socorrer o necessitado de bens econômicos; leva-nos, antes de mais nada, a
respeitar e a defender cada indivíduo enquanto tal, na sua intrínseca dignidade
de homem e de filho do Criador”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Virgem Maria entregou-se
completamente ao Senhor e esteve sempre preocupada com os homens. Hoje
pedimos-lhe que interceda por nós, para que, nas nossas vidas, o amor a Deus e
o amor ao próximo se unam numa só coisa, como as duas faces de uma mesma moeda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Opus Dei)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-84220073289705051482013-03-24T11:57:00.000-03:002013-03-25T11:57:33.193-03:00Homilia do Santo Padre na Missa de Ramos<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge2pSUhAYCVklxl0iPbzqNSNYH8ZH2oRVI5-jAJp5B74MobPWKkZOMU3ahT_Kmy2xFPjhxw9A2JEDcyjLt9yPLGMQfLla3KR8govhD32vhgPiof89xUh27VR6QYg8XGT1LoQOt6MMKGew/s1600/ram.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge2pSUhAYCVklxl0iPbzqNSNYH8ZH2oRVI5-jAJp5B74MobPWKkZOMU3ahT_Kmy2xFPjhxw9A2JEDcyjLt9yPLGMQfLla3KR8govhD32vhgPiof89xUh27VR6QYg8XGT1LoQOt6MMKGew/s640/ram.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Jesus entra em Jerusalém. A multidão dos discípulos
acompanha-O em festa, os mantos são estendidos diante d’Ele, fala-se dos
prodígios que realizou, ergue-se um grito de louvor: «Bendito seja o Rei que
vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!» (<i>Lc</i><span class="apple-converted-space"> </span>19, 38).<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Multidão,
festa, louvor, bênção, paz: respira-se um clima de alegria. Jesus despertou
tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas humildes, simples,
pobres, abandonadas, pessoas que não contam aos olhos do mundo. Soube
compreender as misérias humanas, mostrou o rosto misericordioso de Deus<span class="apple-converted-space"><b> </b></span>e<span class="apple-converted-space" style="font-weight: bold;"> </span>inclinou-Se para curar o corpo e a
alma.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assim
é Jesus. Assim é o seu coração, que nos vê a todos, que vê as nossas
enfermidades, os nossos pecados. Grande é o amor de Jesus! E entra em Jerusalém
assim com este amor que nos vê a todos. É um espectáculo lindo: cheio de luz<span class="apple-converted-space"><b> </b></span><b>–<span class="apple-converted-space"> </span></b>a luz do amor de Jesus, do amor do
seu coração<span class="apple-converted-space"><b> </b></span><b>–</b>, de
alegria, de festa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No
início da Missa, também nós o reproduzimos. Agitámos os nossos ramos de
palmeira. Também nós acolhemos Jesus; também nós manifestamos a alegria de O
acompanhar, de O sentir perto de nós, presente em nós e no nosso meio, como um
amigo, como um irmão, mas também como rei, isto é, como farol luminoso da nossa
vida. Jesus é Deus, mas desceu a caminhar connosco como nosso amigo, como nosso
irmão; e aqui nos ilumina ao longo do caminho. E assim hoje O acolhemos. E aqui
temos a primeira palavra que vos queria dizer:<span class="apple-converted-space"> </span><i>alegria</i>! Nunca sejais homens<span class="apple-converted-space"> </span><b>e</b>mulheres tristes: um cristão
não o pode ser jamais! Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo! A nossa alegria
não nasce do facto de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma
Pessoa: Jesus<b>,<span class="apple-converted-space"> </span></b>que está no
meio de nós; nasce do facto de sabermos que, com Ele, nunca estamos sozinhos,
mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com
problemas e obstáculos que parecem insuperáveis… e há tantos! E nestes momentos
vem o inimigo, vem o diabo, muitas vezes disfarçado de anjo, e insidiosamente
nos diz a sua palavra. Não o escuteis! Sigamos Jesus! Nós acompanhamos,
seguimos Jesus, mas sobretudo sabemos que Ele nos acompanha e nos carrega aos
seus ombros: aqui está a nossa alegria, a esperança que devemos levar a este
nosso mundo. E, por favor, não deixeis que vos roubem a esperança! Não deixeis
roubar a esperança… aquela que nos dá Jesus!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. Segunda
palavra. Para que entra Jesus em Jerusalém? Ou talvez melhor: Como entra Jesus
em Jerusalém? A multidão aclama-O como Rei. E Ele não Se opõe, não a manda
calar (cf.<span class="apple-converted-space"> </span><i>Lc</i><span class="apple-converted-space"> </span>19, 39-40). Mas, que tipo de Rei seria
Jesus? Vejamo-Lo… Monta um jumentinho, não tem uma corte como séquito, nem está
rodeado de um exército como símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas
humildes, simples<b>,<span class="apple-converted-space"> </span></b>que
possuem um sentido para ver em Jesus algo mais; têm o sentido da fé que diz:
Este é o Salvador. Jesus não entra na Cidade Santa, para receber as honras
reservadas aos reis terrenos, a quem tem poder, a quem domina; entra para ser
flagelado, insultado e ultrajado, como preanuncia Isaías na Primeira
Leitura (cf.<span class="apple-converted-space"> </span><i>Is</i><span class="apple-converted-space"> </span>50, 6); entra para receber uma coroa
de espinhos, uma cana, um manto de púrpura (a sua realeza será objecto de
ludíbrio); entra para subir ao Calvário carregado com um madeiro. E aqui temos
a segunda palavra:<span class="apple-converted-space"> </span><i>Cruz</i>.
Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que refulge
o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! Vem-me à
mente aquilo que<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/index_po.htm">Bento XVI<span class="apple-converted-space"> </span></a>dizia aos Cardeais: Vós sois
príncipes, mas de um Rei crucificado. Tal é o trono de Jesus. Jesus toma-o
sobre Si… Porquê a Cruz? Porque Jesus toma sobre Si o mal, a sujeira, o pecado
do mundo, incluindo o nosso pecado, o pecado de todos nós, e lava-o; lava-o com
o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor…
Tantas feridas infligidas pelo mal à humanidade: guerras, violências, conflitos
económicos que atingem quem é mais fraco, sede de dinheiro, que depois ninguém
pode levar consigo, terá de o deixar. A minha avó dizia-nos (éramos nós meninos):
a mortalha não tem bolsos. Amor ao dinheiro, poder, corrupção, divisões, crimes
contra a vida humana e contra a criação! E também – como bem o sabe e conhece
cada um de nós<span class="apple-converted-space"><b> </b></span>-<span class="apple-converted-space"><b> </b></span>os nossos pecados pessoais: as
faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a criação inteira.
E na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus,
vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Este é o bem que Jesus realiza por
todos nós sobre o trono da Cruz. Abraçada com amor, a cruz de Cristo nunca leva
à tristeza, mas à alegria<b>,<span class="apple-converted-space"> </span></b>à
alegria de sermos salvos e de realizarmos um bocadinho daquilo que Ele fez no
dia da sua morte.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3.
Hoje, nesta Praça, há tantos jovens. Desde há 28 anos que o Domingo de Ramos é
a<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.vatican.va/gmg/documents/index_po.html">Jornada da Juventude</a>!
E aqui aparece a terceira palavra:<span class="apple-converted-space"> </span><i>jovens</i>!
Queridos jovens, vi-vos quando entráveis em procissão; imagino-vos fazendo
festa ao redor de Jesus, agitando os ramos de oliveira; imagino-vos gritando o
seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele! Vós tendes um
parte importante na festa da fé! Vós trazeis-nos a alegria da fé e dizeis-nos
que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre: um coração jovem, mesmo
aos setenta, oitenta anos! Coração jovem! Com Cristo, o coração nunca
envelhece. Entretanto todos sabemos – e bem o sabeis vós – que o Rei que
seguimos e nos acompanha, é muito especial: é um Rei que ama até à cruz e nos
ensina a servir, a amar. E vós não tendes vergonha da sua Cruz; antes, abraçai-la,
porque compreendestes que é no dom de si<b>,<span class="apple-converted-space"> </span></b>no
dom de si, no sair de si mesmo, que se alcança a verdadeira alegria e que com o
amor de Deus Ele venceu o mal. Vós levais a Cruz peregrina por todos os
continentes, pelas estradas do mundo. Levai-la, correspondendo ao convite de
Jesus: «Ide e fazei discípulos entre as nações» (cf.<span class="apple-converted-space"> </span><i>Mt</i><span class="apple-converted-space"> </span>28, 19), que é o tema da Jornada da
Juventude deste ano. Levai-la para dizer a todos que, na cruz, Jesus abateu o
muro da inimizade, que separa os homens e os povos, e trouxe a reconciliação e
a paz. Queridos amigos, na esteira do Beato João Paulo II e de<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/index_po.htm">Bento XVI</a>,
também eu, desde hoje, me ponho a caminho convosco. Já estamos perto da próxima
etapa desta grande peregrinação da Cruz. Olho com alegria para o próximo mês de
Julho, no Rio de Janeiro. Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do
Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades,
para que o referido Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro. Os
jovens devem dizer ao mundo: é bom seguir Jesus; é bom andar com Jesus; é boa a
mensagem de Jesus; é bom sair de nós mesmos para levar Jesus às periferias do
mundo e da existência. Três palavras: alegria, cruz, jovens.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Peçamos
a intercessão da Virgem Maria. Que Ela nos ensine a alegria do encontro com
Cristo, o amor com que O devemos contemplar ao pé da cruz, o entusiasmo do
coração jovem com que O devemos seguir nesta Semana Santa e por toda a nossa
vida. Assim seja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-22053939806478931652013-03-24T00:00:00.000-03:002013-03-24T00:00:02.446-03:00Domingo de Ramos: Jesus entra em Jerusalém<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVPzVgJdil6HWWGRBYlmk3b3r2IOJg7ZcvxB4aNuhFEsHn40EERhv-P-ZjU4Ag9t9ZwvCyFyBeGefMvMnvQztXDKT-t5AuNqY_bhSqAlQdT9ueUUxlzyx1-Mq7bS5XoHLKJoW60NJ5ZrI/s1600/Entrada-Cristo-Jerusal%C3%A9m-Domingo-Ramos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVPzVgJdil6HWWGRBYlmk3b3r2IOJg7ZcvxB4aNuhFEsHn40EERhv-P-ZjU4Ag9t9ZwvCyFyBeGefMvMnvQztXDKT-t5AuNqY_bhSqAlQdT9ueUUxlzyx1-Mq7bS5XoHLKJoW60NJ5ZrI/s640/Entrada-Cristo-Jerusal%C3%A9m-Domingo-Ramos.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 1cm;">Começa a Semana Santa e
recordamos a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém. Escreve São Lucas. “Ao
aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto ao monte chamado das Oliveiras,
enviou dois dos seus discípulos dizendo-lhes: “Ide a essa aldeia que está em
frente e, ao entrar, encontrareis um burrico amarrado que nunca ninguém montou.
Soltai-o e trazei-o. Se alguém vos perguntar porque o soltais, dir-lhe-eis: o
Senhor tem necessidade dele”. Foram e encontraram tudo como o Senhor lhes tinha
dito”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que pobre montaria Nosso Senhor
escolhe! Talvez nós, presunçosos, tivéssemos escolhido um imponente cavalo.
Porém, Jesus não se guia por razões meramente humanas, mas por critérios
divinos. “Isto sucedeu – anota São Mateus – para que se cumprissem as palavras
do profeta: «Dizei à filha de Sião: eis que o teu rei vem a ti, manso e montado
sobre um jumento, num burrico, filho de jumenta»”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Jesus Cristo, que é Deus,
contenta-se com um burrico por trono. Nós, que não somos nada, mostramo-nos
muitas vezes vaidosos e soberbos: procuramos sobressair, chamar a atenção;
tratamos de que os outros nos admirem e louvem. São Josemaria Escrivá,
canonizado por João Paulo II há dois anos, ficou cativado com esta cena do
Evangelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dizia de si mesmo que era um
burrico sarnento, que não valia nada; mas como a humildade é a verdade,
reconhecia também que era depositário de muitos dons de Deus; especialmente, da
tarefa de abrir caminhos divinos na terra, mostrando a milhões de homens e
mulheres que podem ser santos no cumprimento do trabalho profissional e dos
deveres ordinários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Jesus entra em Jerusalém sobre um
burrico. Temos de tirar conseqüências desta cena. Cada cristão pode e deve
converter-se em trono de Cristo. E aqui servem como anel ao dedo umas palavras
de São Josemaria. “Se a condição para que Jesus reinasse na minha alma, na tua
alma, fosse contar previamente com um lugar perfeito dentro de nós, teríamos
motivos para desesperar. Jesus contenta-se com um pobre animal por trono. (...)
Há centenas de animais mais belos, mais hábeis e mais cruéis. Mas Cristo
escolheu esse para se apresentar como rei diante do povo que o aclamava. Porque
Jesus não sabe o que fazer com a astúcia calculista, com a crueldade dos
corações frios, com a formosura vistosa, mas oca. Nosso Senhor ama a alegria de
um coração jovem, o passo simples, a voz sem falsete, os olhos limpos, o ouvido
atento à sua palavra de carinho. É assim que reina na alma”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deixemo-lo tomar posse dos nossos
pensamentos, palavras e ações! Afastemos sobretudo o amor-próprio, que é o
maior obstáculo ao reinado de Cristo! Sejamos humildes, sem nos apropriarmos de
méritos que não são nossos. Imaginais o ridículo em que cairia o burrico, se se
tivesse apropriado das aclamações e aplausos que as pessoas dirigiam ao Mestre?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Comentando esta cena evangélica,
João Paulo II recorda que Jesus não entendeu a sua existência terrena como
procura do poder, como ânsia de êxito e de fazer carreira, ou como vontade de
domínio sobre os outros. Pelo contrário, renunciou aos privilégios da sua
igualdade com Deus, assumiu a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens,
e obedeceu ao projeto do Pai até à morte na Cruz (Homilia, 8-IV-2001).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O entusiasmo das pessoas não
costuma ser duradouro. Poucos dias depois, os que o tinham aclamado pedirão aos
gritos a sua morte. E nós deixar-nos-emos levar por um entusiasmo passageiro?
Se nestes dias notamos o movimento divino da graça de Deus, que passa por nós,
podemos dar-lhe lugar nas nossas almas. Estendamos no chão, mais que as palmas
ou os ramos de oliveira, os nossos corações. Sejamos humildes. Sejamos
mortificados. Sejamos compreensivos com os outros. Esta é a homenagem que Jesus
espera de nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Semana Santa oferece-nos a
oportunidade de reviver os momentos fundamentais da nossa Redenção. Mas não
esqueçamos que – como escreve São Josemaria –, “para acompanhar Cristo na sua
glória, no fim da Semana Santa, é necessário que penetremos antes no seu
holocausto, e que nos sintamos uma só coisa com Ele, morto sobre o Calvário”.
Para isso, nada melhor que caminhar pela mão de Maria. Que Ela nos obtenha a
graça de que estes dias deixem uma marca profunda nas nossas almas. Que sejam,
para cada uma e cada um, ocasião de aprofundar no Amor de Deus, para assim
mostrá-lo aos outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Opus Dei)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-26745433585568168312013-03-23T11:31:00.000-03:002013-03-23T11:37:14.510-03:00O encontro histórico entre dois papas<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx9WuKLR2O4jFyrUP7WlcqnbhkeSdN2YoHN_8AHL4cOowrfqohRH7doAgmoEgqQAHI-poVKtLxfdiNDSxAbUWGzE2E6jwH3O4tMMsPKUcaupvqvE60lmUE8D1Q5akjpIqEdFqflkeeZKc/s1600/vatican-pope_fran-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx9WuKLR2O4jFyrUP7WlcqnbhkeSdN2YoHN_8AHL4cOowrfqohRH7doAgmoEgqQAHI-poVKtLxfdiNDSxAbUWGzE2E6jwH3O4tMMsPKUcaupvqvE60lmUE8D1Q5akjpIqEdFqflkeeZKc/s640/vatican-pope_fran-2.jpg" width="492" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">O Papa Francisco encontrou-se neste sábado, 23, pela primeira vez com
seu predecessor, o Papa Emérito, Bento XVI, em Castel Gandolfo, nas
proximidades de Roma. Ao meio-dia, Francisco se dirigiu de helicóptero à
pequena cidade para o encontro com o Papa Emérito onde almoçaram juntos num
fato sem precedentes na história da Igreja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Após um voo de 20 minutos o Papa Francisco aterrissou no heliporto das
Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo e foi acolhido pelo Papa Emérito Bento
XVI. Presentes também o Bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro e Saverio
Petrillo, Diretor das Vilas Pontifícias e Dom Georg Gänswein. Papa Francisco e
Bento XVI utilizaram o mesmo automóvel para chegar até a Residência Pontifícia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico
Lombardi, o helicóptero papal aterrissou às 12h15, hora de Roma. O Santo Padre
estava acompanhado pelo Substituto da Secretaria de Estado, Dom Becciu, por
Mons. Sapienza e por Mons. Alfred Xuereb. </span><span style="color: #222222; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Logo após a aterrissagem, Bento XVI se aproximou do Papa Francisco
e o acolheu com um “belíssimo” abraço, disse Pe. Lombardi. Na Residência
Apostólica os dois protagonistas deste histórico encontro foram até o
apartamento e imediatamente à capela para um momento de oração.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Na capela, o Papa emérito ofereceu o lugar de honra a Papa Francisco,
mas esse disse: “Somos irmãos”, e pediu que se ajoelhassem juntos no mesmo
banco, contou Pe. Lombardi. Após um breve momento de oração, se dirigiram para
a Biblioteca privada, e por volta das 12h30, teve início o encontro reservado
que durou cerca de 45 minutos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhkARaNAb-Ag1FjmUbNKRgHgVLAE6TLVOhsnTATyarZfi_443FuFjmVsbq-g-sgKV4VrAXDP2bq75rEsOnEQ4yNLdmqM1Hg15302L0tlkucBUOafi0UH1tDBY5w7nnP7fbFGQo9gpajkc/s1600/000_dv1445626.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhkARaNAb-Ag1FjmUbNKRgHgVLAE6TLVOhsnTATyarZfi_443FuFjmVsbq-g-sgKV4VrAXDP2bq75rEsOnEQ4yNLdmqM1Hg15302L0tlkucBUOafi0UH1tDBY5w7nnP7fbFGQo9gpajkc/s400/000_dv1445626.jpg" width="272" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Padre Lombardi destacou ainda que o Papa Emérito estava vestindo uma
simples batina branca, sem faixa e sem capa. Já o Papa Francisco vestia uma
batina branca com faixa e capa papal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Padre Lombardi disse também que Papa Francisco presenteou Bento XVI com
um ícone de Nossa Senhora da Humildade. “Esta Nossa Senhora é a da Humildade, e
eu pensei no senhor e quis dar-lhe um presente pelos muitos exemplos de
humildade que nos deu durante o seu Pontificado”, explicou Papa Francisco a
Bento XVI.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Desde o dia 28 de fevereiro, Bento XVI reside neste local, onde
acompanhou a eleição do Cardeal Bergoglio como Sumo Pontífice, e aguarda o fim
das reformas no mosteiro Mater Ecclesiae dentro do Vaticano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Papa Francisco, nos seus discursos, tem manifestado palavras de afeto a
Bento XVI, chamando-o, seguidamente de “meu Predecessor, o querido e venerado
Papa Bento XVI”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Já na sua primeira aparição no balcão central da Basílica de São Pedro
disse “Rezemos pelo nosso Bispo Emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por
ele, para que o Senhor o abençoe e a Virgem Maria o proteja”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Após o almoço Papa Francisco retornou ao Vaticano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">(Fonte: Rádio Vaticano)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Vídeo do Encontro:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/cuTSEQQdWW8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #222222; font-size: 12.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-465310628635922132013-03-23T09:30:00.000-03:002013-03-23T11:35:24.026-03:00Papa Francisco e as duas pobrezas<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm6ArMYCl_smkxddDtAXbR6KYefExPmdvmCZcSgL4mJOR6S4TxGI6RKVIozsjsBdMiryALDCZuDfoE3GIKSeknzbPeXT2P-wHEorq_2K1GUyedS1O79uJJpNSR9bDQYxmfZ5P2Wq_wuJc/s1600/111.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm6ArMYCl_smkxddDtAXbR6KYefExPmdvmCZcSgL4mJOR6S4TxGI6RKVIozsjsBdMiryALDCZuDfoE3GIKSeknzbPeXT2P-wHEorq_2K1GUyedS1O79uJJpNSR9bDQYxmfZ5P2Wq_wuJc/s1600/111.JPG" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Trecho do discurso do Papa Francisco ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé em 22 de março de 2013:</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Como sabeis, há vários motivos que, ao
escolher o meu nome, me levaram a pensar em Francisco de Assis, uma figura bem
conhecida mesmo além das fronteiras da Itália e da Europa, inclusive entre os
que não professam a fé católica. Um dos primeiros é o amor que Francisco tinha
pelos pobres. Ainda há tantos pobres no mundo! E tanto sofrimento passam estas
pessoas! A exemplo de Francisco de Assis, a Igreja tem procurado, sempre e em
todos os cantos da terra, cuidar e defender quem passa indigência e penso que podereis
constatar, em muitos dos vossos países, a obra generosa dos cristãos que se
empenham na ajuda aos doentes, aos órfãos, aos sem-abrigo e a quantos são
marginalizados, e deste modo trabalham para construir sociedades mais humanas e
mais justas.<o:p></o:p><u1:p></u1:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas há ainda outra pobreza: é a pobreza espiritual dos nossos
dias, que afeta gravemente também os países considerados mais ricos. É aquilo
que o meu Predecessor, o amado e venerado<span class="apple-converted-space"> </span>Bento XVI,
chama a «ditadura do relativismo», que deixa cada um como medida de si mesmo,
colocando em perigo a convivência entre os homens. E assim chego à segunda
razão do meu nome. Francisco de Assis diz-nos: trabalhai por edificar a paz.
Mas, sem a verdade, não há verdadeira paz. Não pode haver verdadeira paz, se
cada um é a medida de si mesmo, se cada um pode reivindicar sempre e só os
direitos próprios, sem se importar ao mesmo tempo do bem dos outros, do bem de
todos, a começar da natureza comum a todos os seres humanos nesta terra."<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-69780596726570879912013-03-22T11:56:00.000-03:002013-03-22T12:00:59.954-03:00O silêncio de Cristo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi26iNuL4I5gpib2CBtSugcQrLVmBpFTmR2HlFNDGAu8r_w9X5wm_XEpxbL8GqVmM7pAEF9cchVbVNjnqYw82T4u0oU3GRRsx4bXE2u-VD6EZc-hFpOrPl3SAYr_J-8Dp3BNqkr3yp06HA/s1600/crucifixo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi26iNuL4I5gpib2CBtSugcQrLVmBpFTmR2HlFNDGAu8r_w9X5wm_XEpxbL8GqVmM7pAEF9cchVbVNjnqYw82T4u0oU3GRRsx4bXE2u-VD6EZc-hFpOrPl3SAYr_J-8Dp3BNqkr3yp06HA/s640/crucifixo.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Certo dia, o eremita Haakon quis
também pedir-lhe um favor. Impulsionava-o um sentimento generoso. Ajoelhou-se
diante da cruz e disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Senhor, quero padecer por vós.
Deixai-me ocupar o vosso lugar. Quero substituir-vos na Cruz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E permaneceu com o olhar pendente
da cruz, como quem espera uma resposta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Senhor abriu os lábios e falou.
As suas palavras caíam do alto, sussurrantes e admoestadoras:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Meu servo, cedo ao teu desejo,
mas com uma condição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Qual é, Senhor?, perguntou com
acento suplicante Haakon. É uma condição difícil? Estou disposto a cumpri-la
com a tua ajuda!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Escuta-me: Aconteça o que
acontecer, e vejas tu o que vires, deves guardar sempre o silêncio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Haakon respondeu:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Prometo-o, Senhor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E fizeram a troca sem que ninguém
o percebesse. Ninguém reconheceu o eremita pendente da cruz; quanto ao Senhor,
ocupava o lugar de Haakon. Durante muito tempo, este conseguiu cumprir o seu
compromisso e não disse nada a ninguém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Certo dia, porém, chegou um rico.
Depois de orar, deixou ali esquecida a sua bolsa. Haakon viu-o e calou. Também
não disse nada quando um pobre, que veio duas horas mais tarde, se apropriou da
bolsa do rico. E também não quando um rapaz se prostrou diante dele pouco
depois para pedir-lhe a sua graça antes de empreender uma longa viagem. Nesse
momento, porém, o rico tornou a entrar em busca da bolsa. Como não encontrasse,
pensou que o rapaz se teria apropriado dela; voltou-se para ele e interpelou
com raiva:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Dá-me a bolsa que me roubaste!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O jovem, surpreso, replicou-lhe:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Não roubei nenhuma bolsa!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Não mintas; devolve-ma já!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Repito que não apanhei nenhuma
bolsa!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O rico arremeteu furioso contra
ele. Soou então uma voz forte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Pára!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O rico olhou para cima e viu que
a imagem lhe falava. Haakon, que não conseguiu permanecer em silêncio diante
daquela injustiça, gritou-lhe, defendeu o jovem e censurou o rico pela falsa
acusação. Este ficou aniquilado e saiu da ermida. E o jovem saiu também porque
tinha pressa para empreender a sua viagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando a ermida ficou vazia,
Cristo dirigiu-se ao seu servo e disse-lhe:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Desce da Cruz. Não serves para
ocupar o meu lugar. Não soubeste guardar silêncio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Mas, Senhor, como podia eu
permitir essa injustiça?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Trocaram de lugar. Cristo voltou
a ocupar a cruz e o eremita permaneceu diante dela. O Senhor continuou a
falar-lhe:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– Tu não sabias que era
conveniente para o rico perder a bolsa, pois trazia nela o preço da virgindade
de uma jovem. O pobre, pelo contrário, tinha necessidade desse dinheiro e fez
bem em levá-lo; quanto ao rapaz que ia receber os golpes, a suas feridas o teriam
impedido de fazer a viagem que, para ele, foi fatal: faz uns minutos que o seu
barco acaba de soçobrar e que ele se afogou. Tu também não sabias isto; mas eu
sim. E por isso me calo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E o Senhor tornou a guardar
silêncio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitas vezes nos perguntamos por
que Deus não nos responde. Por que Deus se cala? Muitos de nós quereríamos que
nos respondesse o que desejamos ouvir, mas Ele não o faz: responde-nos com o
silêncio. Deveríamos aprender a escutar esse silêncio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Divino Silêncio é uma palavra
destinada a convencer-nos de que Ele, sim, sabe o que faz. Com o seu silêncio,
diz-nos carinhosamente: “Confia em mim, sei o que é preciso fazer!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Autor Anônimo)</span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<o:p><br /></o:p></div>
Revista Católicoshttp://www.blogger.com/profile/07946684907130278749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6687765079609137355.post-36369163292712927962013-03-22T11:38:00.001-03:002013-03-22T11:38:21.402-03:00Pobre Bento XVI<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2oZuflFFKChiDgzu82yp-QxI60WOalGI-AiRRY-uVd0Z7YxFKg8vLihnow9aFwqytpV75_-rV0Ki_8ycXunqEaiWuqGZ8L4rGSkDgmHIFQr8AsDw3ujGu8w2t8Y_XsExsVcsC2zSFSWw/s1600/Bergoglio-BentoXVI.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2oZuflFFKChiDgzu82yp-QxI60WOalGI-AiRRY-uVd0Z7YxFKg8vLihnow9aFwqytpV75_-rV0Ki_8ycXunqEaiWuqGZ8L4rGSkDgmHIFQr8AsDw3ujGu8w2t8Y_XsExsVcsC2zSFSWw/s320/Bergoglio-BentoXVI.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 7.5pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A
simplicidade e a humildade serão, de fato, características marcantes do
pontificado do papa Francisco. Praticamente toda reportagem faz questão de
ressaltar esses pontos, que são, realmente, elogiáveis. No entanto, a maior
parte dos relatos da imprensa também faz questão de estabelecer um antagonismo
entre Francisco e seu antecessor, Bento XVI. Não basta saber que o anel do novo
papa é de prata, banhado a ouro; é preciso citar o de Ratzinger, feito de ouro
maciço. Elogia-se o papa que mantém a cruz peitoral de ferro dos seus tempos de
bispo, ao mesmo tempo em que se lembra que Bento XVI usava cruzes de ouro. A
impressão é de que se pretende levar o leitor a pensar “esse, sim, é um bom
papa, não é como o anterior”, como se um conclave fosse um concurso de simpatia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 7.5pt 0.0001pt 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mote começa a beirar o exagero quando cerimônias como a do
início do pontificado são elogiadas por sua “simplicidade” em contraposição às
liturgias de Bento XVI. Na verdade, a missa em quase nada foi diferente do que
teria sido se o papa anterior a tivesse celebrado. É verdade que o novo
pontífice não parece demonstrar o mesmo interesse pela liturgia que tinha Bento
XVI, mas é preciso levar em consideração que Ratzinger jamais viu nas vestes
litúrgicas um instrumento de ostentação e autopromoção. Sua visão da beleza
como elemento apologético está bem documentada em sua obra. E, simplicidade por
simplicidade, Bento sempre fez questão de usar adereços litúrgicos – cada um
deles carregado de simbologia, ou seja, não se trata de mero enfeite – já
usados por outros papas e pertencentes ao Vaticano, com custo zero.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 7.5pt 0.0001pt 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Francisco se sente muito à vontade entre a multidão, mas é até
injusto comparar um pontífice com décadas de experiência pastoral com um
acadêmico introvertido que fez praticamente toda a sua carreira eclesiástica em
universidades e na Cúria Romana. E, mesmo assim, Bento nunca fugiu dos fiéis ou
nunca se mostrou avesso ao contato com as pessoas. O “abraço coletivo” que
ganhou dos dependentes de drogas na Fazenda Esperança, em Guaratinguetá (SP), é
um dos momentos mais tocantes de sua visita ao Brasil, em 2007.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 7.5pt 0.0001pt 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A julgar pelas repetidas menções que faz a seu “amado
predecessor”, muito provavelmente o próprio papa Francisco rejeitaria
comparações de estilo com a intenção de diminuir Bento XVI ou fazê-lo parecer
fútil com suas cruzes douradas e sapatos vermelhos. Mas é difícil imaginar que
os elogios ao papa simples e humilde vão continuar quando ele começar a se
pronunciar sobre os tais “temas polêmicos” a respeito dos quais a imprensa
sempre espera, em vão, por mudanças. Aí se perceberá que Bento XVI e Francisco
não são tão diferentes quanto parecem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 1cm;">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fonte: Marco Antonio Campos - Gazeta do Povo)</span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<o:p><br /></o:p></div>
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