quinta-feira, 22 de julho de 2010

As pedras atiradas pelo catolicismo de berço


Interessante. Navegando hoje (dia de Santa Maria Madalena) pelo Twitter, é possível observar inúmeras piadinhas feitas com o nome da santa. Não podemos condenar a falta de conhecimento histórico dos tuiteiros, nem muito menos tentar apagar o estereótipo criado sobre a figura de Maria Madalena. Mas, uma coisa vale a pena ser discutida: como a falta de conhecimento em relação à Igreja influencia para que muitos não se sintam atraídos por uma vida em Cristo.
Em nosso país, onde a maioria das pessoas recebem aquele “catolicismo de berço”, o conhecimento em relação aos ensinamentos e à história da Igreja é muito superficial. Quase sempre distorcido ou reduzido.
É de se pensar: será que se as pessoas tivessem acesso, verdadeiramente, ao que é a Igreja Católica, seus santos, sua doutrina, seus ensinamentos... continuariam a julgá-la como ultrapassada?
A ideia de uma Igreja falida é fruto do pouco conhecimento das pessoas a respeito da mesma. E o conhecimento necessário não será fruto apenas de pesquisas no Google, mas sim do testemunho verdadeiro dos cristãos, que vale mais que discursos teológicos.
É nosso dever como cristãos anunciar ao maior número de pessoas possível a verdade. Pois, se alguém conhece a verdade, é liberto de todo preconceito e ignorância. Anunciemos, não apenas pregando, mas vivendo o Evangelho e toda sua radicalidade. Uma radicalidade no amor.
Não nos indignemos com as piadinhas sobre Maria Madalena. Façamos sim nosso dever de evangelizadores. Quem sabe, assim, num futuro nem tão distante, possamos vivenciar o dia de Santa Maria Madalena ouvindo comentários a respeito de sua fidelidade e coragem, que a fizeram seguir o Mestre até a Cruz. O estereótipo existe? Existe. Mas não nos rendamos a ele. Sabemos da verdadeira história, por que não contá-la? Hoje é dia de levar Boa-Nova!
Que por intercessão de Santa Maria Madalena, primeira testemunha da ressurreição, Deus nos conceda a graça de sermos ousados no anúncio do Cristo Vivo!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Topam tudo por dinheiro


Como dói ver o nome de Cristo ser utilizado por tantos para obterem dinheiro. As seitas pentecostais se espalham como uma mancha de óleo, como diria nosso saudoso João Paulo II, poluindo a mente e o coração das pessoas, atraídas muitas vezes pelas promessas de uma prosperidade infértil e superficial.
Nessas seitas, a bênção é medida pela “generosidade” no dízimo. Como se bênção se comprasse. Assim sendo, não assimilam a graça como dádiva, mas como produto.
E o pior: distorcem as Sagradas Escrituras para enganar e lucrar cada vez mais.
Por mais que não tenhamos o direito de julgar, temos o dever de denunciar. E as práticas de certos “pastores” que se dizem evangélicos são, de fato, vergonhosas. Se realmente fossem “evangélicos”, esses homens não se esqueceriam que Jesus preferiu os pobres e viveu como tal, que a prosperidade vivenciada no Antigo Testamento não é termômetro de fé, que o dinheiro não é a recompensa última. Parece redundante, mas evangélico é quem vive o Evangelho.
A nossa verdadeira recompensa é o céu. Por isso, não temos medo de perder tudo por Jesus, de amar a nossa pobreza, pois é na pobreza que nosso Mestre quis se revelar a todos. E não falamos apenas em uma pobreza de bens materiais, mas da verdadeira humildade de coração, que se reconhece dependente de Deus e de sua graça. Dada de graça. “O que agrada a Deus, em minha pequena alma, é que eu ame minha pequenez e minha pobreza. É a esperança cega que tenho em sua misericórdia”, dizia Santa Teresinha. Pobre, mas imensamente rica de bênçãos espirituais.
Uma teologia que se baseia no “ter” e não no “ser” precisa ser revista cuidadosamente. Usar o nome de Deus em vão, aproveitando-se da ingenuidade e, muitas vezes, do desespero daqueles que se encontram em situações difíceis é pecar contra Deus e contra o próximo.
Ser autenticamente “evangélico” é ter a coragem de assumir os ensinamentos de Cristo e todas as suas consequências: perseguições, fome, ultrajes, dor. Uma religião que busca conforto não vem de Cristo, que por diversas vezes deixou claro que não existe vitória sem luta. Sábias são as palavras de São João da Cruz: “Se quiseres possuir Cristo, jamais o busque sem a cruz”.
Não buscamos bens passageiros. Buscamos o Sumo Bem. Pois a recompensa que buscamos não é passageira, mas eterna.

terça-feira, 13 de julho de 2010

É luta!


Quando Deus nos chama a sermos operários em sua messe devemos ter a consciência de que estamos entrando em uma guerra, da qual não podemos jamais desistir.
Se aceitamos o convite de Deus, colocamos tudo ao seu dispor: saúde, tempo, emprego, família, amigos, dinheiro. Nada mais nos pertence, e podemos a qualquer hora perdê-los por causa da obra. Até porque aí é onde mais seremos atacados, pois não lutamos contra homens e sim contra forças malignas dotadas de poder, inteligência e um ódio profundo contra todo aquele que professa o nome de Deus.
Mas, se desistimos, declaramos com isso que não confiamos em Deus, nem em Sua onipotência e sabedoria pois, se somos prósperos em nossa batalha, é para Sua honra e glória. E, se sofremos, também é para Sua honra e glória. Não podemos desistir.
O demônio pode nos tirar tudo que temos nesta vida, mas a Palavra nos consola quando nos ensina que “Quem perde a sua vida por causa de Mim, a encontrará” (Mt 10,39). A única coisa que o inimigo não pode nos roubar é o céu, bem que se conquista dedicando nossas vidas a três atitudes:
- Honrar e glorificar o nome de Deus
- Lutar pela salvação das almas
- Construir um mundo melhor edificando a Igreja de Jesus Cristo
Somos servos de Deus, e não desistiremos independente das dificuldades ou da violência com que somos atacados. Não nos importa o que perdemos ou ganhamos, mas sim os frutos que esta obra tem dado.
Revista CATÓLICOS: um sonho de Deus!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Festa de igreja?


É triste ver como tantas comunidades católicas ainda persistem em secularizar as festas de seus padroeiros promovendo bailes e shows com músicas que vão de encontro com a fé que professamos, vendendo e/ou permitindo a venda de bebida alcoólica, que atrai a as drogas ilícitas, a prostituição e a violência, podendo facilmente se tornar (como já presenciamos) cenário de tiroteios e assassinatos.
Já imaginou se no dia de São Pedro a Praça Principal do Vaticano se tornasse palco de música profana? Se o papa mandasse vender vinho e cerveja para arrecadar fundo para a reforma da basílica? Não seria um escândalo? Por que então persistir no erro se é dever das igrejas locais seguirem o exemplo de Roma?
Uma comunidade que promove uma festa com os atributos citados acima tem de ter a consciência de que, de forma alguma, está promovendo uma festa religiosa, mas sim uma confraternização secular. Sendo as conseqüências dela, seculares, e não religiosas.
Se alguém gosta da ideia de ver jovens bebendo, se drogando, se prostituindo e se matando, monte barraquinhas de bebida alcoólica no seu bairro, na sua rua, na sua casa... e assuma as consequências dos seus atos, mas não profane o nome dos nossos grandes santos tampouco da Santa Igreja Católica com esses eventos vergonhosos.
A missão da Igreja é evangelizar, celebrar os sacramentos e cuidar dos pobres e injustiçados. Vender bebida e promover a violência não é papel de cristão, tampouco da Igreja de Cristo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A beleza que faz falta


É difícil compreender por que tantos sacerdotes estão deixando de lado as lindas tradições da Igreja de Cristo. Em especial na liturgia. Sinos, incensos, vestes, ouro estão desaparecendo das igrejas. Está tudo tão simples, tão pobre, tão apagado. Visivelmente é difícil crer que estamos participando do Banquete do Senhor. Que a nossa comunidade faz parte da mesma Igreja que Roma. Confunde-se zelo com futilidade e o que não é essencial entra em extinção.
Muitas comunidades chegam ao cúmulo de nem ao menos ter um ostensório para expor o Santíssimo Sacramento. E pior: acham isso extremamente normal. Promove-se eventos, mobilizam-se pessoas, arrecada-se dinheiro. Melhora-se o som, trocam-se os bancos, e o Corpo do Senhor permanece abandonado. Reclamam da falta de padre. Mas onde estão os coroinhas? Como cobrar vocação se não temos capacidade para despertá-la?
É difícil compreender. Qual a dificuldade em ser Igreja na íntegra? Lutemos, irmãos, para que nossas comunidades sejam cada vez mais “Igreja” e se preocupem, sim, em adornarem-se para o encontro com o Rei. Pois Cristo merece toda a beleza que pudermos lhe oferecer.