terça-feira, 20 de julho de 2010

Topam tudo por dinheiro


Como dói ver o nome de Cristo ser utilizado por tantos para obterem dinheiro. As seitas pentecostais se espalham como uma mancha de óleo, como diria nosso saudoso João Paulo II, poluindo a mente e o coração das pessoas, atraídas muitas vezes pelas promessas de uma prosperidade infértil e superficial.
Nessas seitas, a bênção é medida pela “generosidade” no dízimo. Como se bênção se comprasse. Assim sendo, não assimilam a graça como dádiva, mas como produto.
E o pior: distorcem as Sagradas Escrituras para enganar e lucrar cada vez mais.
Por mais que não tenhamos o direito de julgar, temos o dever de denunciar. E as práticas de certos “pastores” que se dizem evangélicos são, de fato, vergonhosas. Se realmente fossem “evangélicos”, esses homens não se esqueceriam que Jesus preferiu os pobres e viveu como tal, que a prosperidade vivenciada no Antigo Testamento não é termômetro de fé, que o dinheiro não é a recompensa última. Parece redundante, mas evangélico é quem vive o Evangelho.
A nossa verdadeira recompensa é o céu. Por isso, não temos medo de perder tudo por Jesus, de amar a nossa pobreza, pois é na pobreza que nosso Mestre quis se revelar a todos. E não falamos apenas em uma pobreza de bens materiais, mas da verdadeira humildade de coração, que se reconhece dependente de Deus e de sua graça. Dada de graça. “O que agrada a Deus, em minha pequena alma, é que eu ame minha pequenez e minha pobreza. É a esperança cega que tenho em sua misericórdia”, dizia Santa Teresinha. Pobre, mas imensamente rica de bênçãos espirituais.
Uma teologia que se baseia no “ter” e não no “ser” precisa ser revista cuidadosamente. Usar o nome de Deus em vão, aproveitando-se da ingenuidade e, muitas vezes, do desespero daqueles que se encontram em situações difíceis é pecar contra Deus e contra o próximo.
Ser autenticamente “evangélico” é ter a coragem de assumir os ensinamentos de Cristo e todas as suas consequências: perseguições, fome, ultrajes, dor. Uma religião que busca conforto não vem de Cristo, que por diversas vezes deixou claro que não existe vitória sem luta. Sábias são as palavras de São João da Cruz: “Se quiseres possuir Cristo, jamais o busque sem a cruz”.
Não buscamos bens passageiros. Buscamos o Sumo Bem. Pois a recompensa que buscamos não é passageira, mas eterna.

6 comentários:

  1. É uma vergonha o que fazem esses pastores...
    ótimo texto!!

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  2. ...Querer perder tudo só por Ti, por Ti morrer de amor, se preciso for onde eu estiver, para o que der e vier....

    Texto Show de bolaaaaa....

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  3. "Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas."
    (II Timóteo 4,4)

    Ao invés, de apenas anunciarem o Cristo como ele mesmo mandou, aproveitam mesmo da Palavra para lucrarem. Não são todos, mas uma parte considerável! Como disse São Paulo na Carta a Timteo, "Essas coisas, em vez de promoverem a obra de Deus, que se baseia na fé, só servem para ocasionar disputas." (II Timóteo 1,4)

    É verdade, mas é triste perceber que isso acontece com as coisas de DEus.

    Deus abençoe!

    André

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  4. isso mesmo mais também temos que olhar nossos erro como católicos temos que evangelizar para esse negocio de ficar só nesses grupinho temos que bucar aqueles que estão fora

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