sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Senhora das graças


Hoje, queremos prestar uma honra especial à Mãe de Deus, Virgem das Graças, patrona da Revista Católicos.
Ela, que nos acalma, intercede por nós e sempre nos traz a paz vinda do Alto.
Ela, a Virgem Bendita e Imaculada, Filha Predileta do Pai, Mãe de Deus Filho e Esposa do Espírito Santo.
Ó sublime mistério! Quão incomparável é tua pureza, grande Mãe de Deus.
Tu que és Nova Eva, que por obediência nos trouxe o Céu.
Tu, que nos oferece teu colo materno em todos os momentos em que precisamos de carinho.
Que maravilha é tê-la como nossa Mãe, como nossa intercessora.
Pedimos, Senhora das Graças, que poderosamente aja em nossa vida e nesta revista que é consagrada a ti.
Que tu intercedas ao Pai para que nosso trabalho chegue aos corações que precisam ouvir a Palavra. E que nada possa interromper os planos de Deus.
Bendita sejas tu, Rainha do Céu e da Terra!
Maria Santíssima, tu és nossa alegria!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A graça do Santo Silêncio


Em silêncio, abandona-te ao Senhor, põe tua esperança nele.
Salmo 36, 7

Deus se manifesta de maneira encantadora quando nos propomos a fazer silêncio. Quando silenciamos todas as inquietações e refletimos verdadeiramente em quem colocamos nossa confiança.
Muitos acreditam que o silêncio seja algo completamente desnecessário. Enganam-se.
O Senhor se dá a conhecer quando nos achegamos a Ele na humildade de nosso silêncio. Quando calamos todas as vaidades, todas as pretensões, todos os ruídos que ensurdecem a alma.
Sim, muitas vezes preferimos ensurdecer a alma que ouvir a Verdade Santa. O silêncio diante do Rei nos causa medo. Quem é capaz de escutar palavras tão duras? (cf. João 6, 60b).
A Verdade que brota do silêncio incomoda, pois nos faz enxergar aquilo que está no mais profundo de nós mesmos.
Que Maria nos conceda a graça de sabermos silenciar, mesmo quando nosso coração grita em busca de “porquês”.
Que saibamos guardar tudo no coração, afim de que, no momento certo, a Verdade mostre sua face.
Daí-nos a graça, Senhor, de nos abandonarmos em Ti! Dai-nos a coragem de silenciar diante de Ti! E a certeza de sabermos, no íntimo, que Teus olhos estão sempre voltados para os justos.
Assim tua voz será bálsamo para o nosso coração, e nosso silêncio, fonte de cura para nossa alma!

domingo, 22 de novembro de 2009

Glória e Majestade ao Rei


É tão bom ver como Deus tem suscitado jovens para a missão. Uma juventude disposta a dar o que tem de melhor para fazer o Reino de Deus acontecer.
Neste dia, em que celebramos a solenidade de Cristo, Rei do Universo, nosso coração arde com a vontade de gritar para o mundo ouvir que Jesus está VIVO e REINA. Que está o tempo todo conosco e que irá nos acompanhar até os confins da Terra para gritarmos a verdade, que é o seu Santo e Perfeito Evangelho.
Que neste dia, todos nós, jovens servos e servas do Grande Rei, aprendamos a entronizá-lo em nossa vida não só com palavras mas com o coração.
Sejas adorado, ó Rei dos reis! Sejas bendito e glorificado em toda a Terra pelos teus filhos e filhas. Te louvamos, Jesus, por tudo que és.
Que nosso louvor possa subir aos céus como perfume agradável. E como resposta, Tu nos conceda a tua paz.
Vem, Senhor Jesus!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Civilização do Amor


Muitos duvidam que o mundo possa um dia se tornar um lugar melhor para se viver. Por vezes até eu duvido. Casamento virando contrato, religião virando empresa. Beber, fumar, roubar, se drogar, brigar, matar é algo comum entre os jovens. Atrocidade está virando normalidade.
A realidade dos dias de hoje me assusta muito, mas por pior que ela seja não é o suficiente para me impedir de sonhar com uma realidade nova, onde as pessoas se amem, saibam conversar e saibam educar seus filhos. Uma realidade onde as pessoas não só acreditem em Deus, mas O amem. Eu acredito que o mundo tem jeito porque esse é o sonho de Deus.
João Paulo II foi um homem que muito sonhou e lutou para tornar realidade a civilização do amor. Por mais distante que pareça, eu acredito neste sonho, porque o futuro está nas nossas mãos.
Não sei quantos dias tenho de vida, ou quantas pessoas serão afetadas pelo meu trabalho, mas garanto que passarei minha vida lutando por isso. Isso é o que me move, isso é o que me motiva.
A Revista Católicos, por ser um instrumento de evangelização, torna-se também promotora da paz. Não queremos somente ver as igrejas cheias, mas também famílias restauradas, jovens saudáveis e longe dos vícios. Queremos ver as crianças nas escolas e os pais empregados. Queremos um mundo melhor, mais justo, mais cristão. E a nossa forma de cooperar para a construção da civilização do amor é escrevendo e anunciando o Amor em sua forma mística, esponsal, sacramental, divina.
Anunciamos a Boa Nova de Jesus, semeamos a alegria de estar em Sua presença, pois sabemos que no Último e Grande Dia, nosso Senhor e Rei voltará e reinará sobre toda a Terra. E a partir deste dia, justiça e paz se abraçarão.
Deus permita que, através de nosso trabalho, possamos antecipar este Céu na Terra!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Santidade


Tem muito jovem por aí que pensa que santidade é simplesmente não fazer sexo e rezar o terço todos os dias e ainda reclama dizendo que o caminho do Senhor é difícil.
É preciso entender que, se quisermos alcançar a bem-aventurança, temos que mudar um pouco nossa forma de encarar nossa vida em Cristo. Não temos que travar uma batalha contra a tentação. Temos que nos tornar maiores que ela.
Santidade não se faz somente com mãos limpas, mas também com um coração puro.
Quando nos dispomos a vivenciar a fé católica devemos assumir uma postura de cristãos. E seguir os passos de Cristo vai muito além de obedecer a uma série de regras e restrições. Nossa fé não tem que nos alienar, mas sim nos moldar, nos tornar pessoas melhores.
Quanta gente sai da Igreja e, ao passar por um pobre que lhe estende a mão pedindo uma esmola, finge não vê-lo.
Quantas vezes comungamos, orgulhosos de sermos católicos, o Sangue que Cristo derramou, e não temos a coragem de, num dia de folga, levantar nosso traseiro do sofá e doar um pouco de nosso sangue para salvar a vida de alguém que sofreu um acidente ou irá passar por uma grave cirurgia.
Estamos enganados quando acreditamos que certos exercícios espirituais, por si só, podem nos trazer a salvação. Se não compreendermos o que realmente significa a palavra santidade, continuaremos encarando esses exercícios como um peso que torna nossa vida ainda mais difícil.
O rosário não é penitência e muito menos tortura. Viver a castidade não é um desafio e sim consequência de uma vida em Deus, construída sobre o alicerce da oração diária e principalmente da caridade.
O maior testemunho de fé que podemos dar não é para nossa família, amigos ou comunidade, é para nós mesmos, com atitudes silenciosas, mas que expressam verdadeiramente a conversão do nosso coração. Só você sabe o quanto está buscando ser perfeito como o Pai é perfeito.
A caridade, o pedir perdão e o saber perdoar, o respeito, o não julgar, são gestos que deveriam ser comuns na vida de um cristão. Se conseguirmos conquistar tais virtudes, nosso coração então estará preparado para compreender o porquê de tantos preceitos e práticas.
E vou além. Se chegarmos a tal compreensão, nossa alma passará a desejar tais práticas e não as encararemos mais como tortura ou desafio, mas como alimento saudável e saboroso para nossa edificação.
É nessa hora que o Santo Rosário deixa de ser peso e se transforma em colo de Mãe. É nessa hora que castidade deixa de ser calvário e se transforma em Céu. É nessa hora que santidade deixa de ser sofrimento improdutivo e se transforma na alegria da cruz.
Pense nisso!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Os operários da messe


A profissionalização da evangelização é um tema um tanto polêmico nos dias de hoje. Isso porque muitas pessoas transformam a imagem e o nome de Cristo em um produto que pode ser vendido, explorado, etc.
Se botarmos na balança todos os fatores capazes de proporcionar uma melhoria de vida, vamos perceber que a humanidade tem regredido, e muito, na busca pela felicidade. Estamos morrendo mais cedo. Estamos ficando mais doentes, mais individualistas. A depressão já está atingindo até mesmo as crianças. Tudo isso sem falar na fome e no desemprego.
Destruída emocionalmente, com as contas atrasadas e cheia de doenças, a humanidade se encontra em uma situação completamente vulnerável às tentadoras promessas dos “novos profetas”. Já ouvi anúncio por aí prometendo trazer a pessoa amada em três dias, e não estou falando de cartomantes, não. Isso faz parte do marketing de uma dessas novas “igrejas” que se proliferam pelo Brasil e pelo mundo.
Antes, esses lobos vendiam um pedacinho do céu. Mas depois que descobriram o que realmente dava lucro, começaram a vender prosperidade, saúde e amor.
Nada contra os evangélicos. Todo aquele que se esforça para viver o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é digno de respeito, pois ficará de pé no dia do Grande Juízo. Manifesto-me aqui contra os empresários e seus subordinados que difamam o nome santo de Deus quando o coloca em suas empresas e comercializam promessas ridículas e infundadas.
Não dá mais para agüentar esses “profissionais do reino de Deus”. Eles não têm limites, não têm escrúpulos.
Esse tipo de profissionalização da evangelização é ruim, perigosa, criminosa e dispensável. Que bom que não existe um inseticida contra esse tipo de praga. Porque se tivesse não sei se eu conseguiria ser tão bom a ponto de não usá-lo.
Existe, sim, uma forma saudável de se profissionalizar a evangelização, mas isso só é possível quando a meta é verdadeiramente Deus, e o dinheiro permanece a todo tempo como coadjuvante, servindo apenas como pagamento por um serviço prestado.
A realidade em que vivemos hoje nos obriga a nos dedicarmos muito mais – especialmente quando o assunto é comunicação – do que há tempos, quando as pessoas não nasciam infectadas por uma mídia anti-cristã.
Precisamos nos esforçar cada vez mais para produzir um trabalho de qualidade capaz de seduzir aqueles que estão longe e amolecer seus corações para assim apresentarmo-los a Pura e Bela Verdade.
E para um trabalho de qualidade são necessárias duas coisas. Primeiro, mão de obra qualificada. “Deus capacita os escolhidos, mas também escolhe os capacitados!”. Depois, disponibilidade de tempo.
É raro encontrar essas duas características em abundância no serviço voluntário. Até existe, mas é raro.
Por isso é louvável o esforço daqueles que se profissionalizam para servir a Deus. É louvável toda iniciativa de se montar um projeto, uma empresa, um grupo para acrescentar cada vez mais na grande missão da Igreja de anunciar a Boa Nova a todas as criaturas, ainda que isso envolva dinheiro, comércio, salário...
Para novos tempos, novas formas de se evangelizar. Uma nova evangelização. Pregada, cantada, escrita, postada, voluntária ou assalariada. Se Cristo é a razão do que fazemos, então não cessemos de fazer, pois já que temos a mão de obra, trabalhemos então na messe do Senhor.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tirando a venda


O nosso ser é dividido em corpo e alma, e isso é fato. Porém, isso não significa que estão isolados. Nosso corpo e nossa alma estão intimamente ligados e dependem constantemente um do outro. Não existe o mais importante. Talvez, o mais fraco, mas não o mais importante. A alma é que dá vida ao corpo, e o corpo é que permite que a alma viva entre os homens. Sendo assim, para que nossa alma tenha contato com o que é divino, ela necessita viver através do nosso corpo experiências que a conduza a isso.
Um exemplo claro são os sacramentos. Deus se manifesta de uma forma física tanto da parte de quem ministra, quanto da de quem recebe o sacramento. Água, óleo, pão, vinho, imposição de mãos... Deus se manifesta naquilo que é matéria, naquilo que é perecível.
Mas por quê? Porque foi para isso que Deus criou a Igreja: para que os homens pudessem levar a outros homens a Boa Nova, a Salvação.
Para que eu consiga fazer que a sua alma compreenda aquilo que a minha já conhece, eu tenho que, primeiro, manifestar com o meu corpo esse conhecimento. Assim, teu corpo é capaz de receber estas informações e transmiti-las para tua alma.
Na plenitude dos tempos, Jesus, para apresentar o Reino de Seu Pai, se utilizava da pregação, que é fala. Ou seja, uma perfeita combinação de movimento do diafragma, musculatura da caixa torácica, cordas vocais, língua, maxilar e lábios. Tudo físico, corpóreo. Também se utilizava de curas no corpo, pra chegar até a alma. Prodígios que despertavam os nossos sentidos. Lembra-se de São Tomé? “Eu só acredito se ver, se tocar...”. E ele era Apóstolo de Cristo, Bispo da Santa Igreja Católica e precisou ver, tocar, para crer na ressurreição. Quem dirá nós! Por isso Deus instituiu a Igreja e os Sacramentos, para que nossas almas, através dos nossos corpos se encontrassem com Ele.
Temos Igreja. Temos Sacramentos. Por que as pessoas estão cada vez mais se afastando de Deus? Porque o mundo hoje já não é mais como há dois mil anos atrás. Ele está muito mais racional, mais questionador. A Santa Missa, que é o maior instrumento de evangelização e de comunhão existente na Terra, tem ficado cada vez mais vazia, e não digo só de presença humana, mas de adoradores em Espírito e em Verdade.
Aonde estamos falhando? Primeiramente, na carência de sacerdotes. Ah, se pudéssemos adorar o Cristo imolado em todos os altares, todos os dias! Com certeza o mundo seria um lugar muito melhor!
Falhamos também, muitas vezes, na hora da celebração Eucarística. Ora na homilia, ora no desleixo com a liturgia. Se a Igreja instituiu vestimentas, paramentos, gestos, é porque isso é de fundamental importância para que a assembléia consiga enxergar a divindade naquilo que está sendo manifestado de forma física. Depois da casula estar sumindo dos Altares, tenho presenciado sacerdotes celebrando até mesmo sem estola. O ouro em alguns lugares tem se tornado algo fútil, desnecessário, e o Sangue de Cristo tem sido erguido em taças de vidro compradas em lojinhas de R$ 1,99. Potes de sorvetes têm substituído a âmbula na hora da Comunhão.
Como queremos que as pessoas acreditem que é Deus na Eucaristia se a tratamos como se fosse o arroz e o feijão de cada dia? E aí é claro que as Igrejas vão se esvaziar. Por que eu permaneceria em um lugar ouvindo uma homilia robótica e repetitiva e comendo uma partícula de pão se posso me reunir com pessoas alegres, com música boa, orações fervorosas e muitas promessas de uma vida melhor?
Para que as pessoas queiram estar com Deus primeiro elas precisam conhecer a Deus, enxergar com seus sentidos, com sua mente, ainda que de uma forma incompreensível, onde está Deus.
E é por isso que nascemos. Essa é a nossa razão de ser. Dar subsídios, fazer com que as pessoas tenham ao menos a opção de escolher entre a Verdade ou outra coisa qualquer.
Não queremos fama. Não queremos briga. Não queremos revolução. Queremos apenas ser as mãos que fazem a venda cair no momento em que o Mestre parte o Pão, e fazer com que, como os discípulos de Emaús, as pessoas possam compreender que Deus sempre esteve com elas durante toda a caminhada de suas vidas. E assim elas possam também, como eles, voltar e contar aos outros que Jesus vive e está no meio de nós.
É isso que somos. É isso que amamos.
Revista Católicos. Muito mais que um meio de comunicação. Um instrumento de evangelização.