quinta-feira, 12 de abril de 2012

REC – Reflexões e Estudos CATÓLICOS (11/04/2012) - Tema: A DIVINA MISERICÓRDIA REVELADA À SANTA FAUSTINA


“Quantas almas já foram consoladas pela invocação "Jesus, confio em Ti", que a Providência sugeriu através da Irmã Faustina! Este simples ato de abandono a Jesus dissipa as nuvens mais densas e faz chegar um raio de luz à vida de cada um.”
(João Paulo II, na homilia da Canonização de Santa Faustina)



JESUS SE REVELA A IRMÃ FAUSTINA

Santa Faustina nasceu em Glogowiec, na Polónia central, no dia 25 de Agosto de 1905, de uma família camponesa de sólida formação cristã. Desde a infância sentiu a aspiração à vida consagrada, mas teve de esperar diversos anos antes de poder seguir a sua vocação. Em todo o caso, desde aquela época começou a percorrer a via da santidade. Mais tarde, recordava:  "Desde a minha mais tenra idade desejei tornar-me uma grande santa".
O Senhor a escolheu para uma missão especial. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22/02/1931, em Plock,o próprio Senhor Jesus Cristo começa a se manifestar à Irmã Faustina de um modo particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina para o mundo e a história e novas formas de culto e apostolado em prol desta sua divina misericórdia.


A ESPIRITUALIDADE DA MISERICÓRDIA DIVINA

 Os 5 elementos distintivos da espiritualidade da Divina Misericórdia – que emergem a partir de sua história de fé – tocam de algum modo as mais diversas dimensões da vida humana e conseqüentemente também da nossa fé católica: 
- liturgia (Festa da Divina Misericórdia)
- piedade (Terço da Misericórdia)
- tempo (Novena e Hora da Misericórdia)
- espaço (Imagem)

Nesse estudo, nos atentaremos à Imagem e à Festa da Divina Misericórdia.


A IMAGEM DE JESUS MISERICORDIOSO

A imagem de Jesus Misericordioso tem origem na visão que Santa Faustina teve em 22 de fevereiro 1931, na Polônia. Ela mesma descreve a visão que teve de Jesus em seu Diário: “À noite, quando me encontrava na minha cela, vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das mãos erguida para a bênção, e a outra tocava-lhe a túnica, sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. [...] Logo depois, Jesus me disse: "pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: ‘Jesus, eu confio em Vós’. Desejo que esta Imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois, no mundo inteiro”.
Mais tarde, Jesus revelaria o que esta imagem significa: “Os dois raios representam o Sangue e a Água: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia, quando na Cruz o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança [...]. Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus”. E disse ainda:
Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. O vaso é a Imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós [...]. Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte [...]. Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela”.
A primeira imagem foi pintada por Eugeniusz Kazimierowski , em 1934, que seguiu estritamente as orientações de Santa Faustina para compor os detalhes da pintura. Jesus então revelou à Santa Faustina: “O Meu olhar, nesta Imagem, é o mesmo que eu tinha na cruz”. A pintura foi exposta pela primeira vez no primeiro domingo depois de Páscoa, a pedido de Jesus. 
Algumas outras imagens de Jesus Misericordioso já foram pintadas, no entanto, a Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso (fundada em 1947 pelo padre Miguel Sopocko, mentor espiritual de Santa Faustina) tem se empenhado para que a imagem original seja propagada, pois foi a única pintada sob as orientações de Santa Faustina. Em 2003, a pintura passou por uma restauração. Assim, em 2004 foi realizada uma sessão fotográfica profissional da imagem a fim de fornecer aos fiéis um meio de divulgar a pintura original.
Aprovada pela Igreja e abençoada pelo presbítero, a imagem se torna para a comunidade e cada fiel um sacramental, ou seja, um sinal sagrado por meio do qual a Igreja pede a Deus os Seus benefícios, sobretudo espirituais.


A FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA

 Com efeito, aos 22/02/1931, uma das primeiras revelações de Jesus à Santa Faustina diz respeito à Festa da Misericórdia, que deveria ser celebrada no 2º domingo da Páscoa:
Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 49; cf. 88; 280; 299b; 458; 742; 1048; 1517).
A Festa é uma obra divina, mas Ele quer que Santa Faustina se empenhe tanto em sua implantação, como em seu incremento: “Na Minha festa, na Festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte da Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei” (D. 206); “Pede ao Meu servo fiel que, nesse dia, fale ao mundo inteiro desta Minha grande misericórdia, que aquele que, nesse dia, se aproximar da Fonte da Vida, alcançará perdão total das culpas e penas” (D. 300a; cf. 1072). Santa Faustina abraça com toda a alma esta causa, pelo que exclama e reza: “Oh! como desejo ardentemente que a Festa da Misericórdia seja conhecida pelas almas!” (D. 505); “Apressai, Senhor, a Festa da Misericórdia, para que as almas conheçam a fonte da Vossa bondade” (D. 1003; cf. 1041). Jesus leva a sério a dedicação de Santa Faustina nesta missão: “Pelos teus ardentes desejos, estou apressando a Festa da Misericórdia...” (D. 1082; cf. 1530), e por isso o demônio procura atrapalhar o seu caminho (D. 1496).
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha misericórdia. Toda alma contemplará em relação a Mim, por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa” (D. 699); “Desejo conceder indulgência plenária às almas que se confessarem e receberem a Santa Comunhão na Festa da Minha misericórdia” (D. 1109).
Em 30 de abril de 2000, dia em que Santa Faustina foi proclamada santa, o papa João Paulo II instituiu a Festa da Divina Misericórdia para o mundo inteiro.


O POEMA DE SANTA FAUSTINA

“Amor Eterno, mandais pintar a Vossa santa Imagem
E nos desvendais a fonte da misericórdia inconcebível!
Abençoais quem se aproxima de Vossos raios,
E a alma negra se tornará branca como a neve. 
Ó doce Jesus, aqui fundastes o trono da Vossa misericórdia
Para alegrar e ajudar o homem pecador:
Do coração aberto, como de uma fonte límpida,
Flui o consolo para a alma e o coração arrependido.
Que a honra e o louvor para esta Imagem
Nunca deixem de fluir da alma do homem!
Que de cada coração flua honra para a misericórdia de Deus
Agora, e em cada hora, e por todos os séculos!” 


3 comentários:

  1. Respostas
    1. Que bom!! Te esperamos em nosso próximo encontro para mais formação e partilha...

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  2. Amo a historia de Santa Faustina. Vamos divulgar esse culto a misericordia divina. Pois estao, pode salvar almas.

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