"Suba
a minha prece como incenso à tua presença, minhas mãos erguidas como oferta
vespertina" (Sl140,2)
O
queimar incenso ou a incensação exprime reverência e oração, como vem
significado na Sagrada Escritura (cf. Salmo 140, 2; Ap 8,3).
Na consagração solene de um altar, por exemplo, depois
da unção da mesa, queima-se incenso. O bispo interpreta esse gesto com as
palavras: “Suba até vós, Senhor, o incenso de nossa oração; e como o perfume se
espalha por este templo, assim possa tua Igreja expandir para o mundo o suave
perfume de Cristo”.
Pode
usar-se o incenso em qualquer forma de celebração da Missa:
a)
durante a procissão de entrada;
b) no
princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar;
c) na
procissão e proclamação do Evangelho;
d)
depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oblatas, a
cruz, o altar, o sacerdote e o povo;
e) à elevação
da hóstia e do cálice, depois da consagração.
Os cristãos não utilizaram o incenso na liturgia
desde o início porque queriam se distinguir, o mais claramente possível, do
paganismo. Extinto o paganismo, o rito do incenso encontrou logo seu lugar na
liturgia cristã.
A partir do Século IV, a tradição cristã adotou o
incenso em seus rituais de consagração e ainda hoje o queima para honrar o
altar, as relíquias, os objetos sagrados, os sacerdotes e os próprios fiéis, e
para propiciar a subida ao céu das almas dos falecidos no momento das Exéquias.
Primeiramente foram colocados turíbulos na igreja
do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e em seguida também nas grandes basílicas do
Ocidente, junto aos altares e diante dos túmulos dos mártires.
Graças à benção propiciada pelo incenso antes de
seu uso, ele chega a ser um sacramental (sinal sagrado, que possui certa
semelhança com os sacramentos e do qual se obtém efeitos espirituais).
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