quinta-feira, 31 de maio de 2012

Noite de Caldos: Participe!



O Grupo CATÓLICOS promove sua II Noite de Caldos e convida você e sua família a participar deste evento em prol da evangelização!


Compre já o seu convite antecipado!




sábado, 26 de maio de 2012

9° Dia: O Amor é um tesouro que encerra todos os bens - Novena de Pentecostes


ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

† Sinal da Santa Cruz
Senhor, abri a minha boca. E cantarei vosso louvor.

Espírito Divino, de poder infinito, peço-vos abrir o caminho da perfeição, do afluxo de graças santificadoras, da harmonia, do amor e adoração à Santíssima Trindade, da bem-aventurança para mim, para minha família e para todos que vos invocam.
Vossa luz e graça nos façam alcançar tudo que por bondade divina nos dais de presente para que o nosso amor aumente e se aperfeiçoe sempre mais, para maior amor e glorificação à Santíssima Trindade por meio do Imaculado coração da Virgem Maria.
Dai-nos dos vossos dons e frutos. Permiti que sejamos canal da divina caridade, templos da presença divina e mensageiros da harmonia e do amor. Amém.



NONO DIA: O AMOR É UM TESOURO QUE ENCERRA TODOS OS BENS

O amor é o tesouro de que fala o evangelho, o qual nos cumpre adquirir a custo de tudo mais. A razão é porque ele é realmente aquele bem infinito que nos faz participante da amizade de Deus. Aquele que acha Deus, acha tudo que pode desejar: “Deleita-te no Senhor, e ele te concederá as petições do teu coração (Sl 36,4). “O coração humano está sempre procurando bens capazes de torná-lo feliz. Enquanto se dirige às criaturas para os obter, nunca se satisfaz, por mais que receba. Ao contrário, um coração que só quer a Deus, Deus lhe satisfará todos os desejos. Quais são com efeito os homens mais felizes da terra, senão os santos? E porque? Porque só querem e buscam a Deus.
Estando um príncipe a caçar, vi um solitário percorrendo a floresta, e perguntou-lhe o que fazia neste deserto. Mais vós, Senhor, retorquiu logo o anacoreta, que vindes buscar aqui? – Eu, acudiu o príncipe, ando em busca de caças – E eu, tornou o solitário, busco a Deus.
O tirano que martirizou São Clemente de Ancira, ofereceu-lhe ouro e pedras preciosas para conseguir que ele renegasse a Jesus Cristo; mas o santo, dando um profundo suspiro, exclamou: Pois que! O santo de Deus posto em paralelo com um pouco de lama!
Feliz de quem conhece o tesouro do divino amor e procura obtê-lo! Quem o conseguir, despojar-se-á por si mesmo de tudo, para não possuir senão a Deus. “Dizia São Francisco de Sales que quando o fogo pega na casa, lançam-se todos os utensílios pela janela”. E o padre Segneri, o moço, grande servo de Deus, tinha costume de dizer: “O amor divino é um roubador que nos tira todos os afetos terrenos ao ponto de exclamarmos então: Senhor, que desejo senão a vós?” “Deus de meu coração, e a minha porção sagrada, Deus, para sempre”.
Ó mundanos insensatos, exclama Santo Agostinho, ó homens, aonde ides para contentar o vosso coração? Aproximai-vos de Deus, recuperai a sua graça, buscai o seu amor, porque só ele pode dar-vos a felicidade que andais procurando – Nós ao menos não sejamos tão insensatos, e como nos exorta o mesmo santo Doutor, de hoje em diante, busquemos unicamente o amor de Deus, busquemos o único bem, no qual estão encerrados todos os outros. Mas não podemos achar este bem, sem renunciar a todo o afeto pelas coisas da terra, como o ensina Santa Teresa: Desapega o teu coração das criaturas e acharás a Deus.

Meu Deus, no passado não foi a Vós que busquei, mas busquei a mim mesmo e às minhas satisfações; e por elas me apartei de Vós, que sois o Bem supremo. Mas Jeremias me consola, assegurando-me que sois só bondade para os que Vos buscam (Jr 3,25). Amadíssimo Senhor meu, compreendo o mal que fiz deixando-Vos, e arrependo-me de todo o coração. Vejo que sois um tesouro de valor infinito; não querendo deixar inútil esta luz, renuncio a tudo, e escolho-Vos para único bem dos meus afetos.
Ó meu Deus, meu amor, meu tudo, por vós suspiro. Vinde, ó Espírito Divino, e com o santo fogo do vosso amor, consumi em mim todo o afeto de que não sois o bem. Fazei-me todo vosso, e que tudo vença para Vos agradar.
Ó Maria, minha advogada e Mãe, ajuda-me com as vossas orações. Amém

ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

Espírito de Jesus, Vós sois a água viva que vem saciar a minha sede de caridade e santificar a minha vida para que eu dê frutos em abundância. Peço-vos renovar em mim os dons do meu batismo e da minha confirmação. Enchei o meu coração dos vossos frutos de caridade, alegria, paz, paciência, espírito de serviço, bondade, humildade, confiança em Deus e nos outros, doçura, autodomínio e de todas as outras virtudes. Que Deus Pai seja glorificado pelas minhas obras de misericórdia. Espírito Santo, concedei-me viver na vossa intimidade para que vos ame e adore constantemente. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...


*esta novena foi composta por Santo Afonso Maria de Ligório

sexta-feira, 25 de maio de 2012

8° Dia: O Amor é um vínculo - Novena de Pentecostes


ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

† Sinal da Santa Cruz
Senhor, abri a minha boca. E cantarei vosso louvor.

Espírito Divino, de poder infinito, peço-vos abrir o caminho da perfeição, do afluxo de graças santificadoras, da harmonia, do amor e adoração à Santíssima Trindade, da bem-aventurança para mim, para minha família e para todos que vos invocam.
Vossa luz e graça nos façam alcançar tudo que por bondade divina nos dais de presente para que o nosso amor aumente e se aperfeiçoe sempre mais, para maior amor e glorificação à Santíssima Trindade por meio do Imaculado coração da Virgem Maria.
Dai-nos dos vossos dons e frutos. Permiti que sejamos canal da divina caridade, templos da presença divina e mensageiros da harmonia e do amor. Amém.

OITAVO DIA: O AMOR É UM VÍNCULO

Assim como o Espírito Santo, amor incriado, é o laço indissolúvel que une o Pai e o Verbo Eterno, assim é este mesmo Espírito que une nossas almas a Deus. Santo Agostinho diz: a caridade, é uma virtude que nos une a Deus: “Caritas est virtus coniungens nos Deo”. Daí este grito de alegria de São Lourenço Justiniano: Ó Amor, tu és então um vínculo de tal maneira forte, que pudeste encadeiar um Deus e uni-Lo às nossas almas! “Ó Caritas quam magnum est vinculum tuum, quo Deus ligari potuit!” – Os laços do mundo são laços de morte, mais os laços de Deus são laços de vida e salvação: porque nela está a beleza da vida e os seus vínculos são uma ligadura salutar (Eclo 6,31). Portanto são vínculos de amor, e o amor nos une a Deus, nossa única e verdadeira vida.
Antes da vinda de Jesus Cristo os homens separavam-se de Deus; aferrados à terra, recusavam unir-se ao seu criador; mas o Senhor, cheio de ternura, os atraiu a si pelos laços de amor, como tinha prometido por Oséias: In funiculis Adam traham eos, in vinculis caritatis (Os 11,4). “Eu os atrairei a Mim com os vínculos de caridade”. Estes laços são os seus benefícios: luzes, apelos ao seu amor, promessas do paraíso; mais é sobre tudo o dom que nos fez de Jesus Cristo no Sacrifício da cruz e no Sacramento do altar, e em fim, o dom do Espírito Santo. Por isso exclama o profeta: “Rompe as cadeias de teu pescoço, filha cativa de Sião” (Is 52,2). Ó alma, criada para o céu, desfaze-te dos laços da terra para ti unires a Deus pelos laços do santo amor. “Tende a caridade, que é um vínculo da perfeição”. O amor é um laço que reúne todas as virtudes, e torna a alma perfeita.
Daí a seguinte palavra de Santo Agostinho: Ama, et fac quod vis – Ama Deus, e faze o que queres, porque quem ama Deus tem cuidado de evitar tudo que causa desgosto ao objeto de seu amor, e procura agradar-lhe em tudo.

Dulcíssimo Jesus, muito me haveis obrigado a amar-Vos: Muito Vos custou obter o meu amor.
Ingratíssimo seria eu, se Vos amasse pouco, ou dividisse o meu coração entre vós e as criaturas, depois que por mim derramastes vosso sangue e sacrificastes vossa vida! Quero desapegar-me de tudo, e pôr em vós todos os meus afetos. Muito fraco sou para executar esta resolução; vós que me inspirais, dai-me a força de a cumprir.
Amadíssimo Jesus, feri meu pobre coração com a suave seta do vosso amor, para que não cesse de arder no desejo de vos possuir e consumir-me de amor para convosco. A vós procure sempre, a vós só deseje, a vós ache sempre. Ó meu Jesus, só a vós quero, e nada mais. Fazei com que eu repita sempre durante a minha vida, e sobre tudo na hora de minha morte: Meu Jesus, só a vós quero, e nada mais.
Ó Maria, minha mãe, fazei com que de hoje em diante eu não queira se não a Deus. Amém

ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

Espírito de Jesus, Vós sois a água viva que vem saciar a minha sede de caridade e santificar a minha vida para que eu dê frutos em abundância. Peço-vos renovar em mim os dons do meu batismo e da minha confirmação. Enchei o meu coração dos vossos frutos de caridade, alegria, paz, paciência, espírito de serviço, bondade, humildade, confiança em Deus e nos outros, doçura, autodomínio e de todas as outras virtudes. Que Deus Pai seja glorificado pelas minhas obras de misericórdia. Espírito Santo, concedei-me viver na vossa intimidade para que vos ame e adore constantemente. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...


*esta novena foi composta por Santo Afonso Maria de Ligório

quinta-feira, 24 de maio de 2012

7° Dia: Pelo Amor a alma torna-se morada de Deus - Novena de Pentecostes


ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

† Sinal da Santa Cruz
Senhor, abri a minha boca. E cantarei vosso louvor.

Espírito Divino, de poder infinito, peço-vos abrir o caminho da perfeição, do afluxo de graças santificadoras, da harmonia, do amor e adoração à Santíssima Trindade, da bem-aventurança para mim, para minha família e para todos que vos invocam.
Vossa luz e graça nos façam alcançar tudo que por bondade divina nos dais de presente para que o nosso amor aumente e se aperfeiçoe sempre mais, para maior amor e glorificação à Santíssima Trindade por meio do Imaculado coração da Virgem Maria.
Dai-nos dos vossos dons e frutos. Permiti que sejamos canal da divina caridade, templos da presença divina e mensageiros da harmonia e do amor. Amém.



SÉTIMO DIA: PELO AMOR A ALMA TORNA-SE MORADA DE DEUS

O Espírito Santo é chamado doce hóspede das almas: “Dulcis hospes animae”. É o efeito da magnífica promessa de Jesus Cristo em favor daquele que o ama: “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e rogarei ao Meu Pai, e Ele vos enviará outro consolador, o Espírito Santo, afim de que more sempre convosco: “Ut maneat vobiscum in aeternum”. Sim, sempre, porque o Espírito Santo não desampara nunca uma alma, a não ser que seja expulso por ela: “Non deserit, nisi deseratur”.
Deus portanto, habita em toda a alma de quem o ama; mais declara não ficar satisfeito, se não o amamos de todo o nosso coração. Escreve Santo Agostinho, que o senado romano se recusou a admitir Jesus Cristo no número dos deuses, dizendo que Ele é um Deus soberbo que quer ser adorado com exclusividade. Isto é verdade: Nosso Senhor não aceita rival num coração que O ama; quer habitar nele só, e ser amado mais que todos. Se ele não se vê amado acima de todos e tudo, tem, por assim dizer segundo a expressão de São Tiago, tem ciúme das criaturas com que é dividido esse coração, que ele deseja só para si: “Ad invidiam concupiscit vos Spiritus qui habitat in vobis”. Numa palavra, como diz São Jerônimo: Jesus é um Deus cheio de zelos: Zelotypus est Iesus.
É este o motivo porque o Esposo celeste louva a alma que, semelhante à rola, vive na solidão escondida do mundo: “Pulchrae sunt genae tuae, sicut turturis” (Cant 1,9). Não quer que o mundo tenha parte no amor desta alma, deseja-a toda inteira para si. Se ele ainda louva a sua esposa, chamando-a jardim fechado - “jardim fechado, fonte selada” (Cant 4,12), é porque ela não deixa entrar em seu coração nenhum afeto terreno. Ah! Jesus não merece todo nosso amor? “Totum tibi dedit, nihil sibi reliquit”, diz São João Crisóstomo: Jesus nos deu tudo, seu sangue e sua vida; mais do que isto não podia nos dar.
Se queremos que Deus habite em nossa alma com a plenitude de sua graça, consagremo-la hoje de novo toda inteira e sem reserva a seu serviço e repitamos esta nossa consagração muitas vezes durante o dia, especialmente na oração mental, na santa comunhão e na visita ao Santíssimo Sacramento.
Lembremo-nos de que há três meios principais pelos quais uma alma se pode dar toda a Deus. Primeiro: evitar todas as faltas deliberadas, ainda que pequenas, e para este fim reprima o mais insignificante desejo desordenado e mortifique a satisfação dos sentidos. Segundo: escolher, entre as coisas boas, a melhor, que mais agrade a Deus. Terceiro: aceitar com paz e gratidão, das mãos do Senhor, tudo o que mortifica o nosso amor próprio e em particular os desprezos. Lembremo-nos de que tem mais valor aos olhos de Deus um desprezo sofrido em paz e por amor a Ele, do que mil mortificações e mil práticas.

Ó meu Deus, bem vejo que me quereis todo para vós. Tanta vezes vos expulsei da minha alma. Mesmo assim vos dignastes nela entrar unir-Vos a mim. Ah! Tomai agora posse de todo o meu ser; dou-me inteiramente a vós. Aceitai-me, ó meu Jesus, e não permitais que eu viva de agora em diante um instante sequer sem vosso amor. Vós me buscais, e eu não busco se não a vós. Vós me amais, e eu também vos amo; e já que me amais, prendei-me tão perfeitamente convosco, que não me aparte mais de vós.
Ó Rainha do céu, e minha querida Mãe, Maria, em vós ponho minha confiança. Amém

ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

Espírito de Jesus, Vós sois a água viva que vem saciar a minha sede de caridade e santificar a minha vida para que eu dê frutos em abundância. Peço-vos renovar em mim os dons do meu batismo e da minha confirmação. Enchei o meu coração dos vossos frutos de caridade, alegria, paz, paciência, espírito de serviço, bondade, humildade, confiança em Deus e nos outros, doçura, autodomínio e de todas as outras virtudes. Que Deus Pai seja glorificado pelas minhas obras de misericórdia. Espírito Santo, concedei-me viver na vossa intimidade para que vos ame e adore constantemente. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...


*esta novena foi composta por Santo Afonso Maria de Ligório

quarta-feira, 23 de maio de 2012

REC – Reflexões e Estudos CATÓLICOS (23/05/2012) - Tema: FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO


“Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja, está Cristo”.



DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA A ACEITAÇÃO DE UMA VERDADE ABSOLUTA

 
O perene anúncio missionário da Igreja é hoje posto em causa por teorias de índole relativista, que pretendem justificar o pluralismo religioso. Daí que se considerem superadas, por exemplo, verdades como:

- o caráter definitivo e completo da revelação de Jesus Cristo,

- o caráter inspirado dos livros da Sagrada Escritura,

- a unidade pessoal entre o Verbo eterno e Jesus de Nazaré,

- a unicidade e universalidade salvífica do mistério de Jesus Cristo,

- a mediação salvífica universal da Igreja,

- a não separação, embora com distinção, do Reino de Deus, Reino de Cristo e Igreja,

- a subsistência na Igreja Católica da única Igreja de Cristo.


Na raiz destas afirmações encontram-se certos pressupostos, de natureza tanto filosófica como teológica, que dificultam a compreensão e a aceitação da verdade revelada. Podem indicar-se alguns:

- a convicção de não se poder alcançar nem exprimir a verdade divina, nem mesmo através da revelação cristã;

- uma atitude relativista perante a verdade, segundo a qual, o que é verdadeiro para alguns não o é para outros;

- a dificuldade de ver e aceitar na história a presença de acontecimentos definitivos;

- a tendência, enfim, a ler e interpretar a Sagrada Escritura à margem da Tradição e do Magistério da Igreja.


Na base destes pressupostos, que se apresentam com matizes diferentes, por vezes como afirmações e outras vezes como hipóteses, elaboram-se propostas teológicas, em que a revelação cristã e o mistério de Jesus Cristo e da Igreja perdem o seu caráter de verdade absoluta e de universalidade salvífica, ou ao menos se projeta sobre elas uma sombra de dúvida e de insegurança.


DEUS SE REVELA DE MANEIRA PLENA E DEFINITIVA POR MEIO DE JESUS CRISTO


É contrária à fé da Igreja a tese que defende o caráter limitado, incompleto e imperfeito da revelação de Jesus Cristo, que seria complementar da que é presente nas outras religiões.

A verdade sobre Deus não é abolida nem diminuída pelo fato que é proferida numa linguagem humana. É, invés, única, plena e completa, porque quem fala e atua é o Filho de Deus Encarnado. Daí a exigência da fé em se professar que o Verbo feito carne é, em todo o seu mistério que vai da encarnação à glorificação, a fonte, participada mas real, e a consumação de toda a revelação salvífica de Deus à humanidade, e que o Espírito Santo, que é o Espírito de Cristo, ensinará aos Apóstolos e, por meio deles, à Igreja inteira de todos os tempos, esta « verdade total » (Jo 16, 13).

Por isso, o Concílio Vaticano II, referindo-se aos modos de agir, aos preceitos e doutrinas das outras religiões, afirma que, « embora em muitos pontos estejam em discordância com aquilo que [a Igreja] afirma e ensina, muitas vezes refletem um raio daquela Verdade, que ilumina todos os homens ».


DONDE VEM A NECESSIDADE DA IGREJA PARA NOSSA SALVAÇÃO


O Senhor Jesus, único Salvador, não formou uma simples comunidade de discípulos, mas constituiu a Igreja como mistério salvífico: Ele mesmo está na Igreja e a Igreja n'Ele (cf. Jo 15,1ss.; Gal 3,28; Ef 4,15-16; Atos 9,5); por isso, a plenitude do mistério salvífico de Cristo pertence também à Igreja, unida de modo inseparável ao seu Senhor. Jesus Cristo, com efeito, continua a estar presente e a operar a salvação na Igreja e através da Igreja (cf. Col 1,24-27), que é o seu Corpo (cf. 1 Cor 12,12-13.27; Col 1,18). E, assim como a cabeça e os membros de um corpo vivo, embora não se identifiquem, são inseparáveis, Cristo e a Igreja não podem confundir-se nem mesmo separar-se, constituindo um único « Cristo total ». Uma tal inseparabilidade é expressa no Novo Testamento também com a analogia da Igreja Esposa de Cristo (cf. 2 Cor 11,2; Ef 5,25-29; Ap 21,2.9).

Assim, e em relação com a unicidade e universalidade da mediação salvífica de Jesus Cristo, deve crer-se firmemente como verdade de fé católica a unicidade da Igreja por Ele fundada. Como existe um só Cristo, também existe um só seu Corpo e uma só sua Esposa: « uma só Igreja católica e apostólica ». Por outro lado, as promessas do Senhor de nunca abandonar a sua Igreja (cf. Mt 16,18; 28,20) e de guiá-la com o seu Espírito (cf. Jo 16,13) comportam que, segundo a fé católica, a unicidade e unidade, bem como tudo o que concerne a integridade da Igreja, jamais virão a faltar.

Os fiéis são obrigados a professar que existe uma continuidade histórica — radicada na sucessão apostólica — entre a Igreja fundada por Cristo e a Igreja Católica: « Esta é a única Igreja de Cristo [...] que o nosso Salvador, depois da sua ressurreição, confiou a Pedro para apascentar (cf. Jo 21,17), encarregando-o a Ele e aos demais Apóstolos de a difundirem e de a governarem (cf. Mt 28,18ss.); levantando-a para sempre como coluna e esteio da verdade (cf. 1 Tim 3,15). Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele ».


Afirma o Vaticano II:

- A Igreja de Cristo, não obstante as divisões dos cristãos, continua a existir plenamente só na Igreja Católica

- Existem numerosos elementos de santificação e de verdade fora da sua composição , isto é, nas Igrejas e Comunidades eclesiais que ainda não vivem em plena comunhão com a Igreja Católica. Acerca destas, porém, deve afirmar-se que « o seu valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja Católica ».

Existe, portanto, uma única Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele. As Igrejas que, embora não estando em perfeita comunhão com a Igreja Católica, se mantêm unidas a esta por vínculos estreitíssimos, como são a sucessão apostólica e uma válida Eucaristia, são verdadeiras Igrejas particulares. Por isso, também nestas Igrejas está presente e atua a Igreja de Cristo, embora lhes falte a plena comunhão com a Igreja católica, enquanto não aceitam a doutrina católica do Primado que, por vontade de Deus, o Bispo de Roma objetivamente tem e exerce sobre toda a Igreja.

As Comunidades eclesiais, invés, que não conservaram um válido episcopado e a genuína e íntegra substância do mistério eucarístico, não são Igrejas em sentido próprio. Os que, porém, foram batizados nestas Comunidades estão pelo Batismo incorporados em Cristo e, portanto, vivem numa certa comunhão, se bem que imperfeita, com a Igreja.


Antes de mais, deve crer-se firmemente que a « Igreja, peregrina na terra, é necessária para a salvação. Só Cristo é mediador e caminho de salvação; ora, Ele torna-se-nos presente no seu Corpo que é a Igreja; e, ao inculcar por palavras explícitas a necessidade da fé e do Batismo (cf. Mc 16,16; Jo 3,5), corroborou ao mesmo tempo a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo tal como por uma porta ». Esta doutrina não se contrapõe à vontade salvífica universal de Deus (cf. 1 Tim 2,4); daí « a necessidade de manter unidas estas duas verdades: a real possibilidade de salvação em Cristo para todos os homens, e a necessidade da Igreja para essa salvação ».

A Igreja é « sacramento universal de salvação », porque, sempre unida de modo misterioso e subordinada a Jesus Cristo Salvador, sua Cabeça, tem no plano de Deus uma relação imprescindível com a salvação de cada homem. Para aqueles que não são formal e visivelmente membros da Igreja, « a salvação de Cristo torna-se acessível em virtude de uma graça que, embora dotada de uma misteriosa relação com a Igreja, todavia não os introduz formalmente nela, mas ilumina convenientemente a sua situação interior e ambiental. Esta graça provém de Cristo, é fruto do seu sacrifício e é comunicada pelo Espírito Santo ». Tem uma relação com a Igreja, que por sua vez « tem a sua origem na missão do Filho e na missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai ».


O PERIGO DO RELATIVISMO RELIGIOSO


Com a vinda de Jesus Cristo Salvador, Deus quis que a Igreja por Ele fundada fosse o instrumento de salvação para toda a humanidade (cf. At 17,30-31). Esta verdade de fé nada tira ao fato de a Igreja nutrir pelas religiões do mundo um sincero respeito, mas, ao mesmo tempo, exclui de forma radical a mentalidade indiferentista « imbuída de um relativismo religioso que leva a pensar que “tanto vale uma religião como outra” ». Se é verdade que os adeptos das outras religiões podem receber a graça divina, também é verdade que objetivamente se encontram numa situação gravemente deficitária, se comparada com a daqueles que na Igreja têm a plenitude dos meios de salvação. Há que lembrar, todavia, « a todos os filhos da Igreja que a grandeza da sua condição não é para atribuir aos próprios méritos, mas a uma graça especial de Cristo; se não corresponderem a essa graça, por pensamentos, palavras e obras, em vez de se salvarem, incorrerão num juízo mais severo ». Pelo que, não se poderiam salvar aqueles que, não ignorando ter sido a Igreja católica fundada por Deus, por meio de Jesus Cristo, como necessária, contudo, ou não querem entrar nela ou nela não querem perseverar.

Compreende-se, portanto, que, em obediência ao mandato do Senhor (cf. Mt 28,19-20) e como exigência do amor para com todos os homens, a Igreja « anuncia e tem o dever de anunciar constantemente a Cristo, que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6), no qual os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou todas as coisas consigo ».


(Declaração Dominus Iesus, da Congregação para a Doutrina da Fé, que tinha como prefeito da época o então Cardeal Joseph Ratzinger)


RELAÇÃO DA IGREJA COM OS CRISTÃOS NÃO-CATÓLICOS


Por isso, as Igrejas e Comunidades separadas, embora creiamos que tenham defeitos, de forma alguma estão despojadas de sentido e de significação no mistério da salvação. Pois o Espírito de Cristo não recusa servir-se delas como de meios de salvação cuja virtude deriva da própria plenitude de graça e verdade confiada à Igreja Católica.

Com efeito, os elementos de santificação e de verdade presentes nas outras Comunidades cristãs, em grau variável duma para outra, constituem a base objetiva da comunhão, ainda imperfeita, que existe entre elas e a Igreja Católica.

Na medida em que tais elementos se encontram nas outras Comunidades cristãs, a única Igreja de Cristo tem nelas uma presença operante.


Já desde agora, é possível individuar os argumentos que ocorre aprofundar para se alcançar um verdadeiro consenso de fé:

1) as relações entre Sagrada Escritura, suprema autoridade em matéria de fé, e a Sagrada Tradição, indispensável interpretação da palavra de Deus;

2) a Eucaristia, sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo, oferta de louvor ao Pai, memória sacrifical e presença real de Cristo, efusão santificadora do Espírito Santo;

3) a Ordem, como sacramento, para o tríplice ministério do episcopado, do presbiterado e do diaconado;

4) o Magistério da Igreja, confiado ao Papa e aos Bispos em comunhão com ele, concebido como responsabilidade e autoridade em nome de Cristo para o ensino e preservação da fé;

5) a Virgem Maria, Mãe de Deus e Ícone da Igreja, Mãe espiritual que intercede pelos discípulos de Cristo e pela humanidade inteira.


(João Paulo II, Ut unum sint, sobre o Empenho Ecumênico)


RELAÇÃO DA IGREJA COM OS NÃO-CRISTÃOS


Finalmente, aqueles que ainda não receberam o Evangelho, estão de uma forma ou outra orientados para o Povo de Deus. Em primeiro lugar, aquele povo que recebeu a aliança e as promessas, e do qual nasceu Cristo segundo a carne (cfr. Rom. 9, 4-5), povo que segundo a eleição é muito amado, por causa dos Patriarcas, já que os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis (cfr. Rom. 11, 28-29). Mas o desígnio da salvação estende-se também àqueles que reconhecem o Criador, entre os quais vêm em primeiro lugar os muçulmanos, que professam seguir a fé de Abraão, e conosco adoram o Deus único e misericordioso, que há-de julgar os homens no último dia. E o mesmo Senhor nem sequer está longe daqueles que buscam, na sombra e em imagens, o Deus que ainda desconhecem; já que é Ele quem a todos dá vida, respiração e tudo o mais e, como Salvador, quer que todos os homens se salvem (cfr. 1 Tim. 2,4). Com efeito, aqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo, e a Sua Igreja, procuram, contudo, a Deus com coração sincero, e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a Sua vontade, manifestada pelo ditame da consciência, também eles podem alcançar a salvação eterna. Nem a divina Providência nega os auxílios necessários à salvação àqueles que, sem culpa, não chegaram ainda ao conhecimento explícito de Deus e se esforçam, não sem o auxílio da graça, por levar uma vida reta. Tudo o que de bom e verdadeiro neles há, é considerado pela Igreja como preparação para receberem o Evangelho, dado por Aquele que ilumina todos os homens, para que possuam finalmente a vida. Mas, muitas vezes, os homens, enganados pelo demônio, desorientam-se em seus pensamentos e trocam a verdade de Deus pela mentira, servindo a criatura de preferência ao Criador, ou então, vivendo e morrendo sem Deus neste mundo, se expõem à desesperação final.

Por isso, para promover a glória de Deus e a salvação de todos estes, a Igreja, lembrada do mandato do Senhor: «pregai o Evangelho a toda a criatura» (Mc. 16,16), procura zelosamente impulsionar as missões.


(Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja, Papa Paulo VI)


“Quem se aparta da confissão da verdade, muda de caminho e o percurso inteiro se torna afastamento. Tanto mais próximo da morte estará quanto mais distante da luz católica.”
(São Leão Magno, papa e doutor da Igreja)







6° Dia: O Amor é uma virtude que fortifica - Novena de Pentecostes


ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

† Sinal da Santa Cruz
Senhor, abri a minha boca. E cantarei vosso louvor.

Espírito Divino, de poder infinito, peço-vos abrir o caminho da perfeição, do afluxo de graças santificadoras, da harmonia, do amor e adoração à Santíssima Trindade, da bem-aventurança para mim, para minha família e para todos que vos invocam.
Vossa luz e graça nos façam alcançar tudo que por bondade divina nos dais de presente para que o nosso amor aumente e se aperfeiçoe sempre mais, para maior amor e glorificação à Santíssima Trindade por meio do Imaculado coração da Virgem Maria.
Dai-nos dos vossos dons e frutos. Permiti que sejamos canal da divina caridade, templos da presença divina e mensageiros da harmonia e do amor. Amém.



SEXTO DIA: O AMOR É UMA VIRTUDE QUE FORTIFICA

Assim como não há força criada que resista à morte, assim não há dificuldades que não ceda ao ardor de uma alma amante. Quando se trata de agradar ao objeto amado, o amor vence tudo, perdas, desprezos, dores.
Nada é bastante duro para resistir ao fogo do amor, diz Santo Agostinho: “Nihil tam durum, quod non amoris igne vincatur”. O sinal mais certo, pois, para conhecer se uma pessoa ama deveras a Deus, é sua fidelidade em amar na adversidade como na prosperidade.
Dizia São Francisco de Sales que Deus é tão amável quando nos aflige, como quando nos consola, porque faz tudo por amor, e até, quando mais nos aflige nesta vida, é que nos testemunha mais o seu amor. São João Crisóstomo julgava São Paulo mais feliz nos ferros, que arrebatado ao terceiro céu.
Também os santos mártires se regozijavam no meio dos tormentos e agradeciam ao Senhor como um grande favor que lhes dispensava o terem que sofrer por seu amor. E os outros santos, que não acharam tiranos para os atormentar, tornaram-se carrascos de si mesmos pelas penitências com que se castigaram, afim de se fazerem agradáveis a Deus. Aquele que ama, diz Santo Agostinho, não sente sofrimento, ou se o sente, o ama: In eo quod amatur, aut non laboratur, aut ipse labor amatur.

Ó Deus de minha alma, digo que vos amo; mas que faço por vosso amor? Nada. É então um sinal de que não vos amo, ou vos amo muito pouco. Meu Jesus, enviai-me o Espírito Santo, que me venha dar a força de sofrer e fazer alguma coisa por vosso amor antes de minha morte. Ah! Meu amado Redentor, não permitais que eu morra neste estado de frieza e ingratidão em que eu tenho vivido até hoje. Concedei-me a graça de amar os sofrimentos, depois de tantos pecados que me tornaram digno do inferno.
Ó meu Deus, todo bondade e todo amor, desejais habitar em minha alma onde tantas vezes vos expulsei; vinde, estabelecei nesta vossa morada, dominai nela e fazei-a toda vossa. Amo-vos, ó meu Senhor, e já que vos amo, comigo estais, como São João afirma: “Aquele que permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele” (I Jo 4,16). Se, pois, estais comigo, aumentai em mim as chamas de vosso amor, fortificai as cadeias que me prendem a vós, afim de que eu suspire somente por vós, busque somente a vós, e assim unido convosco, não me separe jamais do vosso amor. Ó meu Jesus, quero ser vosso, todo vosso.
Ó minha Advogada e Rainha, Maria, alcançai-me o santo amor e a perseverança. Amém

ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

Espírito de Jesus, Vós sois a água viva que vem saciar a minha sede de caridade e santificar a minha vida para que eu dê frutos em abundância. Peço-vos renovar em mim os dons do meu batismo e da minha confirmação. Enchei o meu coração dos vossos frutos de caridade, alegria, paz, paciência, espírito de serviço, bondade, humildade, confiança em Deus e nos outros, doçura, autodomínio e de todas as outras virtudes. Que Deus Pai seja glorificado pelas minhas obras de misericórdia. Espírito Santo, concedei-me viver na vossa intimidade para que vos ame e adore constantemente. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...


*esta novena foi composta por Santo Afonso Maria de Ligório

terça-feira, 22 de maio de 2012

5° Dia: O Amor é um repouso que restaura as forças - Novena de Pentecostes


ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

† Sinal da Santa Cruz
Senhor, abri a minha boca. E cantarei vosso louvor.

Espírito Divino, de poder infinito, peço-vos abrir o caminho da perfeição, do afluxo de graças santificadoras, da harmonia, do amor e adoração à Santíssima Trindade, da bem-aventurança para mim, para minha família e para todos que vos invocam.
Vossa luz e graça nos façam alcançar tudo que por bondade divina nos dais de presente para que o nosso amor aumente e se aperfeiçoe sempre mais, para maior amor e glorificação à Santíssima Trindade por meio do Imaculado coração da Virgem Maria.
Dai-nos dos vossos dons e frutos. Permiti que sejamos canal da divina caridade, templos da presença divina e mensageiros da harmonia e do amor. Amém.



QUINTO DIA: O AMOR É UM REPOUSO QUE RESTAURA AS FORÇAS

O amor se chama: “Alívio nas penas, consolação nas lágrimas”. O amor é um repouso que recreia, porque o ofício principal do amor é unir a vontade da pessoa que ama, à do ser amado. Para consolar-se de todas as humilhações que recebe, dores que sofre, perdas que padece, uma alma que ama a Deus, só precisa de conhecer a vontade de seu amado que deseja vê-la suportar tal pena.
Dizendo somente: Assim o quer meu Deus, ela acha paz e contentamento no meio de todas as tribulações. Esta é a paz divina que transcende todos os prazeres dos sentidos: A paz de Deus, que excede toda compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos em Cristo Jesus (Fl 4,7).
Santa Maria Madalena de Pazzi sentia-se inundada de alegria só com o pronunciar das palavras: vontade de Deus. Nesta vida cada um deve levar sua cruz; mas, diz Santa Teresa: A cruz é dura para quem a arrasta, não, porém, para aquele que a abraça. Assim o Senhor sabe ao mesmo tempo ferir e curar, segundo a expressão de Jó: Porque ele fere e suas mãos curam. Por sua doce unção o Espírito Santo torna suave e amável até os opróbrios e tormentos. “Sim, meu Pai, seja, feita a vossa vontade” (Mt 11,26). Jesus Cristo assim orou, e nós também devemos repetir estas palavras do salvador todas as vezes que a adversidade nos visitar: Sim meu Pai, assim seja, porque é vossa vontade. Quando trememos sob ameaça de alguma desgraça temporal, repitamos sempre: “Fazei, ó meu Deus: aceito desde já tudo que fizerdes. Afirmo que quero viver onde vós quiserdes, sofrer tudo o que quiserdes e morrer quando quiserdes”. É também utilíssimo oferecer-se muitas vezes a Deus no decurso do dia, como o fazia Santa Teresa.

Ah! meu Deus, quantas vezes, para fazer a minha própria vontade, contrariei a vossa e cheguei a desprezá-la. Disto me aflijo mais que de todos os males. De aqui em diante quero de todo o coração amar-vos e obedecer-vos. “Falai, Senhor, vosso servo vos escuta” (I Rs 3,10). Dizei o que quereis de mim; quero fazer em tudo a vossa santa vontade. Obedecer-vos será para sempre o meu santo desejo, pois sois o meu único amor.
Ajudai a minha fraqueza, ó Espírito Santo. Vós sois a mesma bondade; como, portanto, posso amar outro tesouro senão a vós? Conjuro-vos, atraí para vós, pela doçura de vosso amor, todos os afetos do meu coração.
Renuncio a tudo para dar-me a vós sem reserva.
†”Recebei, Senhor, toda a minha liberdade. Aceitai a minha memória, a minha inteligência, e toda a minha vontade. Tudo o que tenho e possuo fortes vós que me destes; venho vo-Lo restituir, e tudo entregar ao vosso beneplácito. Dai-me somente o vosso amor com a vossa graça, e bastante rico sou, nada mais vos peço”.
Faço o mesmo pedido a vós, ó Maria, mãe do Belo Amor, e tudo de bom espero receber pela vossa intercessão. Amém

ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

Espírito de Jesus, Vós sois a água viva que vem saciar a minha sede de caridade e santificar a minha vida para que eu dê frutos em abundância. Peço-vos renovar em mim os dons do meu batismo e da minha confirmação. Enchei o meu coração dos vossos frutos de caridade, alegria, paz, paciência, espírito de serviço, bondade, humildade, confiança em Deus e nos outros, doçura, autodomínio e de todas as outras virtudes. Que Deus Pai seja glorificado pelas minhas obras de misericórdia. Espírito Santo, concedei-me viver na vossa intimidade para que vos ame e adore constantemente. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...


*esta novena foi composta por Santo Afonso Maria de Ligório

segunda-feira, 21 de maio de 2012

4° Dia: O Amor é um orvalho que fertiliza - Novena de Pentecostes


ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

† Sinal da Santa Cruz
Senhor, abri a minha boca. E cantarei vosso louvor.

Espírito Divino, de poder infinito, peço-vos abrir o caminho da perfeição, do afluxo de graças santificadoras, da harmonia, do amor e adoração à Santíssima Trindade, da bem-aventurança para mim, para minha família e para todos que vos invocam.
Vossa luz e graça nos façam alcançar tudo que por bondade divina nos dais de presente para que o nosso amor aumente e se aperfeiçoe sempre mais, para maior amor e glorificação à Santíssima Trindade por meio do Imaculado coração da Virgem Maria.
Dai-nos dos vossos dons e frutos. Permiti que sejamos canal da divina caridade, templos da presença divina e mensageiros da harmonia e do amor. Amém.



QUARTO DIA: O AMOR É UM ORVALHO QUE FERTILIZA

A Igreja manda-nos pedir ao Espírito Santo, que purifique nossos corações e os torne fecundos por seu salutar orvalho: O amor faz a alma fecunda em bons desejos, santas resoluções e boas obras: tais são as flores e os frutos da graça do Espírito Santo. O amor é também chamado orvalho, porque tempera o ardor das más inclinações e tentações. Por isso se diz do Espírito Santo que ele modera o ardor e refrigera.
Este salutar orvalho desce sobre nossos corações durante a oração. Um quarto de hora de meditação basta para apagar o fogo do ódio ou do amor desordenado, por ardente que seja. A santa meditação é a adega misteriosa de que fala a esposa dos cantares:”O rei me introduziu na sua adega, ordenou em mim a caridade”. Aí é que nos enchemos da caridade bem ordenada, pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Quem ama a Deus, ama a oração, e a quem não ama a oração é moralmente impossível vencer as próprias paixões.
Para que não sejamos oprimidos pelos ardores das más inclinações, e afim de que o Espírito Santo possa fertilizar as nossas almas com o orvalho dos seus dons, tomemos hoje a forte resolução de fazer cada dia ao menos uma meia hora de oração mental. São João Crisóstomo compara a oração mental a uma fonte no meio de um jardim; porque sem ela todas as virtudes murcham, ao passo que com ela se conservam frescas e amenas, e se aperfeiçoam constantemente.
Assim como quem sai de um jardim, faz um ramalhete das flores que mais o encantam, assim, segundo o aviso de São Francisco de Sales, devemos ao sair da meditação compor um como que ramalhete dos pensamentos que mais nos impressionam, e durante o dia avivá-los de tempos a tempos, mesmo durante as nossas ocupações.

Ó Santo e Divino Espírito, não quero mais viver para mim mesmo; em vos amar e agradar quero empregar tudo que me resta da vida. Com este fim vos peço que me concedais o dom da oração mental.
Vinde a meu coração, e ensinai-me vós mesmo a praticá-la como se deve. Dai-me a força de não deixá-la por tédio no tempo da aridez; dai-me o espírito da oração, isto é, a graça de sempre orar e de fazer aquelas orações que sejam mais agradáveis ao Divino Coração. Por meus pecados me havia perdido; mas por tantos sinais de vossa ternura, reconheço que quereis a minha salvação e santificação. Quero santificar-me para vos agradar e amar cada vez mais a vossa infinita bondade. Amo-vos, ó meu soberano Bem, meu amor, meu tudo, e porque vos amo, dou-me todo a vós.
Ó Maria, minha esperança, protegei-me. Amém

ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

Espírito de Jesus, Vós sois a água viva que vem saciar a minha sede de caridade e santificar a minha vida para que eu dê frutos em abundância. Peço-vos renovar em mim os dons do meu batismo e da minha confirmação. Enchei o meu coração dos vossos frutos de caridade, alegria, paz, paciência, espírito de serviço, bondade, humildade, confiança em Deus e nos outros, doçura, autodomínio e de todas as outras virtudes. Que Deus Pai seja glorificado pelas minhas obras de misericórdia. Espírito Santo, concedei-me viver na vossa intimidade para que vos ame e adore constantemente. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...


*esta novena foi composta por Santo Afonso Maria de Ligório

domingo, 20 de maio de 2012

3° Dia: O Amor é uma água que mata a sede - Novena de Pentecostes


ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

† Sinal da Santa Cruz
Senhor, abri a minha boca. E cantarei vosso louvor.

Espírito Divino, de poder infinito, peço-vos abrir o caminho da perfeição, do afluxo de graças santificadoras, da harmonia, do amor e adoração à Santíssima Trindade, da bem-aventurança para mim, para minha família e para todos que vos invocam.
Vossa luz e graça nos façam alcançar tudo que por bondade divina nos dais de presente para que o nosso amor aumente e se aperfeiçoe sempre mais, para maior amor e glorificação à Santíssima Trindade por meio do Imaculado coração da Virgem Maria.
Dai-nos dos vossos dons e frutos. Permiti que sejamos canal da divina caridade, templos da presença divina e mensageiros da harmonia e do amor. Amém.



TERCEIRO DIA: O AMOR É UMA ÁGUA QUE MATA A SEDE

O amor é chamado também fonte de água viva. Nosso Divino Redentor disse à mulher samaritana: Aquele que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede (Jo 4,13).
O amor é pois, uma água que mata a sede; aquele que ama a Deus sinceramente, não busca nem deseja coisa alguma fora de Deus, porque em Deus acha todos os bens. Assim contente com o possuir a Deus, repete em seu coração: “Meu Deus e meu tudo!” “Ó meu Deus, vós sois o meu único bem.” Mas Deus queixa-se de tantas almas que vão mendigar junto das criaturas alguns miseráveis e curtos prazeres, e o abandonam, Bem Infinito e fonte de todas as alegrias: “Eles me abandonaram, a mim que sou a fonte de água viva, e cavaram para si cisternas, que não podem reter a água”.
Aí está, porque o Senhor que nos ama, e deseja ver-nos contentes, e nos chama a todos: “Se alguém tem sede, venha a mim. Quem deseja a verdadeira felicidade, venha a mim, dar-lhe-ei o Espírito Santo, que o fará feliz nesta vida e na eterna: Sentirá correr de seu próprio seio rios de água viva, como os profetas anunciaram”.
Aquele, pois, que crê em Jesus Cristo, e o ama, será enriquecido de tantas graças, que de seu coração, ou de sua vontade, que é como seio da alma, fluirão fontes de santas virtudes, que o ajudarão não somente a santificar a própria vida, mais ainda a comunicá-la aos outros.
A água misteriosa de que nos fala Nosso Senhor Jesus Cristo, é precisamente o Espírito Santo, o amor substancial, que ele nos prometeu enviar-nos do céu depois de sua ascensão: “Ele disse isso acerca do Espírito, que haviam de receber os que cressem nele; porque ainda o Espírito não fôra dado, por Jesus não ter sido ainda glorificado”.
A chave que abre os canais desta água desejável, é a oração, pela qual obtemos todos os bens em virtude da divina promessa: Pedi e recebereis.
Somos cegos, pobres e fracos; mas a oração nos consegue a luz, a riqueza e a força da graça. Com a oração nós podemos tudo, dizia São Teodoreto. Aquele que ora, recebe tudo que deseja. Deus quer dar-nos suas graças, mas quer ser rogado.

Meu Jesus, dir-vos-ei com a Samaritana, dai-me desta água de vosso amor, que me faça esquecer a terra, e viver só para vós, ó amável e infinito bem. “Regai o que é seco”. Minha alma é uma terra seca, que não produz senão abrolhos e espinhos de pecados. Ah! Inundai-a com as águas da vossa graça, para que produza algum fruto para vossa glória, antes que a morte me arrebate deste mundo.
Ó fonte de água viva, ó Bem supremo, quantas vezes vos deixei pelas água lodosas da terra, que me privaram do vosso amor! Ah! Melhor seria ter morrido antes de vos ofender. Mas, no futuro, não quero mais buscar nada fora de vós. Ó meu Deus, socorrei-me e fazei com que vos seja fiel.
Maria, minha Esperança, cobri-me sempre com vosso manto. Amém

ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

Espírito de Jesus, Vós sois a água viva que vem saciar a minha sede de caridade e santificar a minha vida para que eu dê frutos em abundância. Peço-vos renovar em mim os dons do meu batismo e da minha confirmação. Enchei o meu coração dos vossos frutos de caridade, alegria, paz, paciência, espírito de serviço, bondade, humildade, confiança em Deus e nos outros, doçura, autodomínio e de todas as outras virtudes. Que Deus Pai seja glorificado pelas minhas obras de misericórdia. Espírito Santo, concedei-me viver na vossa intimidade para que vos ame e adore constantemente. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...


*esta novena foi composta por Santo Afonso Maria de Ligório