quarta-feira, 13 de junho de 2012

REC – Reflexões e Estudos CATÓLICOS (13/06/2012) - Tema: FRANCISCANISMO



"Francisco, o mundo tem saudades de ti
(Beato João Paulo II)

A ORDEM FRANCISCANA

A Ordem São Francisco teve início em 1209 quando, convertido, estabeleceu para si próprio vida de intensa vivência do Evangelho, em austera mortificação, penitência e  pobreza. A ele, juntaram-se 12 companheiros, com quem estabeleceu as regras iniciais.   Nesta mesma época, animada e decidida a seguir seu exemplo, Santa Clara de Assis foi por São Francisco orientada a ingressar no mosteiro beneditino de Assis e, posteriormente foi convidada a fundar uma congregação feminina,  destinada a irmãs religiosas de vida monástica contemplativa.
Em curtíssimo espaço de tempo, o clima pela devoção e piedade contagiou todos os segmentos da sociedade. Os leigos e mesmo pessoas casadas, movidos pelo espírito franciscano, ardentemente desejavam abandonar-se a Deus, de forma que São Francisco acabou fundando também a Ordem Franciscana Secular,  destinada aos casados, leigos ou pessoas  solteiras. 
O Papa Inocênio III, já em 1209, havia aprovado a Ordem verbalmente, mas foi em 1221 que a regra franciscana recebeu aprovação canônica, firmada pelo Papa Honório III, cuja regra permanece em vigor até os dias atuais.  No decorrer do tempo, a estrutura da congregação dividiu-se em diversas ramificações, canonicamente estudadas e aprovadas, de forma que a Ordem Franciscana, hoje, se subdivide em três.
 
PRIMEIRA ORDEM FRANCISCANA

1. Ordem dos Frades Menores, ou observantes (O.F.M.)

A Ordem dos Frades Menores foi fundada por São Francisco de Assis, no ano de 1209, quando recebeu aprovação verbal do Papa Inocênio III, e cujas regras foram canonicamente aprovadas  pelo  Papa Honório III, em 1221.  Permanecem até hoje inalteradas a observância das normas, que  remontam  as  constituições primitivas;  inclusive, documentos contendo a  regra original com aprovação da Santa Sé, encontram-se cuidadosamente guardadas no Sacro Colégio de Assis, e cuja  cópia encontra-se no Vaticano. 

2. Ordem dos Frades Menores Conventuais (O.F.M.conv)

A Ordem dos Frades Menores Conventuais foi estabelecida em meados do século XIV, precisamente no ano de 1517, como resultado de uma inevitável divisão, causada pela divergência de convicções entre os confrades na Congregação original,  fundada por São Francisco (Ordem dos Frades Menores, ou observantes).  Alguns anos depois,  um outro grupo de frades  separou-se da Ordem dos Frades Menores Conventuais. Tinham por ideal viver estritamente a regra de São Francisco de Assis, dentro do espírito de rigoroso cumprimento da regra original. Estava nascendo a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (1525). Somente no ano de 1619 é que a Santa sé autorizou o grupo a ter governo próprio. 
Apesar das divisões ocorridas naquele período, os franciscanos, pouco depois, longe de estarem divididos ou rivalizados,  juntos cresceram com autonomia própria que, com o pai e fundador comum,   juntos formam a grande família franciscana,  hoje presente no mundo em inúmeras congregações femininas e masculinas, espelhadas no ideal consolidado por São Francisco de Assis.    

3. Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (O.F.M.cap)

A Ordem dos Frades Menores Capuchinhos,  foi idealizada pelo padre Matteo de Bascio, que julgou que o hábito e a regra habitual dos franciscanos, não condizia com o que havia sido idealizado por São Francisco de Assis.  Após formulado o pedido (1525), o Papa Clemente VII (Giulio de Medici) autorizou-os a  usar  um capucho longo e pontudo e  com estilo condizente às convicções primitivas.  No ano de 1528,  o próprio Papa Clemente, desligou-os da hierarquia que os vinculava, em subordinação,  aos franciscanos conventuais, mas a  autonomia eclesiástica com governo próprio só foi estabelecida no ano de 1619, pontificado de Paulo V (Camilo Borghese).

SEGUNDA ORDEM FRANCISCANA

1. Ordem das Irmãs Clarissas

A Congregação das Irmãs Clarissas pertencem à chamada Segunda Ordem  de São Francisco de Assis.  A Ordem São Francisco teve início em 1209 quando, convertido,  estabeleceu para si próprio vida de intensa vivência do evangelho,  em austera mortificação, penitência e  pobreza. A ele, juntaram-se 12 companheiros, com quem estabeleceu as regras iniciais.   Nesta mesma época, animada pelo mesmo espírito , Santa Clara de Assis  ingressou, por intermédio de São Francisco,  no convento Beneditino de Assis. Posteriormente, foi convidada a fundar uma congregação feminina, cujas monjas passaram a ser conhecidas por  Irmãs Clarissas.  A congregação nunca sofreu mudanças e suas regras refletem o espírito franciscano de vida enclausurada e  contemplativa. Foi o próprio São Francisco, auxiliado por Santa Clara, quem  estabeleceu  as regras monásticas para a nova Ordem, onde Santa Clara iria assumiu como Superiora e Fundadora.

2. Ordem das Irmãs Concepcionistas

A Congregação das Irmãs Clarissas Concepcionistas foi fundada por Santa Beatriz da Silva.  Fazia parte da alta corte de Portugal e, quando jovem, sua extrema formosura despertou a cobiça e gerou rivalidades entre os cortesãos.  Provocou a ira da própria rainha que, enciumada, atentou contra a vida dela, trancando-a num cofre fechado, onde dias depois, foi encontrada ilesa.  Era devotíssima de Maria Santíssima e dotada de todas as virtudes cristãs desde a tenra idade. Incomodada pelos tristes acontecimentos, refugiou-se para um mosteiro de monjas beneditinas, onde permaneceu como hóspede por 30 anos, mas nunca ingressou na congregação, apesar de adotar o mesmo modo de vida das contemplativas.
Isabel, a Católica, ao assumir o trono real,  cedeu propriedades à Santa Beatriz,. tendo fundado, com mais doze companheiras, um mosteiro contemplativo em Santa Fé, escrevendo as regras da então Ordem Contemplativa de Concepção Franciscana, daí o nome de "Concepcionistas".  O Papa Inocênio VII aprovou canonicamente as regras no ano de 1489. Dois anos depois foi a bula papal foi levada solenemente da catedral de Toledo até o mosteiro de Santa Fé. Dias depois, Santa Beatriz  caiu gravemente enferma e faleceu naquele mesmo ano, no dia 17 de agosto.

3. Ordem das Irmãs Capuchinhas

A Congregação das Irmãs Clarissas Capuchinhas foi fundada em Nápoles, no século XVI.

(Todas contemplativas enclausuradas, seguidoras de Santa Clara/ São Francisco de Assis)

TERCEIRA ORDEM FRANCISCANA

1. Terceira Ordem Regular (T.O.R.)
A Terceira Ordem Regular (TOR), foi estabelecida em 1250 e é composta exclusivamente por religiosos e sacerdotes, que seguem as regras de suas constituições franciscanas.

2. Terceira Ordem Secular, ou Ordem Franciscana Secular (O.F.S)
À Ordem Terceira Secular, ou Ordem Franciscana Secular (OFS),  fundada em 1221 por São Francisco, agregaram-se também sacerdotes e religiosos, além dos leigos, casados e solteiros, acima mencionados.  Além de muitas outras famílias franciscanas, pertencem à Ordem Terceira Secular (para leigos e casados) a Fraternidade Sacerdotal Franciscana Secular (FSFS), Pequena Família Franciscana (PFF) e JUFRA (Juventude Franciscana).

REPERCUSSÕES DO FRANCISCANISMO

A Igreja Católica já elegeu 12 papas franciscanos.
Entre os anglicanos existem a Comunidade de São Francisco (para mulheres, fundada em 1905), a Sociedade de São Francisco - SSF (para homens, fundada em 1919 nos EUA e em 1934 na Inglaterra) e a Comunidade de Santa Clara (para mulheres, monástica) e também a Ordem Terceira Franciscana para leigos.
No Brasil existe os Irmãos Franciscanos de Canaã, ligada à Irmandade Evangélica de Maria, em Curitiba, e Franciscanos Anglicanos, membros da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil - IEAB.

SÃO FRANCISCO, UM GIGANTE DA SANTIDADE

A humildade de Francisco não era menor que seu espírito de penitência. Não tolerava palavra em seu louvor.  “Não elogieis a ninguém, enquanto não se lhe souber o seu fim. Ninguém é nada mais e nada menos do que é aos olhos de Deus”.
Perguntado por um dos companheiros sobre o conceito que de si próprio fazia, respondeu: “Julgo não haver no mundo pecador mais indigno que eu”;  e continuou:  “Se Deus, em sua misericórdia tivesse dado ao homem mais perverso as  graças que se dignou  proporcionar a mim, não duvideis que este homem seria muito mais grato e piedoso do que eu”. Foi ainda por humildade que se deteve na ordenação sacerdotal, porque se julgava indigno de ser sacerdote.  Tratava os sacerdotes com todo o respeito e dizia: “Se ao mesmo tempo me encontrasse com um Anjo e um sacerdote, eu beijaria em primeiro lugar a mão deste e depois cumprimentaria o Anjo.  Devo mais respeito àquele que segura nas mãos o Corpo Santíssimo de Jesus Cristo."
Que dizer da pobreza que o santo homem observava e dos seus exigia que observassem? Do seu amor a Deus e ao próximo? Da sua devoção à Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, à Santíssima Virgem e a outros Santos, e das demais virtudes, cujos exemplos são tão numerosos, que se encheriam livros narrando-os?
Depois da conversão, Francisco renunciou a toda sorte de propriedade.  Sentia prazer em não possuir coisa alguma e sofrer o sacrifício da pobreza.
“A pobreza – dizia – é o caminho da salvação, o fundamento da humildade, a raiz da perfeição. Produz frutos escondidos, mas que se multiplicam de mil maneiras”. A pobreza era sua senhora, rainha, mãe e esposa. A Deus pedia instantemente que fosse sua herança e privilégio.
Na oração, nos transportes do amor, não achava outra expressão, a não ser esta:  “Meu Deus e meu tudo!”  Conversando sobre Deus, refletia-se-lhe no semblante a mais pura alegria. O amor ao próximo impelia-o a servir aos doentes, a socorrer os necessitados, a consolar os aflitos. O desejo de converter os infiéis, de derramar o sangue por amor de Deus, levou-o a empreender penosa viagem até à Síria e apresentar-se ao Sultão de Icônia, como pregador de penitência.
A devoção a Francisco à Sagrada Paixão e morte de Nosso Senhor foi tão extraordinária, que Deus quis recompensá-lo com um milagre inaudito.  Dois anos antes da morte, Francisco praticou, segundo o costume, o jejum quaresmal em preparação à festa de S. Miguel, e para este fim se retirara ao Monte Alverne. No dia da exaltação da Santa Cruz, arrebatado em êxtase,  viu que do céu descia um luminoso Serafim.  O Anjo tinha seis asas e Francisco reconheceu nele a figura de Nosso Senhor crucificado, com as  cinco chagas.  Ao mesmo tempo, o Santo homem  sentiu no lado, nas mãos e nos pés chagas iguais,  que destilavam umas  gotas de sangue. Estes sinais ficaram até a morte. Embora Francisco procurasse escondê-las cuidadosamente,  não o conseguiu.  Foram-lhe vistas no corpo, vivo e morto. Estas chagas causaram-lhe grandes dores, mas Francisco julgou-se venturoso em poder sofrer com o Salvador.
Dois anos depois desta visão, Francisco caiu gravemente doente. Sentindo a morte aproximar-se, fez se transportar para a igreja de Porciúncula onde, deitado sobre o chão, recebeu com muita devoção os santos Sacramentos, entregando logo depois a alma a Deus.
Antes de expirar, recomendou aos irmãos da Ordem a fiel observância da regra e dando-lhes a bênção, disse: “Ficai firmes no temor de  Deus e nele perseverai! Bem-aventurados aqueles que perseveram na obra começada. Vou para Deus e  recomendo-vos à sua benevolência”.
Tendo assim falado, quis que lhe lessem os capítulos da Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, do Evangelho de São João. Terminada esta leitura, começou ele mesmo a recitação do Salmo 141, até as palavras: “Tirai a nossa alma do cárcere, para que eu louve o Vosso nome. Os justos, estão à minha espera, para que me deis a recompensa!” Foram-lhe estas as últimas expressões.
São Francisco morreu no ano de 1226, na idade de 45 anos. Muito antes tivera a revelação do perdão completo dos seus pecados. Em outra ocasião, lhe foi assegurada sua eterna salvação. Embora estas revelações lhe servissem de grande consolo, nem por isto quis atenuar o rigor da penitência e deixar de chorar os pecados.  “Suposto que tivesse cometido o mais leve pecado e  isto só uma vez, motivo teria de sobra de chorá-lo toda a minha vida”.
Muitos e grandes milagres fez São Francisco antes e depois da morte. O Papa Gregório IX canonizou-o, em 16 de julho de 1228.
O corpo de São Francisco repousa debaixo do altar-mor da catedral de Assis. Por uma permissão especial de Deus, aconteceu que, durante seis séculos ficasse ignorado o jazigo das santas relíquias. Em 1818 foram encontradas e autenticamente reconhecidas.
 
OS VALORES DA ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA

1. Espiritualidade evangélica
'A vida e a regra' franciscana é o próprio evangelho; vida de conversão para o evangelho.
2. Vida em fraternidade
'Deus me deu irmãos' - a fraternidade, entre irmãos e irmãs, que Deus nos deu, com todas as pessoas e com todas as criaturas.
3. Espiritualidade trinitária
Deus é o Sumo Bem; o Filho nosso irmão; o Espírito do Senhor e o seu santo modo de operar. Maria, o modelo: filha, mãe e esposa.
4. Sem nada de próprio
Seguir o Cristo pobre é a condição do nosso caminho. Livre para amar e servir, retirando tudo o que se interpõe entre as pessoas. O modelo é a encarnação do Verbo.
5. A minoridade
'Servo de toda humana criatura'; o serviço do lava-pés; a 'autoridade' evangélica.
6. A espiritualidade do trabalho
A 'graça' de trabalhar; trabalhar com as 'próprias mãos' constrói a fraternidade; trabalhar como menores; trabalhar com 'devoção' afugenta o ócio, inimigo da alma.
7. A contemplação franciscana
O espírito de oração e devoção que abrange toda a vida e a vida toda; rezar sempre e rezar a vida; rezar no mundo e no conflito. O eremitério e a solidão.
8. A evangelização franciscana
Evangelizar e deixar-se evangelizar; o 'evangelho vivo' do seguimento é dom da vocação que se prolonga em missão; a fraternidade é o 'coração' da evangelização.
9. Espiritualidade eclesial e católica
A fraternidade vivida no seio da Igreja é célula eclesial, integrada nos serviços e nos ministérios da Igreja. Católico: experimentar Deus e a sua graça em todo tempo e lugar.
10. A perfeita e verdadeira alegria
Acolher, integrar e transformar o 'negativo' da vida. A cruz, fonte da verdadeira alegria.

SANTA CLARA, FIEL À POBREZA

Em 1215, quando Francisco obrigou Clara a aceitar a Regra beneditina, para cumprir a determinação do IV Concílio de Latrão. Esta Regra previa a posse de bens para o mosteiro.
Para Clara, não se tratava de um detalhe. Aceitar propriedades significava desfigurar todo o projeto. Por isso, buscou uma saída de forma criativa e inusitada. Foi ao papa e lhe pediu uma bula que garantisse ao mosteiro de São Damião o direito de não possuir bens. Inocêncio III achou estranho o pedido daquela jovem de 22 anos. Mas lhe concedeu o documento, que foi chamado de “Privilégio da Pobreza”.

EPISÓDIOS IMPORTANTES DA VIDA DE SÃO FRANCISCO

1181-1182 Nasce Francisco. Em Assis, filho do comerciante burguês Pedro Bernardone e Dona Picá.
1205 Querendo tornar-se cavaleiro, junta-se ao exército papal e vai para a guerra na Apúlia (Puglia). Em Spoleto, tem uma visão em sonho e volta para Assis: “Quem te pode ser mais útil: o senhor ou o servo? Então, por que preferes o servo ao senhor?”
1205 Francisco está num período de muita reflexão e oração. Certa ocasião, vê um leproso que vem em sua direção. Vencendo o horror que tinha por esta doença e pelos seus doentes, vai ao seu encontro e trata-o com carinho. Este evento é registrado pelo próprio Francisco como importantíssimo para a sua conversão.
1205 Rezando na igreja de São Damião, ouve um pedido: “Francisco, vai, reconstrói minha casa que está em ruínas”. Levando a mensagem ao pé da letra, restaura as igrejinhas abandonadas de São Damião, São Pedro e Porciúncula.
1206 Processado pelo pai, Francisco, na praça da cidade e em frente ao bispo devolve-lhe tudo o que tinha e que havia recebido do pai; ficando nu perante todos. “De agora em diante poderei dizer livremente: Pai Nosso que estais nos Céus, não pai Pedro Bernadone.”
1208 Depois de ouvir a explicação do Evangelho do envio apostólico (Mt 10, 1. 5-13), Francisco afirma: “É isto que eu quero!” Deixa as vestes de eremita, passa a usar um hábito rude e torna-se um pregador itinerante. Após algum tempo, recebe os primeiros companheiros.
1209 Francisco escreve uma pequena regra. Vai a Roma com onze companheiros, é recebido pelo Papa Inocêncio III que aprova oralmente a regra.
1211-1212 A comunidade vai crescendo e consolidando-se, instala-se na Porciúncula. Na noite do Domingo de Ramos, Clara foge de casa para seguir a vida de Francisco. Mesmo com a oposição da família, Inês (irmã de Clara)‏ também se junta ao grupo e assim inicia-se a 2ª Ordem.
1219 Os franciscanos empreendem grandes missões no exterior (Alemanha, França, Hungria, Espanha, Marrocos). Francisco vai ao Egito e encontra-se com o Sultão Malek-el-Kamel.
1221 A aprovação do Memoriale Propositi é considerada a fundação da Ordem Franciscana Secular. Na OFS podem ingressar pessoas casadas que desejam seguir a vida franciscana.
1223 O Papa Honório III emite bula aprovando a regra franciscana que estava sendo aperfeiçoada desde 1209 durante capítulos realizados anualmente. Esta regra conhecida como Regra bulada está em vigor até hoje. Também se conhece um texto anterior denominado de Regra não-bulada.
1223 Celebra o Natal com o povo em Greccio diante de um presépio. Por causa desta celebração muitos consideram Francisco de Assis o inventor do presépio.
1224 Francisco e Frei Leão vão ao Monte Alverne para a Quaresma de São Miguel. Na festa da Exaltação da Santa Cruz, 14 de setembro, Francisco vê o serafim alado e crucificado, durante esta visão recebe os estigmas de Jesus Crucificado.
1225 Com uma doença nos olhos, fica junto ao mosteiro de Clara em São Damião. Compõe boa parte do Cântico do Irmão Sol ou Cântico das Criaturas .
1225-1226 Por obediência submete-se a dolorosos tratamentos em Assis, Rieti, Fonte Colombo, Sena e outros locais. Dentre estes tratamentos a cauterização pelo fogo. Sentindo a aproximação da irmã morte, pede para ser levado à Porciúncula, da planície abençoa Assis.
1226 Na Porciúncula dita seu Testamento. 3 de outubro: Percebendo cada vez mais a aproximação da irmã morte, pede para ser colocado nu na terra nua, acaba aceitando usar o hábito do guardião. Pede que leiam o Evangelho da Última Ceia, abençoa os irmãos presentes e futuros, morre cantando.
1228 Gregório IX canoniza-o.


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