segunda-feira, 16 de julho de 2012

Qual o significado do pálio?

No último dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Santo Padre, o Papa Bento XVI, impôs aos bispos que foram nomeados Arcebispos durante o último ano o pálio, sua insígnia própria. Segundo o Cerimonial dos Bispos (n. 1149), a entrega do pálio preferencialmente seja feita na própria ordenação episcopal. Contudo, como é muito raro que um presbítero seja eleito diretamente para uma Sé Arquiepiscopal, o Bv. João Paulo II já no início de seu pontificado passou a presidir este rito na Solenidade de São Pedro e São Paulo de cada ano. E o Papa Bento XVI tem continuado esta salutar tradição.
O pálio (do latim pallium, manto), confeccionado a partir da lã de duas ovelhas abençoadas pelo Papa na memória litúrgica de Santa Inês, consiste em duas tiras de lã ornadas de seis cruzes tecidas em negro. O Arcebispo o usa sobre os ombros, tendo uma tira pendente no peito e outra nas costas. Esta forma e a matéria do qual é feito indicam a missão de pastor do Arcebispo, que carrega a ovelha aos ombros. 
Aos Arcebispos (também chamados Metropolitas) é confiado o pálio para indicar sua autoridade sobre uma Arquidiocese. O Arcebispo, por ser bispo de uma cidade importante (metrópole), torna-se solícito também para com as dioceses vizinhas, sobretudo no caso de vacância (morte ou renúncia do bispo). Por isso, o Arcebispo pode usar o pálio em todas as celebrações em que preside ou concelebra em sua Arquidiocese ou nas suas dioceses sufragâneas.
Esta insígnia também quer indicar a comunhão do Arcebispo com o Sumo Pontífice e com a Sé de Pedro. Por isso, após a confecção do pálio, este é depositado junto ao túmulo de São Pedro (abaixo do Altar da Confissão, na Basílica de São Pedro em Roma) até a Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, quando então é entregue pelo Papa aos Arcebispos. No caso de um Arcebispo que recebe o pálio fora desta celebração, seu pálio continua junto ao túmulo de Pedro até a sua entrega.
Desde o início do pontificado do Bv. João Paulo II, a entrega do pálio se fazia após a homilia. Este ano, em maior conformidade com o Cerimonial dos Bispos (n. 1152-1155), a entrega do pálio se fez já no início da celebração. Isto para que não se confunda a entrega do pálio com um ato sacramental, o qual comumente se realiza, se dentro da Missa, após a homilia.



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